Muda que quando a Gente Muda

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PRÉ-TEXTO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando a sua enxaqueca finalmente sucumbir à vontade. Sua verdade não se ocultar na conjuntivite. No dia em que o bem querer foi mais forte que o mal estar. Seu cansaço der voz de assalto à disposição de me ver; gastar seu tempo comigo...
Estarei à sua espera, mesmo em crise de asma. Sentindo cãibra; calafrios. Tendo febre ou tontura. Todas as dores, os contratempos e as intempéries que jamais embotaram minha saudade... nem tornaram metade o meu desejo inteiro de você.

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PONTO FRANCO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Contenha, de vez em quando, seu brio materno ou paterno, e tente ouvir as palavras que o seu filho não diz entre aquelas que soam, mas você despreza. Faz isso, porque a regra infeliz do poder maior que o afeto é sua reza tirana de quem manda e manda.
Pelo menos uma vez na vida, escute o choro espremido e amedrontado sob o pranto exposto em traços bem expressivos, mas cuja expressão nunca teve a leitura de sua preguiça. Quiçá o seu temor de se descobrir no mesmo patamar de quem seus olhos nunca viram de frente, pois o coração sempre fugiu do ponto franco em que pode morar o ponto fraco.
Deixe um pouco de lado essa praticidade gelada e cruel que revela um limbo de certezas ditadas. Um tribunal desumano de verdades forjadas pela distância estabelecida entre você e quem deveria ser bem mais próximo, exatamente porque veio de você.
Esse jogo de achar forçosamente que filho não tem voz audível, pode se reverter contra sua carência futura de gritar. Infelizmente, seu filho há de aprender, com seu exemplo, que pai ou mãe também não tem voz. Nem tem vez. Tudo será contra seu dom de matar o brilho do rosto, as expectativas e admirações de quem nunca foi quem deveria ter sido.
Preste bem atenção na faixa etária do mundo. Já estamos no século em que pai e mãe não são deuses... são seres humanos... tão humanos quanto seus filhos, que já sabem disso, mas podem não querer saber, se um dia resolverem virar o jogo.

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JUSTIÇA?

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A justiça precisa do culpado,
mesmo quando as premissas o desculpam.
Não a julgue por tantas injustiças.

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MENTALIDADE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Nunca tive um mentor. Nem na mais tenra idade, quando somos suscetíveis aos comandos de quem admiramos. Em toda minha vida sempre admirei pessoas, tive meus ícones, mas não fui um fantoche dos caprichos de quem quer ter alguém para incutir seus conceitos, preconceitos e complexos dourados de virtudes.
Mentores dominam, vigiam, fazem aparas intermináveis e decidem a quem podemos admirar; quem pode ser nosso amigo e quem deve ser desafeto. Nosso gosto apurado é aquele que "bate" com os seus, e teremos constantemente que optar entre eles e alguém que os incomode com algum sinal de vida mais inteligente. Isso ocorre porque os mentores sabem que seus soldados podem se tornar livres, ampliar seus horizontes e as relações humanas, ou se debandar para os campos de outros mentores.
Sempre tive amigos. E nunca tive preguiça de ser quem sou sem as escoras dos donos da verdade ou dos pontos de vista. Como nunca fui, jamais me aceitei mentor nem mestre de quem quer que seja. Prefiro ser um amigo. Dar uma dica e deixar à vontade. Apontar um caminho, se solicitado, mas deixar explícito que existem outros, e quem sabe, um melhor. Opinar, sabendo e fazendo saber que a minha opinião é humana, mesmo que técnica; e por isso, passível de falha.
Quem é meu amigo pode ser amigo do meu inimigo. Quem me admira pode admirar a quem deprecio, a quem me faz concorrência e talvez ameace o meu destaque. Se alguém me tem em alta conta, não me aproveito para engaiolá-lo e ter seu canto só para mim, seja por admiração, temor de que um dia me supere, fique livre ou caia nas garras de outro dominador de notoriedades.
Não; não tenho... nunca tive mentor... tenho mente.

