Nada Pior que o Silencio

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Ando obcecado por silêncio. Um silêncio que te permita ouvir o ruído do vento. E o bater do coração. E se possível isso que chamamos de Deus, existindo devagarinho em cada coisa. Existe sim.

Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone, basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio.

Às vezes, no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois, eu fico ali sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois. Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinho, não sou nem quero ser o seu dono. É que um carinho às vezes cai bem.

Caetano Veloso

Nota: Trecho da música "Sozinho", com composição de Peninha.

A respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Diz, fala, exclama cada um consigo mesmo, sem que seja quebrado o silêncio exterior. Há um grande tumulto; tudo fala em nós, excepto a boca. As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, nem por isso deixam de ser também realidades.

Se para bom entendedor, meia palavra basta,
para quem entende além das palavras,
o silêncio total é um livro inteiro...

Silêncio, ando obcecado por silêncio. Um silêncio que te permita ouvir o ruído do vento. E o bater do coração.

As vezes no silêncio da noite eu fico imaginando você.

Nem sempre a vida fala.
Por vezes o que temos dela é o silêncio!

Hai-Kai da Palavra Andorinha

A palavra andorinha
Freme devagarinho
E some em silêncio...

Silêncio.
Se um dia Deus vier à terra, haverá um silêncio grande.
O silêncio é tal que nem o pensamento pensa.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sem Título (1984)

Eu não quero ficar em silêncio
Não mais!
Eu não quero escrever no banheiro
Jamais.

Eu não quero ficar no escuro
Não mais!
Eu não quero me sentir solitário
Nunca mais.

Eu não quero viver com quem é fraco
Não mais!
Eu não quero me sentir tenso
Jamais.

Eu não quero sofrer
Não mais
Eu não quero peso nas costas
Nunca mais.

Eu não quero deixar de sorrir
Jamais
Eu não quero andar de passo leve
Não mais.

Eu não quero viver gastando palavras
Pra quem não me ouve jamais!
Eu não quero dúvidas de quem não me aceita, não mais!
Eu não quero o silêncio
De quem não me preenche com palavras de paz.

É no silêncio que enxergamos melhor.

Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer.

O silêncio absoluto, quando
não vela nosso sono, diverte-nos
torturando.

Crônica: Dia e noite - Trem Bala

Quando o silêncio a dois se torna cômodo.

Pode ser que não seja eu o que você procurava
Nem que seja você minha outra metade
Faz tempo que o amor se foi desta casa
não nos resta nada para falar
Deixa a roupa junto a cama
Apenas fique um pouco mais
E não diga nada
Tudo está tranqüilo por uma vez
Não diga nada
Não diga nada, tudo está tranqüilo
Por esta vez
Apague a luz e não diga nada
Hoje as nuvens não saem da minha janela
E não sei se quero acordar
Deixarei meu coração embaixo do travesseiro
Caso algum dia você queira voltar
Deixa a roupa junto a cama
Apenas fique um pouco mais
E não diga nada
Tudo está tranqüilo por uma vez
Não diga nada
Não diga nada, tudo está tranqüilo
Por esta vez
Apague a luz e não diga nada
E não sei se poderei arrancar da minha pele
esses beijos proibidos que você me deu ontem
E não diga nada
Tudo está tranqüilo por uma vez
Não diga nada
Não diga nada, tudo está tranqüilo
Por esta vez
Apague a luz e não diga nada

Girava pela tua cintura, bailarina,
Feito anéis de saturno.
Contando estrelas, nas tuas costas,
Constelações de um céu noturno.
Congestionamento no teu trânsito ativo,
Sempre que eu ia à Marte
Na era de aquário, amor,
Nadei contigo por toda a parte.
Na conjunção de Vênus com tu,
Fui no zodíaco te buscar,
Que a carta de tarô, louca,
Insistia em dizer pr’eu te amar.
E quando nós juntos, corpos celestes,
Expandindo pelo espaço
Choveu meteoros naquele dia, de noite,
Culpa do nosso abraço.

Nada é impossível para aquele que persiste

Eu sempre amei o deserto. A gente senta numa duna de areia. Não se vê nada. Não se sente nada. E no silêncio alguma coisa irradia.