Mulher Nota mil
O irmão do General
que se encontra
preso injustamente
onde só Deus sabe,
recordou quando
os 4F foram presos
no Quartel de São Carlos.
Eram tempos áureos
de direitos atendidos
pelos superiores;
Não quero os fazer
mais magoados,
Só aceno para
que não sejam
mais esquecidos:
- Das Mães dos filhos
de hoje em dia ninguém
se importa com as dores.
Da Torre da Liberdade dou
loas as vozes pela opressão
perseguidas e censuradas,
Quero bem mais do que isso:
- Desejo andar contigo
de mãos dadas e almas
plenamente reconciliadas.
Nos teus olhos não
há mais como conter
o amanhecer e a primavera;
Você vai libertar cada
prisioneiro da cela,
E juntos não vamos
mais olhar para trás e nem
para cada um que ofendeu.
Fazendas invadidas
pela ELN colombiana,
o homem da terra
vai perdendo
na vida a confiança.
Com mais de poema
que tragam
notícias do General
preso injustamente
e a esperança
de ver a Nação
vizinha pacificada.
Até peito recobrar
o sonho de liberdade
é preciso perdoar
de verdade,
Para se reconciliar.
De povo para povo
sem arremedo
para quebrar
os grilhões do ego
e vencer o medo
do futuro,
É por isso que
me importo e escrevo.
Dizem sem provar
que no Inferno
de cinco letras
as amadas
estão presas,
Se foi intriga ou não,
por poesia aqui
estão na esperança
que alguém por
elas estenda a mão.
Removendo
o egoísmo,
me dividi
em mil versos,
Para lembrar
de outros
esquecidos
porque não
concordaram
do momento
estabelecido,
Os escolhi
sem critério
seletivo em
nome daquilo
que acredito.
Não aceitem
a truculência
como rotina,
Mão estendida
contra o povo:
Afasta a magia.
Num tempo
crítico como
seria bom se
o Comandante
entre a tropa
se entendesse
como um pai com
os seus filhos.
Não convivam
com frieza,
violência,
indiferença,
e com silêncio:
se entendam!
Generalíssima
cantoria,
Sathya Sai,
Harmonia,
santeria,
Poesia,
sem notícia
do General,
Gira a roda,
bate a onda
gota a gota
desta agonia.
Neste mundo
que a guerra
pertence só
a política,
A minha prece
caminha com
os Generais
que não sei
onde estão,
Mas que desejam
viver no mundo
em plena paz;
Só de saber que
eles existem
uma alegria
toma conta
com a mesma
intensidade
da alma sublime
de uma borboleta.
O General está
desaparecido,
Não sei nem
mais quantas
vezes reclamar
até ser atendida;
Não gostaria
de seguir
sendo repetitiva,
Acontece que
não estou me
sentindo ouvida.
Quem deseja pedir,
não faz crítica,
Porque tem gente
que é oportunista,
Se for criticar não
peça para não dar
vazão a tirania;
Não alimente um
clima de tensão,
e nem de vilania,
Não importa o quê
de mim você pense,
Pago o preço pela
minha franqueza.
Discutem cifras
de quantos são
os meus irmãos
em imigração,
Não importa se
são um, dezenas
ou quatro milhões;
Quando um filho
deixa a sua Pátria
por qualquer que
seja a carência,
O problema é
de todos que não
estenderam a mão
para ajudar
com benevolência.
Se imigrante este
irmão de continente
em diáspora
aqui se encontrar,
Aqui ele será
bem recebido,
Neste mundo até
quem tem faz idéia
nasceu peregrino;
Por isso comento
e não esqueço
de nenhum povo
que de dor padece:
o egoísmo tornou
La Guajira um
lugar esquecido.
Perguntam onde
está o General,
Pois dele não se
sabe o paradeiro,
Se vivo está e se
encontra inteiro;
Ontem também
e segue sendo
o questionamento
dos membros
do movimento,
E a única coisa
que posso fazer
é rezar em silêncio.
Ninguém sabe
mais do paradeiro
do General que
foi preso inocente,
A irmã perguntou,
O pastor também,
E ecoei porque
sou insistente,
Não dá para fingir
que não me
sensibilizo
porque nasci gente.
Não se sabe
onde está
o Vice-Presidente,
O Inferno e suas
Cinco Letras
estão emudecidos
simplesmente;
Há mais de um
desaparecido
neste continente.
Nenhuma linha
de Oslo
os desaparecidos,
Poderia até
fingir que
não percebi
a ausência disso;
A incoerência
sobre isso inspira
e até mesmo
sugere que não
está ciente
ou é indiferente.
Há mais de um mês
o General está
desaparecido,
Não acredito que
esteja mais vivo,
Não vou desistir
dele querer saber;
Desejo o teu
coração alcançar
e longe de mim
entrar nesta
guerra de poder,
Sei o quê faz
ou não sentido,
e conheço muito
bem o meu lugar.
