Morte e Melancolia
Eu li as suas palavras
E sei que você se esvaeceu
É estranho, pois não choro
E muito menos me doeu.
Nunca me veio à cabeça
Que você fosse encenar até esse ponto;
Que bela peça de drama!
Parabéns pelo seu esforço.
Você já sabia - há muito tempo
Que a gente iria perecer
Porque um homem precisa daquele amor
Para sobreviver.
Eu até teria ido à praça
Íamos terminar de qualquer jeito
Vamos… não vá me culpar
Ela chegou antes em minha casa
E pediu para - na cama - amar.
Eu devia pegar de volta
As rosas que havia te dado
Ou talvez pegar emprestado
As flores de seu túmulo lapidado?
Nunca tive sentimentos por você
Foi tudo um simples querer
Nem me importava com o que você sentia
Estava bom só por te ter.
Só me faltou humanidade
Para te falar tudo isso
Antes de você morrer…
Queimo sua carta agora
Tola garota…
Arrependimentos não irei ter.
►Nunca Mais
Não quero mais sentir essa dor
Essa dor doí de mais
Quero que alguém diga que ela vai passar
Uma lágrima caí a cada sopro
Sinto que estou me tornando um encosto.
Não quero mais sentir
Quero deixar de existir
Perdi a conta das vezes que me feri
Não quero mais viver aqui
Que as chamas me consumam e me destruam
Minha lágrimas ardem meus olhos
Essa dor não quer ir embora.
Meu sangue está envenenado
Meus lábios perderam aquele tom avermelhado
Minhas pupilas se dilataram
E, minha pele está morta como um fantasma
Minhas mãos está fracas,
A visão tornou-se embaçada
Como se fosse um lembrete,
Me lembrando que estou chegando no fim da estrada.
Nunca pensei que poderia morrer sozinho
Que alegria, ninguém me verá assim
Sempre fui só, morrer assim é bem melhor,
O fogo transformará meus ossos em pó
Matei todas as lembranças de falsas esperanças,
Falsos amores, falsas amizades, que murcharam flores
Me alegro em morrer em paz,
Sem estar rodeado de abutres só esperando para me comer.
Mais dia menos dia, somos surpreendidos pela impotência de sermos quem somos.
Acordamos do sonho de ter uma vida duradoura, estável.
Batemos de frente com o muro da realidade, e o muro desmorona.
Não queremos ser espectadores de violência, nem muito menos coadjuvantes ou protagonistas, mas infelizmente fazemos parte das estatísticas.
Há momentos assim que são de muitas perguntas e nenhuma resposta.
Somos reféns da liberdade alheia, do livre arbítrio criminoso, onde quem escolhe ser protagonista da violência, transforma em vítima quem não pagou o ingresso para participar da barbárie.
Chama de consolo
Sentei-me à beira da cama
Um cigarro em meus lábios
O frio retraindo meus vasos
A me aquecer só o fumo e sua chama.
E como um grito no vazio, suplico
Universo, querido, por que comigo?
Bem sabes que sou fraco
Sabes que não tenho abrigo
E que deste mundo amargo, infelizmente sou mero inquilino
Por que entregas a mim este amor inimigo?
Dentre tantos pensamentos onde poderia estar
Vejo tornar-se inferno o que um dia me foi riso
Agora colmado de conformidade
Meu destino não resume-se a um altar
Se meu calor interno já não basta
Se sinto a vida deixando-me ir
Se o que acrescenta também maltrata
Ainda assim não consigo deixar partir.
Thaylla Ferreira (Sou nós)
Desabrochar da vida
Envelhecer também é uma forma de fazer poesia;
Envelhecer é a descobrir o mundo que nos rodeia;
Envelhecer é conhecer a nós mesmos de forma completa;
Envelhecer é aprender a amar verdadeiramente pois o tempo de meios amores já se foram;
Envelhecer é conhecer a dor da perda por isso valoriza cada pessoa ao teu lado;
Envelhecer é conhecer o valor do tempo, por isso aproveita todos os instantes de forma intensa;
Envelhecer é simplesmente a poesia da vida.
IDA DESISTIDA
Em um domingo, quase fomos.
Choveu.
Ida desistida
em vários outros domingos.
Não fomos.
