Na dúvida
Aconselha, apoiá, até duvida do impossível; faz de tudo para satisfazer a vontades, podendo ser homicida por um filho. São qualidades da divindade do amor de um ser insubstituível, de uma mãe, um eterno amigo.
Depois de tudo que eu já passei ainda resta a dúvida: porque não seca minhas lágrimas logo? Chorar dói
A crueldade humana algumas vezes é ilimitada. E de todas as coisas que sugerem medo, sem dúvida alguma é a mais perigosa - E a que mais me assusta. Algumas pessoas são cruéis por vocação; outras por intenção. Mas o importante é não fazer parte de nada disso e viver a vida com leveza e delicadeza. Só.
Folguedo do fim
Morte
Expressão que constrange a vida
Que nos causa dúvida
E nos desperta à sorte
Medo
Trazido por ela em insegurança
Talvez por não querer virar lembrança
Tal qual de todo ser humano é o fim do enredo
Fim
Talvez mesmo seja o destino,
De toda criatura do Divino!
Ou recomeço nas asas de um querubim?!
Questão
Tal esta sem resposta
Cada qual que faça sua aposta
Pra onde vamos, saberemos antemão?
Não!
Claro que não, essa é a graça!
Viver provando a dúvida em taça
Desde o berço até o caixão...
Não tenho dúvida de que grande parte das pessoas que se dizem muito sinceras, na verdade, são muito chatas. Minha dúvida é se elas se justificam no "ser sincero" para serem chatas ou para não admitirem que são serem chatas.
Não tenho dúvida de que grande parte das pessoas que se dizem muito sinceras, na verdade, são muito chatas. Minha dúvida é se elas se justificam no "ser sincero" para serem chatas ou para não admitirem que são serem chatas. A verdadeira sinceridade não condena e é transparente com os mesmos olhos que vê os erros dos outros, vê os seus. A chatice não é assim.
O mais próximo que cheguei de ter certeza este tempo todo, foi a dúvida de que minha suposta certeza talvez estivesse incorreta. Talvez esta palavra certeza seja muito audaciosa, pois a certeza mais certa que consigo ter agora é que a morte chegará um dia e sem dia certo!
"Cheguei a me sufocar por guardar meu sentimento, graças à 'bendita' dúvida que eu tive.
Mas agora é certeza, você abriu uma porta que eu havia fechado e jurei não abrir de novo. A porta que dá na estrada do meu coração. Essa estrada é sem saída, peço que apenas prossiga por ela, sem olhar para trás." (IGG)
Degrau a degrau; passo a passo... Esse sem dúvida deve ser o caminho dos vencedores. Os obstáculos ganham apoio em nossos pés e certamente tornam-se alicerce seguro na construção de nós mesmos. Passado, presente e futuro provam a solidez da nossa persistência. Quando construímos sobre a rocha cada desafio percorrido torna-se parte do todo. Não existe desperdício de tempo e não existe evolução sem sacrifícios. A verdade é que numa batalha existem aqueles que até gostariam, mas só observam e aqueles que têm calos nas mãos, experiências e perdas pra contar. Nós escolhemos o tipo de guerreiro que queremos ser. Nós quem preparamos a nossa bagagem. A vida muitas vezes exige compromisso e abdicação. Mas para avistar uma vitória muitas vezes é necessário abdicar do direito de desistir e abdicar da vontade de voltar atrás. Um vencedor jamais estaciona... Ele apenas aguarda a hora exata do próximo passo. Medo e a dúvida são sentimentos que assolam apenas aqueles que lutam por um propósito, mas quando se tem uma alma cheia de determinação, o resultado será sempre certo e inevitável.
O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.porque sem duvida alguma o que nos move é o amor, nem que seja só por nós mesmos.
A Palavra
De todas as artes a mais bela, a mais expressiva, a mais difícil, é sem dúvida a arte da palavra. De todas as mais se entretece e se compõe. são as outras como ancilas e ministras; ela, soberana universal.
Da estatuária toma as formas; da arquitectura imita a regrada estrutura de suas edificações; da pintura copia a cor e o debuxo de seus quadros; da música aprende a variada sucessão de seus compassos e melodias; e sobre todos estes predicados tem mais do que as outras artes, a vida, que anima os seus painéis; a paixão, que dá novo esplendor às suas tintas; o movimento, que intima aos que a escutam e admiram, o entusiasmo e a persuasão.
A estátua fala, mas fala como uma interjeição, que apenas expressa um sentimento vago, indefinido, momentâneo.
A pintura fala, mas fala como uma frase breve, em que a elipse houvera suprimido boa parte dos elementos essenciais.
O edifício fala, mas fala como uma inscrição abreviada, que desperta memória do passado sem particularizar os acontecimentos a que alude.
A música fala, mas fala apenas à sensibilidade, sem que o entendimento a possa claramente discernir. Só a palavra, nas artes a que é matéria prima, fala ao mesmo tempo à fantasia e à razão, ao sentimento e às paixões; só ela, Pigmalião prodigioso, esculpe estátuas que vão saindo vivas e animadas da pedra ou do madeiro, onde as delineia e arredonda o seu buril
Só a palavra, mais inventiva do que Zeuxis, sabe desenhar e colorir figuras
e países, como se ilude e engana a vista intelectual.
Só a palavra, mais audaz do que os Ictinos e os Calícrates traça, dispõe, exorta e arremessa aos ares monumentos mais nobres e
ideais que o Partenon de Atenas.
Só a palavra, mais comovedora e persuasiva do que o plectro dos Orfeus, encadeia à sua lira mágica estas feras humanas ou desumanas, que se chama homens, arrebatados e enfurecidos nas mais truculentas alucinações.
Latino Coelho (1825 - 1891)