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BURRICE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando a genialidade congestiona o cérebro de quem não quer dividi-la com o coração, é que os gênios implodem... implodem de burrice.
A cabeça é arrogante, o coração é simples, e o ser humano precisa desse tempero para se preservar humano; pelo menos metade humano, se quiser vencer a si mesmo e conviver com o próximo. Se quiser ter próximo, não se distanciar do mundo e virar uma espécie solitária; espacial... espacial de tão especial... idiota e desgraçadamente especial.
É necessário ser simples para ser gênio... e gênio para ser simples, domar e administrar a genialidade. Não ser assim é burrice... é implodir.

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O AMOR COMO PRINCÍPIO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando quero ou não que a Júlia faça algo, jamais aponto para os efeitos futuros de sua possível desobediência. Ela sabe que se não me "obedecer" não levará uma surra, não será destratada, castigada nem deixará de ganhar o presente ou passeio prometido. Sabe apenas que ficarei decepcionado, não como forma ou estratégia de represália, mas naturalmente. Sabe ainda, que a desobediência de um filho é algo muito grave, não importa o que acontecerá ou não depois. Tive a graça de bem cedo conseguir fazê-la entender a dimensão negativa desse ato, às vezes me usando como exemplo negativo. De positivo, apenas o drama de consciência que os erros me causaram, quando fui meu próprio acusador.
Faz bem pouco tempo conversei demoradamente com minha filha, para me redimir do erro de lhe ter permitido, em nome do sossego, o que muitos chamam de uma pequena mentira. Tive a chance de lhe dizer que a mentira nem sempre tem "pernas curtas". Muitas vezes ela tem asas e ninguém as alcança nem descobre, de forma que o mentiroso fica impune para sempre. No entanto, mentir é grave. É traição. Não devemos fazê-lo, porque com isso, fazemos os outros sofrerem. Desrespeitamos o próximo. É em nome do próximo, das pessoas que amamos e outras que nos rodeiam, que não devemos mentir, ofender, bater, roubar, matar. Nada de "Deus tá vendo"; "a polícia pega"; "o castigo vem". Sei muito bem em que mundo nós vivemos, e a Júlia já começou a entender que muitos mentirosos se dão bem, dentro do contexto negativo e vulgar de se dar bem. Os políticos são um exemplo clássico dessa verdade. Ela já percebe, de alguma forma, que muitos seres humanos roubam, matam, prejudicam, não pagam o que devem, praticam toda sorte de abusos e seguem livres, impunes, fisicamente saudáveis e queridos na sociedade. Sendo assim, não é por causa do "troco" presente ou futuro que ela deve ser uma pessoa direita e honesta, e sim, porque isso é certo, porque o ser humano deve ser assim para que o mundo seja melhor. Para que a felicidade seja possível.
Sempre de forma simples e leve para seu entendimento, também digo a minha filha que ela deve ser solidária, fazer o bem, perdoar, pedir perdão, mas nunca pensando em recompensa. Já a fiz entender que nem sempre ou quase nunca os outros serão solidários com ela. Nem sempre ou quase nunca ela terá o reconhecimento pelo que fez, proporcionou ou deu. Muitas vezes perdoará e será de novo magoada, como tantas vezes pedirá sinceramente perdão e não terá. Mesmo assim, esses preceitos devem ser seguidos e observados, não levando em conta o que virá do outro lado. Nossa parte há de ser feita sem nenhuma cobrança da outra parte. Aprender a ser uma "boa pessoa" para que o mundo seja bom com ela, é aprender a ser hipócrita. Dar com a mão direita de forma que a esquerda veja. Fazer filantropia para que a sociedade admire. Promover a paz para, quem sabe, ganhar o Prêmio Nobel, e não porque entende que a paz é essencial para a humanidade.
Quero que a Júlia seja melhor do que eu. Bem melhor. Tenha virtudes que nunca tive, mas hoje tento ensinar enquanto aprendo. Não quero contar de novo com a sorte que me coroou, de ver a Nathalia, minha primogênita se tornar a grande pessoa que é, sem grandes méritos meus. Mesmo não contando com a experiência, os conhecimentos e as visões de mundo e vida que ora tenho, adquiridos com grande sofrimento. E boa parte desse grande sofrimento é outro item dispensável na vida de qualquer pessoa, se houver quem possa orientá-la sobre como amadurecer feliz. Amadurecer no pé. Ser pessoa íntegra não por medo, opressão, hipocrisia, interesse, troca ou egoísmo, e sim, por amor. Amor ao próximo e a si mesmo como extensão do próximo, tendo sempre a consciência como promotora de acusação dos erros.

