Música
Quem sabe a minha rotina seja só a solidão
As minas ficam loucas, e eu jogando money no chão
Vou curtir, sem me iludir, pensando em evolução
Cada passo é firme, a lição é clara
Na luta e no amor, é assim que se encara
Não se deixe abalar pelas sombras do passado
Enfrente tudo sem ficar calado
Fama é passageira, mas a grana fica
E a gente não para, que a vitória grita
Relógio no braço, mas o foco é na pista
Vou rabiscar o que tava escrito naquela sulfite
Vou desfilar com aqueles carros que só vê em clipe
Vou desfrutar da paisagem que ninguém resiste
Quanto mais cê insiste
Mais eles dão chilique
Pra tirar de vez o mau olhar
Banho de sal grosso
Na água fria do mar
Correndo descalço a natura conecta
Sai pra rua meu parceiro
Olha a lua como é que tá
Vou cair no mar
pra energizar hoje eu vou espairecer
Essa vibe nunca vai baixar
do jeito que tá o sol vai favorecer
Pode namorar e postar
Pra tentar tirar a minha paz
Mudar telefone de cidade, vai
Mas esqueça-me se for capaz
Esquece aí, cê não é o bichão?
Nunca esquecerão
Nunca!
Arredia
A quanto tempo não escuto
O canto das cigarra
Que ainda hoje, já adulto,
Gosto tanto dessa farra.
A cigarra me encanta com sua melodia Fico procurando, meio abestalhado, Mas ela é muito arredia
Se consigo vê-la, me sinto premiado.
Gosto tanto das cigarra
Que fiz até uma poesia
Foi minha primeira, feita na marra Pensei até que num saía.
#ASSIM...
Deixem-me ver a vida...
Pelos sussurros de um anjo...
Acreditando ser tudo bem mais bonito...
Para ter meus sonhos...
Onde arde um coração em melodia...
Desse acaso em existir...
Um destino a ser cumprido...
Indecifrável jornada a seguir...
Ninguém vê minhas lágrimas mas eu choro...
E tão pouco sorrio...
Mas eu muito sonho...
Com minhas mãos à procura do Eterno...
No sopro do silêncio...
Estrelas colho...
Rolando pelo mundo...
Com os passos nas nuvens...
E os pés na terra...
Escondido no vento...
Sozinho em meu jardim...
No espelho de mim...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
"Olhar para a Santa Ceia me faz refletir. Jesus tinha a sua volta aqueles que o amavam, aquele que o traira, aquele que duvidaria, aquele que o negaria e tinha pecadores convertidos. Pessoas que pensavam extremamente diferente, mas quando abandonaram os pensamentos do mundo, e colocaram Jesus no centro, permaneceram vivos. Quem não fez isso acabou morto.
Hoje não é diferente! A Santa Ceia nos mostra que, em nossa volta, iremos conviver com pessoas diferentes, mas quando Jesus é colocado no centro abandonamos às divergências do mundo e permanecemos em comunhão. Quem não enxerga Jesus no seu irmão ou não faz enxergar Ele em si ainda não compreendeu o que é ser Cristão"
#AVE #MARIA
Enquanto o vento chora...
E a noite se avizinha...
Tristemente ecoa...
Uma linda melodia...
Ave Maria...
Nessa hora...
Muito fala a saudade...
Um aperto no coração invade...
Andorinhas em revoada...
Levando o sol nas pontas das asas...
E o tempo então para...
Ave Maria...
E na forma inquieta de meu ser...
A saudade é uma tristeza...
Que me dá muita alegria...
Ave Maria...
Se o espelho de minha memória...
Soube em meu peito imprimir...
Quando o chegar a hora derradeira...
Quero estar a sorrir...
Ave Maria...
E nessa tarde a cair...
Talho a minha alma agora...
À liberdade, ao amor...
À ventura, à esperança...
Sigo dando minhas graças...
Ao Criador...
Na penumbra que desce...
Estrela D'Alva resplandece...
Lua calma e sutil aparece...
Mais um dia finda...
Ave Maria...
Estremecem no céu as estrelas sonolentas...
O beija-flor já adormece...
Alguns clarões já se anunciam...
Enquanto anoitece...
Noite fria...
Mas não estou só...
Tenho Maria...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
Nas teclas do piano
o dedilhar de acordes,
onde se espargem sóis
aquecem a amplidão,
enquanto o coração
se dilui em gritos
que não soam notas
de melodia, nem afinação,
pois um falso sustenido,
logo deu fim ao amor
- sem nenhum dó !
Os dias nem sempre nascem sorrindo!
Muitas vezes nascem melancólicos,
Sem vida, frios, cinza e com névoas.
Mas, já reparou que aos poucos esse
Ar sombrio, e gélido, vai se iluminando,
Se aquecendo, ganhando cores a cada
Raio de sol, com melodias, sorrisos, e vida?
Lembre-se, não importa como o dia
Começa, e sim, com que cores você o
Coloriu, o fez sorrir, e viveu!
Aqui onde o mar brilha
E sopra forte o vento
Sobre um terraço antigo
Em frente ao Golfo de Sorrento
Um homem abraça uma menina
Depois de haver chorado
Então, ele limpa a voz
E recomeça o canto
Eu te quero bem, sabe?
Mas tanto, tanto bem, sabe?
É uma corrente agora
Que faz o sangue queimar nas veias, sabe?...
( Luciano Pavarotti - Caruso )
Não vamos confundir êxito literário com primor literário.
Primor literário tinha Shakespeare,
e após ele todos os escritores parecem arremedo de escritores,
mas uns ainda mais que os outros.
Êxito literário muitos têm,
mas isso muitas vezes é força do marketing
ou do gosto duvidoso das massas.
Eu, por minha vez, não tenho primor nem êxito literário.
Habito o subsolo do underground
onde você encontra textos simples e melodiosos.
Talvez sejam minhas únicas virtudes:
a simplicidade e a melodia.
O mais é pura bondade de quem gosta.
Ninguém perde nada
Não somos um do outro
Ninguém se perde mais
Já não somos um do outro
E o que sobra é simplesmente
Nada
E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar
E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor, minha esperança
Que se faça o sacrifício
Que cresçam logo as crianças
Flores Murchas
Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas...
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Versadas...
De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Desenganadas...
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso...
Flores murchas
Murchas flores
Tristes louvores
Encantadas!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 dezembro, 2022, 18’52” – Araguari, MG
Versão musical para o poema “Flores Murchas”
Não aceito em mim,
letras sem versos
palavras
que nada dizem
caladas.
Não aceito em mim,
olhares que não me cantam
sorrisos,
pele sem arrepios
química, poesia...
sonhos, melodias.
Não aceito em mim,
amigos
que não me amem,
amores
que não me toquem
músicas,
pessoas sem nadas.
Cai cai nos meus braços
Desliza por entre meus dedos
Vamos navegar nessa praia
De mãos dadas arrepiar a pele
Senti o sol, o mar...
Vamos brincar de pega
Vamos colar num abraço !
Carnaval é todo dia
São corpos que sabam
No mesmo passo
Ritmo
Alegria
Me segura
Me leva...
Carnaval é uma tarde
Eu e tu
A sós
Chega de repente
Me joga risos
Acelera alma
E se vai !
Deixando sonhos
Esperança
Cai cai
Pra nós ainda é folia
Gingado
Olho no olho
festa, melodia !