Mundo
Não precisamos estar no melhor lugar do mundo para estarmos felizes, mais precisamos que o melhor que existe no mundo esteja dentro de nós.
Eu confio nas voltas do mundo, pois ele faz isso por caridade, para nos manter no chão, não nos entregar a gravidade, nos garantir a vida e nos dar oportunidade entre noites e dias que todo dia vem!
Cuidado! Talvez seja na volta do mundo e no seu forte impulso que ainda poderemos perder o equilíbrio e cai nos braços do outro!!!
Nossos sorrisos dependem mais de nós do que do universo e nosso sucesso ou fracasso depende de como encaramos o mundo.
O mundo é assim, ou você é o oprimido ou o opressor. Não adianta tentar mudar, sempre foi assim e sempre vai ser.
O cego e a guitarra
O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.
Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.
Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.
Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.
Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.
Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.
Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)
MUITAS PESSOAS JULGAM UMAS AS OUTRAS, FALAM MAL DE TUDO, DE TODOS E ATÉ CRITICAM A VIDA, TANTO A VIDA DOS OUTROS COMO A SUA PRÓPRIA, FALAM QUE NÃO CONSEGUEM ISSO OU AQUILO, QUE A VIDA NÃO É JUSTA COM ELES, E SÓ SE LAMENTAM, MAS SE ESQUECEM, OU SE FAZEM DE ESQUECIDOS, QUE A VIDA NÃO É SÓ DE AMARGURA OU DE SOFRIMENTO, NÓS TAMBÉM TEMOS NOSSOS MOMENTOS FELIZES E QUE A VIDA NÃO É SÓ DE DESILUSÃO, SE VOCÊ COLOCAR UM POUCO DE AMOR EM TUDO QUE VOCÊ FIZER VERÁ QUE A VIDA PODE SE SUAVIZAR UM POUCO, NÃO É QUE A VIDA SEJA UM MAR DE ROSAS, MAS É QUE AS PESSOAS DEVEM TER UM POUCO DE COMPAIXÃO COM O PRÓXIMO, RESPEITAR O PRÓXIMO, PARA ASSIM A VIDA FLUIR COM UM POUCO DE HARMONIA, POIS ESSE MUNDO JÁ É MUITO CRUEL...
Como Vejo
Haverá um amanhã que não estarei mais aqui.
Escuto falar que devo pedir perdão, hoje, antes de partir.
Perdão porque?
Sempre procurei não fazer nada que merecesse ser perdoado.
Sim, nasci humano e, como tal, algumas pessoas não me entenderam por ser. Da mesma forma não entendi o mundo o tempo inteiro.
Assim, me cobraram, e me cobram um pedido de perdão.
E quantas vezes não te cobrei a recíproca?
Simplesmente reconheço a natureza humana, suas falhas e fraquezas, e me permito a mesma condição.
As vezes, não vale a pena super-valorizar um erro natural da humanidade. Do Ser humano.
Reconheço a suscetibilidade daqueles que estão pós minha ótica, então permito me colocar menor, pois está é, em última instância, o desejo mais escondido daqueles que se sentem injuriados.
Fique à teu julgamento.
Prefiro não julgar.
Nem tudo que acontece em seu redor ou no mundo é sobre você, mesmo que seja difícil olhar as coisas de uma perspectiva que não a sua. Perceba que acontece ao seu redor, em todos os ambientes e com as pessoas que compõe a sua vida. Você pode descobrir boas coisas e se surpreender ao deixar de lado seu mundinho e viver.
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
(Texto foi extraído do livro “Nova Reunião”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1985, pág. 300. Fonte: Projeto Releituras)
Vi ao meu redor a maioria da sala usando os seus métodos para enganar o professor, e tirar o que precisavam para passar da matéria. Penso, realmente estamos no mundo liquido de Bauman, só quero ver na hora de um concurso... Aí lá os aguardarei, estou construindo o conhecimento seguimentado no meu cérebro.
Acho um desperdício colocar o peito na zona mortífera do conforto, vejo como fatídico o cotidiano da monotonia. Me aprofundo no horizonte das possibilidades. Gosto do recesso e da ressaca, sou intensa. Uso o crachá da liberdade, visto a camisa do emocional, levanto a plaquinha do viver, coleciono fotos e interpreto olhares. Vejo o mundo da minha janela particular
Senhor, no silêncio desse dia que nasce, venho te pedir a paz, a sabedoria, a força.
Quero hoje olhar o mundo com um olhar todo de amor.
Ser paciente, compreensivo, doce e sábio.
Ver os teus filhos, como tu os vês, ou seja, para além das aparências e desta forma olhar apenas o que neles existe de bom.
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