Muda que quando a Gente Muda
Felicidade é sentir que dentro da gente está tudo arrumadinho, calmo, e que a alma sem nenhum motivo aparente cantarola canções de amor.
Às vezes sento a sua gente e com aquele sorriso bobo que você já conhece tão bem, me ponho a te admirar, como jóia preciosa, como uma poesia perfeita que o tempo não foi capaz de tocar.
Amor é algo tão grande que não cabe dentro da gente. Se expande, espalha-se, inunda tudo a sua volta, torna mágico tudo que toca. Por sua grandiosidade é impossível escondê-lo.
São tantos vícios nocivos que rondam a vida
da gente, que se torna difícil fugir deles.
Como mais uma entre tantas, escolhi um vício bom:
me viciei em você.
A gente conhece uma pessoa, não pela forma que ela começa um romance, mas pela forma como ela termina.
A gente se abraçou, se apertou forte, se encaixou como se um fosse a metade perdida do outro, em um tempo, que só os nossos corpos tinham memória.
No fundo, no fundo todos nós temos em um cantinho empoeirado da memória uma lembrança que a gente não quer que se apague.
Com o tempo a gente aprende que não é necessário diminuir ninguém para ser grande e nem se apequenar para fazer quem quer que seja maior.
É só mesmo com o tempo que a gente aprende que, às vezes, o que nos mata é o que nos faz voltar a viver.
Tem gente que é tão íntima da gente que não tem dia nem hora pra chegar: chega à noite, senta-se à mesa do jantar e compartilha conosco a solidão gratificante desse instante.
Tem gente que chega com o balanço vagaroso de uma rede e ali fica no vai e vem preguiçoso das nossas mais doces lembranças.
Tem gente que chega com o silêncio nostálgico de um pôr do sol e debruçada na janela do olhar nosso, mistura-se às cores do crepúsculo.
Tem gente que chega com o cheiro leve de jasmim que invade as noites de luar e nos conduz até os sonhos mais bonitos.
Tem gente que chega com o cheiro bom de maresia, com o som melodioso das brancas ondas quebrando mansas nos rochedos, com a coreografia das gaivotas beijando a espuma prateada do azul mar.
Tem gente que chega com as manhãs ensolaradas de domingo e divide conosco esse prazer dominical, o calor mágico desse instante.
Tem gente que chega com campasso ritimado da nossa música preferida, se mistura às suas notas, tira nosso coração pra dançar e com ele valsa pelo salão iluminado das memórias.
Tem gente que desde sempre a gente ama, e vai amar eternamente na saudade, não só dessa, mas de todas as nossas vidas, porque estão tão intrinsecamente em nós que não sabemos onde terminam e onde começa nós.
Os dias mais iluminados são aqueles em que o sol, apesar de tímido, primeiro nasce dentro da gente e devagarinho vai escapando pelas frestas do sorriso, até tornar-se um grande clarão.
Tempo
Com o tempo a gente aprende que as doçuras mais doces da vida estão ao alcance das nossas mãos e que não são sentidas só com a boca, mas com todos os sentidos, que basta esticar os braços e colhê-las ainda frescas no sorriso preguiçoso do sol, que se estende em ouro na imensidão do universo; no hálito perfumado das flores, despertando com o sopro do vento; no bocejar displicente do dia acordando as cores da aurora; no canto silencioso do tempo solfejado pela orquestra da vida.
Com o tempo a gente aprende que as flores mais exóticas e perfumadas que a humanidade já conheceu são as cultivadas no jardim do coração. Só então, começamos a abrir as janelas e portas que dão para o nosso interior e passamos a apreciá-las com um olhar mais apurado.
Com o tempo a gente aprende que as coisas mais preciosas que temos estão dentro da nossa própria casa. Só então, passamos a entender a diferença entre lar e casa. Descobrimos que lar é onde estão enraizados os sentimentos solidificadores da vida e que casa, ao contrário, de lar a gente encontra em qualquer lugar.
Com o tempo a gente aprende que a força que precisamos está na fé que cultivamos e que nunca é tarde demais para plantar um pezinho dela no fundo do quintal do coração.
Com o tempo a gente aprende que vida é passagem e não permanência e começamos a valorizar cada pequeno trecho desse caminho que por natureza é florido; começamos a abrir os olhos; a alargar a emoção; a comprimir as dores para que ocupem o menor espaço possível dentro da gente; passamos a expandir os sentidos e nos embriagar de aromas, cores e sabores até então desconhecidos.
Com o tempo a gente aprende que a serenidade não se veste de branco, se veste de leveza e que caminha com passos mansos bem aqui dentro da gente.
Com o tempo a gente aprende a fazer bom uso da força terapêutica do tempo, dos poderes medicinais do amor e da sabedoria milenar do silêncio.
Com o tempo a gente aprende que tempo não é só um conceito relativo, é um espaço dentro de nós mesmos, onde o próprio tempo se esconde do tempo.
Com o tempo a gente aprende que há determinadas coisas na vida que só se aprende mesmo é com o tempo.
A gente não percebe, mas o amor é feito de infinitos que vão se acumulando na memória, até tornar-se eternidade.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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