Mude Devagar
Entrando na tua vida
- bem devagar
Eu sou a primavera,
A alma que te espera,
O Farol que beija o mar.
Um farol perdidamente
No estreito e a frente,
Quanta loucura para contar...
Iluminando o teu barco,
Primavera potente,
Farol perdido, não ilhado,
Com muita história a te contar
E um amor profundo para te dar.
O vento sopra devagar
A duna muda de lugar
O amor pleno a ocupar
A coruja aninhada lá
É protegida pela duna
No seu lugar de aconchegar.
O Sol beija a duna
A duna se abre ao Sol
Num verso de amor total
Abre a poesia em festa
Em louvor celestial
É um espetáculo sem igual.
A poesia está escrita
O verso está feito
Ali na duna cuidada com jeito
No intocável ninho da coruja
É sempre o lugar perfeito
A duna cuida do que está feito.
O teu olhar sobre a duna
O teu cuidar do ninho da coruja
O teu amor pelo mar
O teu jeito de preservar
O teu doce sonhar
Escrevem o destino do lugar...
12/08
Se afaste devagar
de quem mente uma
única coisa porque
é sinal de arapuca
se armando para você.
Como garoa mansa
a refrescar uma tarde
atípica sou eu devagar
penetrando no coração
Porque para o seu amor
tenho me feito santuário
para te receber como
o meu eterno namorado
Unidos no rito da floração
etérea dos Ipês-brancos
e na dança na Via Láctea
Fazendo o destino místico
ser cumprido como deve ser
com as auroras e o infinito.
As horas passam devagar,
escrevo Versos Intimistas
sem nunca ninguém notar
em São Paulo e por cada lugar,
Enquanto a inspiração põe
o seu contentamento na florada
do lindo Ipê-rosa-de-folha-larga,
Vou fazendo a minha estrada
para estar pronta para quando
você chegar na minha vida
com paz, amor e toda a poesia.
Tempo passa devagar
A lua ainda está aqui
Pra alumiar o rosto
Na escuridão da noite
E acalentar o coração
Na neblina que vem
Do céu estrelado
Tempo passa devagar
Pra deixar o corpo
Pedir abraço
No frio da noite
Tempo, tempo
Passa devagar
Enlouqueço
De amor
Por você
Na noite que
Clareia a minha alma
E o meu ser
Tempo passa devagar
Quero ti ter
Bem perto
Do meu abraço quente
E fazer você mergulhar
Nos meus beijos
Na noite de lua cheia
Tempo, tempo
Passa devagar
O friozinho
Só quero passar com você
o que é o amor
O amor é como um rio que às vezes corre devagar e paciente
outras vezes veloz que arrasta pelas encostas galhos e folhas com suas Águas apressadas e impacientes
mas é sempre um rio em qualquer estação
assim também é o amor
não importa o tempo às vezes agitado outras vezes paciente
o amor não diminui se for bem cuidado aumenta
passa o tempo que for
Será sempre o amor
O rio corre por baixo da ponte o rio corre devagar e com paciência o rio corre por baixo da ponte dia e noite corre sem nunca parar o rio o rio corre e carrega as suas águas que passam por baixo da ponte que envelhece com o tempo a ponte mas o rio nunca Muda o curso umas vezes enche outras vezes o rio diminui o volume mas o rio continua fluindo passando por baixo da ponte embaixo da ponte corre o rio já corre há muito tempo sem parar o rio que carrega a história parece que o tempo empurrando o rio que sempre se renova, mas a ponte velha dá testemunho das muitas águas que passaram por baixo da ponte...
O rio passa debaixo da ponte
🌾 Bahia em Mim
Na Bahia, onde o tempo dançava devagar,
Eu corria descalça no terreiro, sem pressa de voltar.
O cheiro do mato era doce e forte,
E eu me achava dona do mundo, sem saber da sorte.
Minha avó me ninava com canto e café,
Meu avô contava causos sentado no pé do jatobá.
E lá vinha bisavó com seu riso cansado,
E bisavô Caxias, firme e encantado.
A saudade bate forte, feito vento em tarde quente,
De quando a gente brincava de pique atrás da gente.
Os primos riam alto, correndo entre os animais,
Um subia na árvore, o outro caía demais!
Tinha guerra de mamão, banho de bacia no quintal,
Galinha fugindo da gente — era sempre carnaval!
Eu tropeçava no terreiro, ria até do tombo,
Com a cara suja de barro, era feliz do meu modo.
E quando a festa chegava — ô trem bão de lembrar!
A cidade virava dança, na Terra das Vaquejadas a vibrar.
Tinha cavalo, forró, bandeirola no céu,
Cheiro de carne assada e alegria a granel.
À noite, o céu virava palco de estrela,
E eu deitada na rede, sentindo a vida tão bela.
Com riso nos olhos e o coração que se expande,
Levo comigo a Bahia, mesmo estando distante.
Porque crescer é isso: guardar no peito a raiz,
Ser livre, mas lembrar do que um dia me fez feliz.
E quando a saudade me visita, sem avisar,
Fecho os olhos... e volto pra lá.
Há silêncio necessário
Parece as contas de um rosário
Passa uma por uma devagar
Para não ferir e vacilar
Há silêncio doloroso
Que provoca inquietação
Tira a alma do seu prumo
Provocando solidão
Há silêncio de amargura
Por falta de ternura
Que deixa a alma despida
Desprovida, insegura
Há silêncio gritando
Entre vales e colinas
Que seu eco trás na alma
Lembrança mais querida
O silêncio vale ouro
Nos momentos de aflição
A palavra vale tudo
No diálogo é construção
Planos escritos
Lugares restritos
Andar devagar
Nunca parar.
O que tenho
Não retenho,
Derramo poesia
Nessa travessia
Uma história
Na memória
Na vida o sonho
O desejo que proponho
De mente aflita
Conduzo o verso na escrita
Buscando por paz.
Na cama, lágrimas deslizam, devagar,
Ouvindo música, perdido a divagar.
Pensamentos voam, profundos e sem fim,
Refletindo na vida, do que já vivi.
Notas suaves acariciam minha alma,
Como um abraço em meio à calma.
Entre as músicas, encontro abrigo,
No silêncio da noite, no meu próprio abrigo.
Chorar ao som das canções,
É encontrar força em emoções.
Assim sigo, nesta jornada,
Deitado, pensando na vida que me é dada.
Não faz assim, vai devagar
tem pena de mim
só sei fazer poema
e tenho ponte de safena
o coração pode nem suportar...
Só Observando
Devagar eu vou vagando
E de longe observando
Sinto falta vou-me embora
Cada um tem sua hora
Vem o sol com seu calor
Chuva traz o meu amor
Quero mais felicidade
Para enganar essa idade
Acha graça faz de bobo
Vive a vida pega o troco
Na paz eu vou vivendo
Cada dia aprendendo
Devagar eu vou vagando
E de longe observando
Permite-se colaborações de silêncios e respirações profundas devagar, onde nada temos para conversar. Neste sentido, silenciar é como conversar e não desamar.
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