Não é só poesia,
Embora poesia
também seja
coisa séria
mesmo que
você em mim
não acredite:
jamais brincaria
só para aparecer.
Corre a lágrima
do pequeno filho
do Tenente Coronel,
Ecoa o desespero
sem resposta
da irmã do General,
O olhar do Comandante
do Inferno de Cinco
Letras se sentindo
sufocado por não
estar recebendo apoio
para reagir a isso tudo,
Todos isolados
na ilha de tormentos.
Não é
segredo
para ninguém
que moro
longe,
E não posso
perguntar
para quem
não conheço;
De tantas
linhas
só acho
que uma
notícia
creio que
eu mereço.
Buscando
os passos
do Pastor
que busca
onde está
a sua ovelha;
Assim hoje
seguindo
o rastro
escrevi
mais poema
de todo dia.
Não sabia
até dos
paradeiros
dos dois
Generais,
Emocionada
junto com
os filhos
da Pátria
vizinha que
encontraram
um deles
após seis
semanas,
Continuo
sem saber
se o General
dos meus
poemas se
encontra vivo.
Uma cena de degrado
de um oficial que
parece até montagem,
Fato inenarrável
no salão dos traidores
e inimigos da Pátria,
Triste e inacreditável;
Um Coronel e uma
brigada de artilharia
foram presos porque
disseram que eles
atentaram contra o Poder.
A guerra aos povos
e soldados
não pertence;
Ela pertence a política,
e ciente disso
deveríamos não
perder tempo
cedendo os ouvidos
para quem gosta
de cultivar a intriga.
A mim só pertence
mesmo é a ideologia,
O entendimento
da inocência
do General preso
e desaparecido
até o momento
e além dele
a tropa libertar,
Não é pedir demais
o restabelecimento
da paz e para todos
buscarem se reconciliar.
Todos os dias
irrazoavelmente
têm sido trágicos
para as tropas,
Não posso fingir
que não vi e me
eximir de falar
simplesmente,
Destes tristes
e outros fatos
do continente.
O General está
desaparecido,
Creio que não
esteja mais vivo,
Não há nenhuma
notícia de alívio
E não vou parar
de perguntar
até o encontrar.
O silêncio grita
alto nos ouvidos,
Dois Generais
e dois destinos
convergentes,
Ambos presos
injustamente
por proposital
falta de provas
para torturá-los
sistematicamente.
Olha, meu bem,
que decepção!
Pensei o meu
povo não fosse
nunca mais
dançar este
rock 'n' roll,
Sinceramente,
me enganei;
As credenciais
foram entregues
a embaixadora
do autoproclamado,
Deste capítulo não
tenho nem mais
vontade de falar,
Só tenho muita
vontade de chorar.
Olha, meu bem,
preste atenção!
O General que
foi preso inocente,
e se encontra
enfermo pelo
o quê intuo,
Tudo indica
que é vítima de
desaparecimento
forçado até
que me provem
o contrário,
Não vou parar
de me queixar.
Olha, meu bem,
não para de doer
o meu coração!
Militares presos
por rebelião
e guerrilheiros
iniciaram uma
greve de fome
no cárcere
de Santa Ana
del Táchira,
E eu não tenho
parado de rezar,
As minhas queixas
parecem não importar.
O real desestabilizador
responsável por
essa história absurda,
sem pé e sem cabeça
há de ser descoberto
a qualquer momento,
E há de ser cessado
todo o sofrimento!
Enquanto essa
hora não chegar,
Pelo General que foi
preso inocente,
está desaparecido,
e que esconfio que
não esteja mais vivo,
Não vou parar
de perguntar,
em prosa e verso até
conseguir encontrar.
Ao querer renascer
ou recuperar algo
é preciso entender:
quem pede é porque
precisa e peticiona
a boa disposição
e sem querer ofender.
Quem quer fazer
um caminho de
plena prosperidade
deve abandonar
o sensacionalismo,
E não faltar
com a integridade.
Deus abençoe a Rainha,
O Império Yankee
e teceu outra mentira
para a coleção de maldade,
E todos já sabem
a verdadeira realidade:
A Rússia não deixou
a Venezuela sozinha.
O conhecimento não
foi feito para afrontar,
É preciso ter sutileza
para enviar o pedido
para tocar o coração
de quem se deseja.
Não se sabe onde
o General foi parar,
Tudo caracteriza
um desaparecimento
forçado e desconfio
que nem os líderes
deste país vizinho
sabem onde ele está.
O General está
desaparecido,
Não quero semear
a desesperança,
Os irmãos estão
procurando,
Creio que não
esteja mais vivo.
Vejo um pastor
que segue com
as suas ovelhas
apontando um
novo itinerário
ecumênico,
Para descobrir
se o General
está inteiro,
Ao fundo um
cântico llanero.