Fomos desistindo, desistindo...
Agora não há mais
Domingos"
Registro de um momento de tristeza...
Esse texto "brotou" dia 06 de abril. Estava me lembrando de um dia que estavámos eu e minha ame indo para a Igreja do bomfim e ela desistiu, com medo da chuva.
Quinze dias depois, ela faleceu.
Comece a rezar.
Bem aventurados sejam aqueles que te ignoram
Amaldiçoados sejam aqueles que por ti choram.
E se do pó viestes, ao pó não voltará
Tua imoralidade, toda bondade ceifará.
Quero que morras triste e solitário
Sentindo dor e frio
Quero que você sofra um inferno agonizante
Até a decomposição de tua carne.
Quero ver-te sozinho, chorando,
No vazio, e por piedade implorando.
E no velório de tu'alma, assistirei a esta matança,
A supremacia da divindade, aqui não alcança
Teu sangue petrificará.
Pois tenho em minhas mãos o poder,
Agora é ver pra crer
Crer que nada acabou,
Que teu sofrimento continuou, e por longas datas há de continuar.
Meu consolo é saber que não há nada que possa te consolar.
Quando os cavaleiros subirem o monte,
A pedra mais alta irá cair,
E eu estarei a aplaudir,
Será teu coração a desmoronar
O coração que achei que tu não tivesse,
Mas deus há de atender minha prece,
Terei poder tão logo e não distante.
O inferno, à terra vai subir,
Iremos nos encontrar.
Como fogo e água,
Mar e luar,
Pontos opostos da velha diretriz.
Sou a lua sobre a escuridão,
Sou fogo, clarão,
E tu, apenas algo a sucumbir.
Prometo ser piedosa!
Doses longe do brutal.
O perdão é para poucos,
Para os loucos,
E para alguns moribundos como ti.
Fui pouco,
Hoje sou muito,
Tanto que nem me caibo
Por isso me guardo em mim,
Aprendi contigo, é certo dizer
Não sei mais sentir
Sou vazia de mim, pelo vazio de você.
Em meio a meus 12 "eus",
O mais amado foi me trair.
O que fazer?
O que sentir?
Deixar doer ou ver partir?
Continuo a ouvir o doce som da podridão de teu corpo,
De teus ossos se preparando para uma iminente implosão,
Da ruína que está se tornando teu coração.
Adentrando uma terra deserta,
Colmada de vingança e ódio sem perdão.
Mas o alívio final será meu,
E enquanto paga teus pecados, o inferno será teu.
O mesmo inferno que me prometeu, cômico, não?!
Não tens amigos,
Não tens família,
O lado bom da armadilha é que tu próprio se prendeu,
Perdeu-se em meio aos detalhes.
E por minha pura tirania, admito, doeu um pouco
Mas por fim, não sou eu quem está a ficar louco.
Não sou eu quem está sem pão,
Sem amor ou perdão
Não sou eu quem está abandonado,
E pela simbólica escuridão,
entrego-te esse recado:
Pense em teu pecado.
Não tente manter-me perto,
Fiquei melhor com tua pior escolha
E agora viva nesta bolha
Como um mero condenado.
O mal está em tudo,
Infiltrado nas melhores relações,
Nas piores proposições,
E até no maior amor do mundo.
Lava esse rosto,
Mostre-me o que tanto tentou esconder,
Há tanta lágrima espalhada
Chega a dar desgosto.
Acordou de cara marcada,
A noite deve ter sido mal encarada.
A bebida vai virar sangue,
Hoje teu anjo da guarda desde de gangue,
A escuridão tomou conta
A tentação venceu-te de ponta a ponta.
Teu sorriso agora ausente comprova,
Vamos para a santa inquisição,
Perguntas feitas e não respondidas,
Vidas interrompidas,
Malditas,
Sem perdão...
Como a tua traição.
Thaylla Ferreira Cavalcante (relicário de vocábulos vazios.)
►Faça Dela Teu Anjo
Eu te amo de mais, meu amor, não solte minha mão
Por favor, não siga a luz, não solte minha mão
Fica comigo, vamos superar tudo isso, não solte minha mão
Prometemos descobrir juntos o mundo, não me deixe na depressão.
Meu Deus, por que deixas minha amada sofrer?