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RENASCENÇA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando tudo pesava nos ombros cansados,
veio a luz emergente; a reflor no sertão;
de repente o passado se uniu aos passados,
revestiu minhas vistas de nova visão...

Era como nascer numa outra versão,
pra voar outra vez, montar sonhos alados,
mesmo assim ter os pés na firmeza do chão
e poder desatar os meus passos guardados...

Tanto não pra que o tempo me dissesse sim,
me salvasse do poço quando já bem fundo;
retirasse da alma os espinhos de abrolhos...

Quando a vida lhe deu de presente pra mim,
descobri a magia da vida e do mundo;
foi o fim do meu fim; renasci nos teus olhos...

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SAUDADE PERDIDA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Quando amei quem pensava que tu eras,
fui feliz pela minha ingenuidade;
tive a doce verdade sonhadora
que pertence aos romances naturais...
Ao amar uma farsa fiz meu mito;
uma história que sempre quis viver;
pude ser um amante legendário
na medida ideal da fantasia...
Pelas águas de minha ficção,
fui bem fundo e pesquei as emoções
que me deram razão de prosseguir...
A pessoa que amei em quem não és,
já não pousa na tua identidade;
não encontro saudade pra sentir...

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IRMÃOS; UMA SOCIEDADE FANTÁSTICA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Do que mais gosto quando estou entre meus irmãos, é a certeza de estar entre irmãos. Não há entre nós formalidade ou melindre; temor de nos magoarmos por palavra mal posta ou resposta negativa. Nenhuma ideia, por mais longínqua ou dispersa, da hierarquia de muitos clãs que têm os mais distintos conforme a idade, o grau de instrução, a condição econômica e outros itens. A qualquer instante, um dos nove pode gerar um mal entendido, fazer algo irresponsável na opinião dos outros e provocar uma confusão homérica; um bate boca daqueles. Porém, no dia seguinte não haverá mais mágoa; vítima nem algoz; inocente ou culpado. Distância; silêncio; cerimônia.
As nossas conversas nunca se tornam discursos de alguns, palestras ou aulas de outros, lições de sabedoria ou moral de um de nós. Cada qual tem seu jeito, e nem por isso elegemos protagonistas; antagonistas; coadjuvantes; pontas. Todos portam defeitos e qualidades devidamente assumidos, e nossa mãe nos ensinou a jamais classificar a família por méritos, porque mérito é volátil. Se hoje tenho a razão, no dia seguinte a perderei para outro. E se a família vira uma sociedade comum, gueto e nata mudarão de lado a todo instante, o que há de gerar conflitos profundos; guerras ideológicas sem trégua; preconceitos incorrigíveis.
Entre irmãos não há retórica. Regras parlamentares; reivindicações formais. Evocações de leis, direitos, deveres. Irmãos que se amam não são cidadãos entre si. São irmãos. E assim como volta e meia um se excede, quebra o ritmo, apronta poucas e boas e frustra todas as expectativas, tem até o que faz isso com mais frequência. Mas nesse meio não há fiscais. Apontadores. Árbitros nem juízes para julgar e dar veredito. Todos perdoam, mesmo com xingamentos, protestos e juras de que foi a última vez... mas a última vez é infinita, pois irmãos não têm parâmetros, vantagens ou desvantagens. Brio nem vergonha.
Falo apenas dos irmãos que se amam. Não daqueles que se aceitam nos limites da conformidade. Da organização hierárquica e burocrática. Da comunhão de ideias, ideais, visões de vida, sociedade ou credo. Nem dos que se gostam, respeitam e até se unem por acordos e obediências de ocasiões. Se amo tanto estar com os meus irmãos, é porque o nosso amor se reconhece maior do que todas essas besteiras que fazem da família uma vitrine vistosa, porém desnecessária, enganosa e frágil... e porque decidimos, depois de muitos baques da vida, ser exatamente uma família... não propriamente um clã.