Tento ao menos
ser um sopro
alvissareiro,
Essas letras
no meio deste
bruto silêncio
de metal
em busca de
saber onde
está o General.
Neste mau
tempo que
não anda
para frente
e para trás,
Já fazem
34 dias
que a família
do General
não está
em paz,
São poucos dias,
mas suficientes
para preocupar
a todos demais.
Não vou
deixar perder
a crença,
Até mesmo
se houver
qualquer
sentença,
Porque
culpa todos
sabem
que não há;
Essa prisão
é fruto de
uma cruel
injustiça
que ali está.
E assim
contando
outras histórias
latinoamericanas
de agonia
para tentar
manter vivas
as memórias.
Perguntando
sem parar
nenhum minuto
até saber:
se o General está
desaparecido,
e se está vivo,
onde é que
ele foi parar?
Se preciso for
tenho poesia
até o meu
último suspiro
para perguntar
onde é que
o General foi parar.
Faço eco das vozes
da irmã, do irmão,
e dos irmãos,
e ouso sem autorização
e sem ser ninguém
para perguntar:
- O General
está bem?
Versejo nas sombras
da limitação real
para perguntar:
- Onde o General está?
Ninguém sabe onde
foi parar o General,
Ouviu ou viu,
Mas insisto
em perguntar:
- O General está vivo?
Não desisto de saber
no deserto de afetos,
tristezas aquarteladas
e absurdo dos séculos.
Não há como
embarcar
nesta pirada
aventura,
De levar tudo
a última
consequência
até mesmo
a palavra.
Discordar
não é ofensa.
Antes tarde
do que nunca;
É de noite
e cai a chuva,
Do teu
limite ético,
Tenho o físico,
E não o poético.
Se solidarizar,
não é ofensa.
Da viciante
convivência
agressiva
é preciso
buscar
se libertar.
Quer ajudar?
Não ofenda.
Sofreu e sofre
a juventude
diante das
nossas vistas,
Até no Chile
não anda
muito diferente,
O quê faz
sofrer a gente
não mais
deveria existir,
está transbordando
e severamente
vem me
assustando.
Não há como
não perguntar:
Como está
o General?
Se ele não
for libertado,
eu não vou aí
nem a passeio;
Falo mesmo
até você
me ouvir
e para
o mundo inteiro.
Eis a prosa de todo
o dia primeiro:
Quando vão
conceder a saída
soberana ao mar?
América do Sul
é poética profunda.
O meu país
retirou da lista
de credenciais
a embaixadora
nomeada pelo
autoproclamado,
Um rock 'n' roll
que ninguém
dançará mais.
O General é
inocente
e você sabe
bem que sim,
Está na hora
do penar
dele ter fim;
Onde ele
está nesse
instante agora?
Sinal de paz
vindoura
e duradoura,
Sonho parar
de reclamar,
Podem falar
que é utopia,
que ninguém
me fará deixar.
Não vi mais
sequer uma
imagem nova
do General,
Não saber
de mais nada
tem me feito
muito mal,
Não quero
nunca mais
ver situação
tão frágil
quão um cristal.
Para muitos
faltam remédios,
eletricidade
e comida,
Ninguém acredita,
racionaram
a gasolina;
Um salão
em Táchira
aberto
para lembrar
dos inimigos
e traidores
da Pátria,
E a América Latina
em alta rotação.
Da vida dura
nem Honduras
escapa,
A violência
pelos ares contra
os manifestantes
na praça,
É hora de deixar
para trás
essa cultura
de violência.
Não se provoca
para depois
alguém falar
que você
terá de engolir
com Coca-Cola,
Três Oficiais
Generais
da Aviação
optaram sair
pela via
da insubordinação.
Do General dos
meus poemas,
Preso inocente,
Nunca mais
vi uma imagem,
li uma notícia
e não soube mais nada.
Da marcha das Mães
passo a passo,
a toque de letras
na Nicarágua;
E abraços arrancados
e que sequer foram
dados na Venezuela,
Não te esqueças:
os filhos devem
integralmente
serem devolvidos
a cada uma delas.
Se é para apoiar,
não ofenda,
Se é para
a liberdade pedir,
não ofenda,
Se é para discordar,
não ofenda;
Porque conviver
num ambiente hostil,
Jamais compensa.
Há muita história
para contar,
Para que não
se repita
com soldados
em degredo
e em degrado,
Um processo
de perdão é preciso
para ver esse
povo reconciliado.
Mães do continente,
por elas não tem
como ficar contente,
Com fibra no peito,
e sangue quente,
Não nasci para ser
nessa vida indiferente:
o 'crime' que esses
filhos cometeram
foi pensar diferente.
Vem, me diga
onde está o General,
e se ele está vivo?
Até agora nada sei
desse imerecido
e absurdo castigo.
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