Diga o motivo para ela merecer
Ela já não possui forças para me abraçar,
Como se ela passasse a morar em cima da cama
Ela já não mais anda,
E com dificuldades ela suspira que me ama
Meu Deus, ela está frágil como as pétalas de uma linda rosa
Com lágrimas descendo sua pele clara, eu me desmonto
Eu lhe imploro, não a tire da minha vida, senhor
Foi ela quem fez de mim quem eu sou
Sem ela, eu não irei viver como este sonhador.
A respiração tornou-se uma preciosidade
E em seus lábios, hoje só saem dores
Ela já não mais enxerga as lindas cores da cidade
Eu fico de manhã até a noite ao lado dela,
Mas, por dentro eu derramo em tristeza, por saber que vou perdê-la
Senhor, faça dela o teu anjo,
Pois ela não sabe mais em que ano estamos
Senhor, cesse o sangue que surge regularmente em suas vestes
O lindo vestido que lhe presenteie, hoje vermelho se parece
Senhor, se for tira-la de mim, tire
Mas não deixe que ela continue a sofrer, escute minhas preces.
Me lembro quando a escrevia poesias,
Ela me pedia para escrever para ela a cada dia
Hoje eu me sentei ao lado da cama, e recitei
Chorei quando reparei que seus lábios estavam avermelhados,
E seus olhos me falaram quanto tempo eles haviam chorados
Meus sentimentos permaneceram os mesmos,
Amo-a como amava nos velhos tempos
Mas, mesmo que me machuque dizer,
Quero que ela não sinta mais esse sofrimento,
Pois eu mesmo estou sofrendo
Salve-a, passe pela janela e a leve para o paraíso,
Pois minha vida acabou no momento que ela disse que sempre me amou
Essa foi a frase de despedida
Oh meu Deus, minha vida era ela, minha querida Cinderela,
Flor mais bela, que hoje a pele gela,
Avisando-me que o fim a espera.
És tão linda quando consegues descansar,
E eu fico a imaginar se ela reaprendeu a sonhar
Faz tanto tempo que estou acordado,
Que meus pés já adormeceram, mas eu estou com ciúmes
Pois Deus levará de mim a luz,
E eu ficarei no escuro.
Oh meu Deus, nós tínhamos planejado o nosso futuro
Eu cochilei, amor, sinto muito,
Você se foi enquanto sonhava
O que estava pensando quando fora levada?
Quando você se foi, meu amor, o tempo parou,
Hoje nos céus, Deus guarda minha amada.
Dor
Caos
Escuridão...
Seria esse o prefácio do fim?
Loucura
Devaneio
Pesadelos...
Existiria um purgatório antes de lançar-me ao vácuo?
Preocupações
Amores
Dessabores...
Monstros me perseguem enquanto durmo e quando acordo, torço para que apareçam e me sinta viva.
Sinto mãos me tocarem a noite... Mãos inexistentes. Sei que precisarei me decidir uma hora, mas falta-me algo.
Não me atormentam enquanto estou acordada e isso me mata aos poucos. Por que esse silêncio ronda-me como nunca?
Teriam eles cumprido seu propósito e agora só esperam minha decisão?
Mãos quentes apertam-me o peito e estrangulam-me aos poucos me deixando agonizar esperando ansiosamente algo que não sei o que é
Segue-me a todo o momento
Sinto feridas se abrirem e nem sei como elas vieram, apenas sinto brotarem de mim e se derramarem pelo meu ser... Feridas visíveis e invisíveis
O silêncio cresce
Os amores desaparecem
As feridas aumentam
Tudo parece escorrer entre meus dedos.
Luzes de um farol alto que ofuscam a visão.
São como gotas de orvalho expostas ao sol.
Minhas viagens são sempre voltas à infância, aos lugares onde vivi um dia. Uma procura, pai, mãe, avós, tios, amigos mortos. Volto atrás e procuro no verde, na luz, no céu. Em vão. O que perdi não terei mais, porém, mesmo assim volto sempre. A esperança de que algum dia encontrarei aquilo que procuro incansavelmente. Quem sabe na morte, única paisagem que por enquanto me é vedada.