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CORAÇÃO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Quando falo que te amo,
sempre é de coração...
nunca foi decoração.

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SONETO ANTIRROMÂNTICO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Quando quero esquecer nem lembro isto;
sendo assim, não preciso mais fazê-lo;
se me cabe gelar me torno gelo;
caso queiras, partir já tens meu visto...

Dar adeus não requer tamanho apelo;
é um corte que faz sangrar meu cisto;
depois passa, não vou posar de Cristo
nem querer estampar moeda e selo...

Desde agora só és quem aqui jaz;
nada parte minh´alma na partida;
teu aceno me ajusta e deixa em paz...

Tua ida bem-vinda estorna o quanto
esqueci ou deixei ficar pra trás,
e não quebra; rejunta o meu encanto...

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Quando nada mais será novo, o mundo será um paradoxo, ficando entre a cibernética ou algo mais moderno e o tacape.

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Pra não se sabe até quando
tardar a própria extinção,
tem muito hífen pensado
em se forjar travessão.

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Nunca chore por tudo nem na hora errada. Quando chorar, seja sempre lágrimas... nunca chore pitangas.

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Quando a polêmica se instala, só o líder sobressai.

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Sei muito bem quando a hipocrisia se oculta em gestos e discursos para me levar à degeneração do íntimo, comprar minha consciência, meu silêncio e cumplicidade. Aprendi a saber onde mora uma sacanagem polida e quando se põe a minha frente um canalha bem educado.

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Quando morre um ente querido, entre os que o ficam cada um tem seu tempo de chorar... Isso deve ser entendido e respeitado, e ninguém deve julgar a dor do outro, baseado na ausência de lágrimas visíveis... Até mesmo porque, além de cada um ter seu tempo, todos têm sua forma de sentir e manifestar, além de haver os que nem manifestam, devido à profundidade; ao caos de sua dor...

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ESTOU NO RECREIO

Sofrerei quando a dor se apresentar de fato,
quando a força do ato me atingir sem dó,
por enquanto só vivo e me deixo esvair
no que vem por aí, de surpresa e de susto...
Vou em busca do após e não quero saber
se o terei logo à frente pra fechar meu ciclo,
sei tragar o momento e tê-lo com fervor,
como aquele favor no qual finquei o dente...
Vou atento prá hora das provas finais,
farejando as matérias que chegam no vento
e me fazem querer sempre mais do que vejo...
Morrerei quando a morte não tiver mais freio,
mas estou no recreio, quero jogar bola
e chutá-la nas redes de minhas vivências...

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Termos nossas maiores frustrações sociais, quando acordamos da crença de que os ratos de câmaras, palácios e coretos são grandes homens e mulheres.

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ALEGRIA DE AMAR

Todo amor empobrece, não resiste,
quando sua função se torna fardo,
tem placar, promissória e dedo em riste;
armadilha; torpedo; bomba; dardo...

Esse laço está sobre papel pardo
e o presente, no fundo nem existe;
restam mágoas contadas por um bardo
ao passado, presença vaga e triste...

Quando a dúvida paira sobre o dom,
se nem tudo, igual antes, é tão bom,
certa via desgarra dessa regra...

Repensar é sensato, eis a lisura,
quase sempre a ferida não tem cura;
todo amor vale a pena enquanto alegra...

Inserida por demetriosena

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