Mundo
Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.
Independente da cor que pintem o mundo, o meu vai continuar cor-de-rosa, purpurinado de estrelas e bordado de poesia.
A vida é como uma floresta sombria e traiçoeira, onde apenas os sagazes realizam a façanha de decifrar e seguir as trilhas enigmáticas para depois ver o mundo com outros olhos. Aqueles que são desprovidos dessa habilidade, se perdem nos caminhos da ignorância.
O mundo basicamente se divide entre loucos que lembram e loucos que esquecem. Os heróis são raros.
A tecnologia nos conecta com o mundo virtual e desconecta com o mundo real. Viva com a tecnologia, mas não se deixe contaminar por ela. A tecnologia existe apenas para nos servir.
Mesmo estando doente,
De uma doença tida como terminal,
Fico me perguntando,
Quanta força tem meu emocional.
Olho meus colegas,
Irritados por coisas fúteis,
E eu orando,
Pra viver dias úteis.
Estarrecedor é o que observo,
Dos meus amigos, família e aos que estão ao redor,
Sem saberem o que fazer,
Não possuem palavras para dizer,
E isso me deixa só.
Digo que não é fácil,
Passar por tudo e ainda sorrir,
Mesmo sendo em muitos momentos,
A vontade de desistir.
Não sei onde encontro forças,
Para tanto trabalhar,
Sabendo que em muitos momentos,
Vivendo queria estar.
Muitas vezes me pergunto,
O que adianta tanto labutar,
Se desta vida nada se leva,
Somente o desgosto,
De uma vida a estraçalhar.
Poderia a classe dominante os majoritários ajudar?
Se todos temos direitos, poderiam nos amparar?
Não queria ser experimento dessa grande massificação,
Eles agem em nossos pontos fracos nos deixando sem solução.
Todos nessa terra,
Mortos já estão,
São os desfavorecidos,
Ou os que comandam esta nação.
Livrarmos deste inferno,
Que muitos tendem a passar,
Pode ser um grande alívio,
Quando em outro “mundo” chegar.
Pode ser que nunca exista,
Mas é necessário acreditar,
É tendo esperanças,
Que um dia desses vou encontrar,
Algum lugar para melhor morar, amar, pensar e cuidar.
Precisa cuidar de si antes de querer cuidar do outro
Sou aquela referência que te lacrimeja o olho
Que vira o mundo do avesso
Do avesso
Eu sei quem sou
Eu sei que nem sempre tive a condição
Mas quem quer buscar seu sonho tem que ter disposição
Minha veinha sofrida foi quem me deu a vida
E eu vou retribuir entregando o mundo na sua mão
O que move o mundo são as perguntas...
Se não há perguntas o movimento cessa.
A certeza atravessa.
Paralisa a mente.
Satisfação entorpecente.
A certeza essa senhora ranzinza.
Que com preto e branco pinta tudo de cinza.
Não te deixa ver as nuances.
Não te deixa viver os romances.
A certeza diploma que estás formado.
Está encerrado o aprendizado.
A certeza enche teu peito de orgulho.
Infla de ar e encerra o mergulho.
Te tira da estrada no conhecer
Te amarra os pés na Zona C!
A certeza sacia os olhos e mata sede.
Te da uma sombra e uma boa rede
Um bom lugar para descansar
Ficar velho, enferrujado e a morte esperar.
Houve um tempo em que o mundo era tão jovem, que o nascer do sol ainda não existia. Porém, mesmo assim havia luz.
À muitos séculos dizia Platão
Que o mundo em que vivemos
Tudo é percebido quando distorcido
E a realidade surge quando nos iludimos.
Por outro lado, Russel o matemático
Afirma no seu tom diplomático
Que o mundo real e emblemático
É aquele que por nos é pensado
E não o olhado, o encarado.
O amor verdadeiro é algo bem diferente. É quando o resto do mundo se cala. Não são os olhos que se encontram, mas as almas que dançam. Acolhem-se um no outro. Cedem espaço um para o outro até que não haja mais onde se esconder.
Ela é do tipo que doma seus monstros, exorciza seus fantasmas, anestesia sozinha suas dores... Do tipo que sempre está pronta para ir por caminhos longínquos em busca do novo, mesmo que precise atravessar oceanos internos a nado. Ela é quem sabe a hora de pisar fundo ou desacelerar, de regar ou de deixar morrer, de colher ou de esmagar suas flores. E, de tempos em tempos, ela solta ao vento as pipas que não lhe servem mais e recusa os remendos de cacos que não lhe enfeitam a vida. Porque ela sempre tem fome de vida. Dilacera, majestosamente, o que traz gostos novos, enxerga o que é visível somente à alma, sente a magnitude dos aromas insignificantes. Ela é a própria fragrância. Ela colore o dia sem nunca se esquecer da maravilhosa imensidão do preto da noite. Ela quer mais do que uma constelação apenas, com um céu infinito a seu dispor. Ela nunca foi do tipo que se contenta com uma casa comum, quando pode ter um mundo. Pois, no final das contas, ela é um mundo inteiro.