►Beijos Fantasmas
Junto a minha tia eu fui a capela, por que ela queria
Talvez fora o destino, mas de longe vi uma menina
Linda, a pele branca como as nuvens do dia
Estava distante, estava sozinha
Eu fiquei fascinado pela sua beleza
Deixei minha companhia e parti,
Ao encontro da pequena sereia
Ela me disse que morava nas redondezas
Perguntei se não tinha medo do cemitério,
Ela respondeu dizendo que era bobeira,
Muitos de seus parentes descansavam lá
Quando percebi, o tempo havia passado,
Eu acabei por ficar enfeitiçado pelo seu charme
Minha tia já estava terminando,
E por aquela garota eu estava me apaixonando
Ao término, perguntei se poderia vê-la novamente
Eu conhecia aquela rua, e em concordar, fui embora contente.
No dia seguinte, lá estava ela, no mesmo lugar
Comecei a pensar que ela talvez gostasse mesmo de rezar
Eu não iria critica-la, cada vez mais eu estava a me maravilhar
Conversávamos sobre tudo, sobre as flores, sobre o mundo
Me lembro que ela me perguntou uma vez,
Se eu sabia quantos túmulos havia depois do muro
Eu não fazia ideia, ainda disse que sentia muito.
Nossos encontros se tornaram diários
Meus professores da escola se espantavam,
Com a rapidez que eu entregava os trabalhos
Apenas para subir aquela rua de pedra,
E me encontrar com a linda donzela.
Depois de algum tempo, sobre o olhar da Lua,
Nossos lábios finalmente se encontraram
Me senti como se pudesse iluminar aquela noite escura
Eu a segurava em meus braços,
Sentia toda a sua ternura,
E tentava aquecê-la, pois era fria a sua pele
Os beijos seguintes foram leves, mas nada breves
E estavam carregados com sentimentos esbeltos
Eu queria que aquele momento fosse eterno,
Mas para sempre ele estará vivo, escrito neste caderno.
Ao nascer do dia seguinte, não a vi
A capela ainda permanecia, mas ela não estava mais ali
Eu voltei nos dias futuros,
Meu coração começará a ficar inseguro, sentia sua falta,
E eu sempre chorava quando voltava para casa
Eu sentia uma grande saudade
Ela havia criado em mim uma fragilidade.
Alguns meses depois fui, junto a minha tia, ao cemitério
Era o aniversário de minha vó
Eu estava um pouco imerso, com pensamentos no deserto
Enquanto nos retirávamos, eu notei, lá de longe,
Um senhor de idade, ajoelhado, diante de um túmulo belo
Ao nos aproximar,
Indaguei aos meus olhos se eles estavam cegos
Não aguentei e simplesmente despenquei
Aquela a quem me beijará, jaz a mais de uma década naquele túmulo
O meu amor fora ou não real? Eu ainda era puro?
O tempo me obrigou a superar
Às vezes eu acordava e me lembrava
E com ela eu sonhava, nunca consegui acreditar
Até que a velhice veio me falar,
Que meu tempo haveria de chegar.
Me apaixonei por outra pessoa,
E junto a ela, tive uma vida duradoura
Nossos filhos deram, aos filhos, os nossos nomes
Eu sempre amei minha esposa,
Mas nunca quis esquecer daquela minha juventude,
Da garota especial, de quando estávamos juntos
Nunca se foi da lembrança seu beijo, apesar de tudo
Sessenta anos se apoiaram em meus ombros
E, lá no fundo, continuei amando ela, talvez esperando,
O dia em que eu fosse encontra-la, assim como antes.
Eu voltei a ser aquele mesmo rapaz,
Quando Deus finalmente me deu a eterna paz,
Fui descansar no fim da rua de pedras
Quando abri meus olhos, eu vi ela
Permanecia a mesma, e eu perdi uns setenta anos
Éramos novamente dois jovens se abraçando.
Ela esticou sua mão para mim, e partimos
Pelas ruas caminhávamos sorrindo
Me despedi pela última vez de minha esposa e filhos,
E subi, em direção aos céus, com aquela mesma garota,
Que conheci na capela, e que hoje comigo voa.
