Música Antiga
Estava ouvindo um linda música que transmitia simultaneamente um tom de intensidade e de ternura, fiquei tão imerso naquela sonoridade que por alguns minutos tive uma sensação agradável como se alguém que amo estivesse comigo num momento breve, mas felizmente memorável.
Envolvido por aquele som intenso e seus versos profusamente emotivos, acabei lembrando da grandeza dos lindos anéis de saturno e, entre um pensamento e outro, cheguei as nossas ricas alianças com as pessoas que amamos.
Partindo deste ponto, veio-me a mente, a lembrança de que muitos acreditam que cada pessoa amada que deixa esta terra, é logo transformada numa estrela reluzente e graciosa que talvez seja por isso que as constelações são tão vivas, radiantes e formosas.
Não importa que não é assim de fato, pois é uma forma de mantermos vivos e por perto aqueles que ainda amamos mesmo depois de terem saído deste mundo, assim, poderemos nos encontrar nos pensamentos, nos sonhos e imaginando de olhos bem abertos em instantes oportunos.
Afinado no tom exato do amor,
através da música,
demonstra o que é amar,
tanto com intensidade
quanto com ternura,
usa o som harmônico da sua voz
ou tira sons de instrumentos,
podendo até usar as duas formas,
o que importa é poder externar
seus profundos sentimentos.
Coloca o seu âmago em cada nota
no compasso da sua verdade
de um jeito que toque a alma,
que esquente o coração,
que expresse vida por toda parte
de uma bela canção, de uma rica melodia, um ritmo de arte
que venha a melhorar o dia.
É assim que o músico se comporta
em sincroniacom a música
alcança vidas e as emociona,
segue amando sem medida,
uma conduta que renova
daquele que simplesmente ama
e sinceramente é amado de volta.
Atrevo-me a dar uma definição poética para música, a sonoridade de um sentir tão forte que foi transformado em arte que vai seguindo num ritmo emocionante de muita conectividade conquistando muitos amantes graças a sua rica verdade.
Dessarte, bendito quem tiver esta capacidade de compartilhar a sua essencialidade através de sons significativos, tocantes e harmônicos, pois certamente é um feito incrível que está sempre encantando.
É preciso ter o mínimo de sensibilidade para ser impactado por uma vívida melodia, resultado da euforia de um amor sincero, de um entusiasmo necessário ou da melancolia da dor, da agonia do desespero, assim, de fato, possui um grande valor por nutrir diversos sentimentos.
Fascínio de uma música poderosa que sem dúvida consegue unir gerações facilmente, emoções em harmonia com as notas, corações alegres,
um som profundo em um momento especial na França, o real afinado com o lúdico, a simplicidade prevalece num tom amável de esperança,
que inegavelmente melhora o mundo, uma
notória e necessária mudança, muito edificante como o Amor de Deus em abundância, tocando a alma por alguns instantes.
Ouço com atenção e interpreto uma bela música desprovida de palavras como se ela falasse de uma aproximação prudente, aquela que ocorre aos poucos, um possível encontro de almas, evitando ao máximo que se torne em algo bastante inconveniente,
conquistando de fato, a valiosa confiança com uma conduta sensata, sendo engraçado, sincero, respeitoso, sério, passando uma segurança necessária, um sentimento veemente, tendo um comportamento amistoso, amável, provando um claro interesse,
mas sem desconfortos ou fingimentos e nada forçado, a verdade que prevalece, o que é falso em algum momento é revelado, pois vindo de alguém de carne e osso, não se mantém por muito tempo, além do mais, perderia o significado, seria um desgosto tremendo.
Com este sábio entendimento de ambos, tiveram um momento inesquecível, seguramente, o primeiro de muitos, uma relação harmoniosa, um mundo de notas reunidas resultando em som maravilhoso, juntos afinados num amor recíproco, ricamente, abençoado e construtivo.
A verdadeira música é eterna e universal,
tendo o poder mágico de contagiar pessoas, atravessar épocas, quebrar preconceitos, dogmas...
unir povos, nações... e transformar
o mundo numa aldeia de irmãos.
Quando o mundo me afunda,
a música clássica me resgata, faz do caos, compasso, da dor, silêncio. Em cada nota,
reencontro o passo que quase perdi.
Cada um sabe onde está seu play, se a música não toca, troque a tomada, pois não existe mais pilha pra som, para de esperar alguém ti dar a luz
Não retroceda pra tocar seu ritmo!
A música toca tão sem sentimentos
Tão solitária como eu
Tão distante
Sem nenhum amor
Sem vontades ou desejos
Só toca e toca
Sem alma
Ou como minha alma
Vazias ...
Sem nenhum amor
E nada tem sentido
Apenas ela está nos meus pensamentos
Apenas ela ...
E só ela
A música espanta a solidão
Sete são as notas musicais
Felicidade é o meu refrão
No compasso da melodia
Dançar uma bela canção
Alegrar o enredo da vida
Cantar floresce o coração
Todos os dias são especiais
A música espanta a solidão
Sete são as notas musicais
Felicidade é o meu refrão
A música é minha companheira
Ela está comigo no meu dia a dia
Vai comigo para o passado, está no presente e pro futuro estamos sempre lá.
Ela é minha confidente
Está comigo na dor
Na alegria,
Na tristeza
Em qualquer hora.
