Nada sei
UMA NOVA VIDA, UM NOVO DESPERTAR
E eu que nada sei
a respeito da vida...
quando bate n'alma
a dor provocada pela saudade
sofrida, desmedida...
é justamente nestas horas
que encolho-me no mais
profundo e insondável silêncio!
E assim permaneço
sem nada questionar e espero...
acreditando na esperança
que uma luz traga um anúncio
de uma nova vida, um novo despertar!
Só sei que nada sei. Só sei de hoje. De amanhã, quando ele se tornar hoje e o hoje ontem, então saberei como poderá ser. Até lá sem previsões nem expectativas.
Na verdade, nada sei daquilo que escrevo;
as palavras vêm até mim.
Não consigo às vezes encontrar o caminho até elas.
O que me falta de cultura eu procuro na experiência.
Sabe aquela história do “só sei que nada sei”...
É isso, de bater a cabeça a gente acaba aprendendo.
Ser um poeta se nada sei ou tudo sei
Encontrar versos melancólicos para flores que murcham
Ouvir os cantos dos pássaros suavizando
Não ser sábio e buscar a sabedoria
Basta Compreendê-los
Do livro MIRADOURO (1982)
Miradouro
A terra me foi aprisco
ao coração inquieto.
Nada sei de longes e vagos.
Sei apenas que meu nome É
e estou (árvore) plantada em teu coração adormecido.
do meu miradouro olho-me, olhando a vida.
Tenho olhos de calendário uma voz e um canto.
Nas minhas mãos afloram raízes de Mim
- estou no talo do imponderável.
Agora não é mais que ontem amadurecido: caio
como um fruto
exato e vertical.
Estas talvez sempre sejam minhas últimas palvras:
É preciso ter fome
para sentir-se
Sede
para saber-se úmida e subterrânea..."
Descobri que nada sou...que nada sei...que nada sinto.
mas que no meio de todo meu nada...o que eu tenho é tudo o que eu preciso.Muito Amor!
Do que sei... Nada sei... Sempre Saberei... Sempre superei.... Mas do entanto OBSERVANDO sempre estarei.
Sei que para você não significo mais nada
Sei que para você só sou seu Passado
Sei que para você o meu Amor é só mais um sentimento
Sei e você sabe que para mim nada mudou entre a gente .
Pó
Nada sei dos tempos idos
Interrogações por todo “agora”
Mas toda certeza do amanhã
Impulsiona e não me ancora
Era tudo, o ali e lá
Hoje sou o que está
Nesse bojo nem me vejo
Amanhã vou estar mar
Ontem uma nascente insossa e pálida
Um início sem nitidez
A cada hoje do fértil à árida
Retrata minha estupidez
Sei de certo que virá
Meu momento amanhecer
Ontem fui o que nem sei
Hoje entre o ser e o querer
Não vejo dos idos tempos, o saber
Nem, desse momento, o que dizer
Tenho a certeza das dúvidas
Onde mora o que há de ser
Não tenho a razão de nada, sei que preciso sistematiza tudo. Mais que o tudo se revele como vidas vividas, como passos corridos, como sonhos...
Às vezes no meu contentamento cindo que mim falta, que mim corre, que mim mata...
“Poetizando”
Olhando a neblina
a pairar no horizonte
Nada sei de mim...
Só sei que morri ontem,
No poente, como o sol...
E renasci novamente de manhã
É assim que sou feliz,
me contento com pouco
Porque é do pouco
que se extrai o melhor da vida.
E vou seguindo, poetizando...
Pra não ser esquecida,
deixo em cada canto
um pouco de mim!!
Às vezes triste, às vezes feliz, às vezes angustiada, às vezes tudo e, às vezes, nada. Sei bem o que eu quero mas não sei como
Já dizia o sábio Sócrates: "só sei que nada sei"; os que pensam ser sábios nesta época vivem o: só sei que tudo sei; lamentável!