Um ano depois
Sentimentos sombrios
Transpassados de um humor sórdido
Lembanças embebedadas no mais elevado teor alcoólico
E o cheiro a contrastar com estes meus lençóis frios
Aqui da janela, tudo parece uma pintura
Verniz escorrendo no acabamento mal feito
Feio como o conhecido pacto desfeito
Bem-vindo à famosa ausência de compostura
O sangue escorre por meu braço
Lágrimas orvalham meu rosto
No espelho só me vem desgosto
O importante é que rompi o laço.
Cortei as linhas que nos ligavam
Sequei todo sentimento
E por um feliz momento
Desejei poder não dar ouvidos a tudo que falavam.
Por vezes precisei me entorpecer para não sentir
Do meu cigarro favorito foram sete maços
Nas paredes do meu quarto vários traços
A lua me mostrava ser melhor deixar partir.
Thaylla Ferreira Cavalcante
"Não sinto nada a muito tempo.
Me sinto fria. Incerta. Incapaz.
Quanto tempo se passou?
Arranco partes de mim,
Pouco a Pouco.
Mas não sinto mais nada.
Há um buraco em meu peito,
Não sei de onde ele veio.
Nem do que ele é feito.
Mas ele me impede de ter forças.
Meus medos agarram minhas pernas,
Será que terei forças?
Mas quanto tempo se passou?
Será que vou ficar bem?
... Não... talvez seja a hora de partir.
Agora eu sei,
Quase 20 anos se passaram...
Mas, e se eu não tiver outra vida?
Será que eu vive o suficiente?
Não que isso importe,
Não quero voltar...
Nunca mais...
..."
Dor substitui amor
Você nem ao menos disse adeus
Apenas deixou uma carta,
Sangue e um frasco de remédios
Eu sei que a vida não fazia sentido
Que a vida não importava
Mas eu estava aqui ao seu lado
Isso não importava?
Agora só tenho lágrimas
Lágrimas neste dia de preto
Soluços e choros e me mantenho quieto
Sempre foi assim
Você trocava nosso amor
Por coisas como lâminas
Drogas e dor, muita dor
A dor que você não sente mais
Mas sou eu que sinto agora
Desde o dia em que você ficou assim
Só dor substitui o amor
Agora estou sozinho
Sem você ao meu lado
Alguém que me completava
Alguém que eu amava
Agora só tenho lembranças
De cada lindo sorriso seu
Que tropeçava ao sair do seu rosto
Quando eu fazia algo bobo
De seus olhos negros
Tão negros quanto o céu
Mas que, ao fundo, existia um brilho...
Irradiante como a lua
Nada disso existe mais
Seus lábios que tinham um sorriso
Agora são gélidos
Como o seu corpo em meus braços
Chorei
Chorei, confesso, chorei em várias ocasiões,
Chorei de tristezas e de alegrias,
Chorei por bobeiras e por fantasias,
Chorei por falsas convicções.
Mas homem não chora!
Chora sim, e como chora.
Chora por um filho, chora de dor,
Até chora por amor.
Chorei de saudades,
Chorei por mentiras,
Chorei por verdades,
Chorei por birras.
Chorei pela vida e pela morte,
Chorei pelo azar e pela sorte,
Chorei por mim e por ti,
E como sofri.
Deitei chorando,
E chorei até dormir,
Mas pela manhã,
A alegria eu pude sentir,
Chorei amando,
E amando, fiquei esperando.
E a esperança não é vã,
É um sentimento perene.
Estou te esperando...
Autor: Agnaldo Borges
31/05/2017 – 18:56
Quando a gente perde alguém, acontece aquele choque de realidade, conclusivo: somos temporários por aqui! Lidar com a morte nunca é fácil, porém é um bom momento de reflexão.
O quanto eu tenho amado?
Quantos sorrisos dou por dia?
Beijei e abracei o suficiente?
Vivo com paixão, fazendo valer a pena?
Ironicamente, a morte nos faz refletir sobre a vida... o truque mais doloroso do destino. Enfim... Que a reflexão nos fortaleça para os dias que virão, que a tristeza não sobreponha a saudade!
Eu xoro porque ?!
Porque tu me utilizaste brincaste com o meu coração...
E que mal tem ?
Tem que doeu e doi e continuara a doer a culpa é tua mas nao sabes assumir ....
Tambem já me dá igual por vezes só desejava não ter nascido nuncaa...