Em qualquer lugar
Quando estou com a música tudo suporto
É a salvação da minha alma
Mantém meu sorriso renovado
Educa minha dor
Enxuga minhas lágrimas
E todos os dias me dá aquela sensação
De que não estou só
É lindo quando se tem na alma as notas musicais,
A sensibilidade de entendê-las
Eu amo a música
Ela fala comigo sem cobrar.
Música... FáLá Mi Sol DóSi
CANTOS ANCESTRAIS
Demétrio Sena - Magé
Quando a música preta quebra o vento,
cai nos fundos desvãos do coração,
é a força que faz o sentimento
me curvar com silêncio e devoção...
A voz preta ressoa essa canção
que não quer mais pedir consentimento,
pois ainda procura uma nação
no país que prolonga o seu lamento...
Há na música preta uma verdade
onde o sonho de paz e liberdade
grita sob silêncios ancestrais...
A minh'alma se rende às pretas vozes
da mãe África, e cobra dos algozes
o suor dos pais dos pais de meus pais...
... ... ...
#respeiteautorias É lei
ALQUIMIA DO CHORO NA MÚSICA INVISÍVEL DE CAMILLE MONFORT.
Do Livro: Não Há Arco-íris No Meu Porão.
Autor: Escritor:Marcelo Caetano Monteiro .
Há instantes em que a alma pressente que a dor não é apenas um acontecimento, mas um rito. E é nesse território subterrâneo que Camille Monfort se torna a guardiã dos silêncios, aquela que recolhe as lágrimas antes que toquem o chão e as devolve ao mundo como tinta, melodia e presságio.
Sob sua música invisível, o pranto não se dissolve: ele se verticaliza. Cada gota assume a gravidade de uma estrela caída, e cada respiração se converte em um cântico cansado, como aqueles que, em que gravitam entre o anseio e o abismo. Nada em Camille é simples: sua presença é uma liturgia, sua voz um instrumento que atravessa o último refúgio do espírito e o obriga a reconhecer suas fissuras.
As lágrimas, ali, não se derramam. Elas se recolhem dentro da própria pele, como se buscassem um útero de silêncio para repousar. E ao repousarem, tornam-se tinta. Uma tinta densa, lúgubre, mas moralmente altiva, que escreve sem permissão e sem consolo. Ela se arrasta pelas páginas como o rumor de um vento antigo que conhece a ruína, mas ainda aposta na dignidade do sobreviver.
Camille, nessa paisagem, não é apenas musa. É uma presença que observa. Uma espécie de sacerdotisa de sombras que compreende que tudo o que é humano é feito de perda, mas também de uma coragem secreta que se mantém de pé mesmo quando o mundo interno desaba. Sua música infinita não ressoa pelos ouvidos, mas pelas rachaduras da consciência. É uma melodia que não pede compreensão; exige entrega.
Assim, a lágrima torna-se verbo, o verbo torna-se cicatriz, e a cicatriz, com o tempo, torna-se uma assinatura do espírito. Pois há dores que não se explicam, apenas se escrevem. Há tristezas que não se superam, apenas se transfiguram. E Camille Monfort é esse ponto onde a noite encontra sua própria voz.
“A música é responsável pela coreografia.”
Se não está contente com a coreografia, ouça outra música.
Para mudar algo, comece com a causa e não com o problema.
O vento fazendo música
com as águas do mar,
O vento trazendo o desejo
com a vontade de beijar,
O vento carregando a onda
sobeja retocando na areia,
A carícia em rebento
percorrendo a alisar,
A música que eu compûs,
e você ainda não ouviu;
A poesia misteriosa nasceu
de uma conversa que surgiu.
Sim, deste contentamento
da onda do mar beijando
as areias e tocando a canção
do vento - divino carrilhão;
São letras de chamamento
convite para tocar as estrelas
Nas noites de plena excitação.
Sim, do apelo poético ondino
da rosa a desabrochar no verão,
Provoquei-te a curiosidade menina
a olhar este rimário de dama despida,
Como se olha através da fechadura
A cada verso de paixão uma loucura:
- Escrevo para você cair em tentação.
Ouço o sussurro do rebojo,
Danço a música do vento,
Assim distraio a tua falta,
Não perco a minh' alma.
Rabisco o meu caderno,
Escrevo o nosso enredo,
Respeito o valor do tempo
Resistindo a dor e o medo.
Nunca mais me distanciarei,
Rejeitarei os oceanos,
Sigo os teus passos ciganos,
Confesso, eu me apaixonei!
Como divindade, escrevo,
Nestas linhas não me nego,
Para todas elas, eu me entrego,
O amor é realmente cego...
Amo-te imensamente,
Confesso, és desconhecido,
... admito! Grito!
Viver livre de ti, eu não consigo!
Ao ouvir a música do vento,
Percebi os teus olhos zelosos,
Deparei-me com os teus passos
- macios
O balançar das amendoeiras
- doces ritmos
Fizeram-me contemplar:
os nossos instintos.
Ao sentir a tua presença,
Senti-me protegida,
Amparada, e tua amada,
A minha alma afagada,
- terna -
E feminina,
Distante das angústias,
Rendida por tuas ternuras.
Ao cair da noitinha,
À beira mar,
Sereno luar,
Amando a tua presença,
- vigilante
Aprendi o que é amar.
