Morte da Irma

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Minha cunhada e irmã:
Deus escolheu a dedo a que família irias pertencer.
Só não sei o porquê, mas com sua enorme sabedoria
lhe trouxe para o nosso convívio. Que bom! Pois a escolha de Deus foi um presente maravilhoso.
Agradeço a Deus pela pessoa maravilhosa que és.
Que Deus abençõe a sua vida gradiosamente e ricamente, que todos os seus desejos e sonhos sejam realizados mediante a vontade Dele.
Que você seja sempre essa pessoa especial e que seja mais uma rosa no jardim de nossa família. Beijos em seu coração, seja feliz e sucesso.

XVII


Amor
Amores
Existem vários tipos de amores
Amor de mãe
Amor de pai
Amor de irmão
Amor de amigo
Enfim,
Infinitos amores
Mas nenhum desses se compara
Com o amor que sinto por você
Pois, esse amor consegue envolver
Todos esses outros amores.
És minha mãe quando precisa brigar
És meu pai quando precisa me aconselhar
És meu irmão quando preciso brincar
És meu amigo quando preciso conversar.
Então és e será Meu amor
Até quando nossa felicidade depender
Em parte desse amor
Amo você.

Você a faz parecer uma irmã leal.

Quando vejo alguém chamando Deus de Pai e Jesus de Salvador, estou vendo um irmão ou irmã - Seja qual for o nome de sua igreja ou de sua denominação.

Quem sou eu
Sou simplesmente mulher, filha de Deus, da sabedoria e do amor, irmã da lealdade, amiga da fidelidade e do companheirismo. Sou simplesmente uma protagonista de minha caminhada nesta vida. Venham comigo, vamos trocando nossas experiências e, com isso, aprendendo a viver melhor a nossa vida. Levando felicidade a todos que cruzamos nessa estrada, ajudando a construir sonhos.

O que chamo de morte me atrai tanto que só posso chamar de valoroso o modo como, por solidariedade com os outros, eu ainda me agarro ao que chamo de vida. Seria profundamente amoral não esperar, como os outros esperam, pela hora, seria esperteza demais a minha de avançar no tempo, e imperdoável ser mais sabida do que os outros. Por isso, apesar da intensa curiosidade, espero.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Espera impaciente.

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Peste, fome e guerra, morte e amor, a vida de Tereza Batista é uma história de cordel.

Jorge Amado
Tereza Batista, cansada de guerra

Prefiro um amor lento no início para ensaiar a velhice do que um amor rápido para treinar sua morte.

Se a morte deve levar-me, então que seja com toda força, numa curva, porque vejo me mal acabar a minha vida numa cadeira de rodas.

É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte.

Caetano Veloso

Nota: Trecho da música "Divino Maravilhoso", composta por Caetano Veloso e Gilberto Gil

O homem, carnívoro, também é coveiro. A nossa existência é feita de morte. Tal é a lei terrífica. Somos sepulcro.

Os homens receiam a morte pela mesma razão por que as crianças têm medo das trevas: porque não sabem do que se trata.

Francis Bacon
BACON, F., Essays, 1625

Para onde quer que me volte,
Só vejo a imagem da morte.

Tanto faz a vida como a morte
O pior de tudo eu já passei...

Fora de Jesus Cristo não sabemos o que é nossa vida, nem nossa morte, nem Deus, nem nós mesmos.

"- A morte é cruel. Digladia com intelectuais e os torna meninos. Debate com ateus e os transforma em tímidas crianças. Guerreia contra generais e os torna frágeis combatentes. Batalha com milionários e os sepulta na lama da miserabilidade. Duela contra celebridades e as faz beijar a lona da insignificância. A vida sempre nos dá outras oportunidades, a morte nunca."

Morte do Leiteiro

Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.

Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro,
morados na Rua Namur,
empregado no entreposto,
com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma apenas mercadoria.

E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.

Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.

Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.

Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.

Da garrafa estilhaçada,
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei.
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.

Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações.

Carta sobre a Felicidade (a Meneceu)

Mesmo para os descrentes há a pergunta duvidosa: e depois da morte? Mesmo para os descrentes há o instante de desespero: que Deus me ajude. Neste mesmo instante estou pedindo que Deus me ajude. Estou precisando. Precisando mais do que a força humana. E estou precisando de minha própria força. Sou forte mas também destrutiva. Autodestrutiva. E quem é autodestrutivo também destrói os outros. Estou ferindo muita gente. E Deus tem que vir a mim, já que eu não tenho ido a Ele. Venha, Deus, venha. Mesmo que eu não mereça, venha. Ou talvez os que menos merecem precisem mais. Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. Se tanto amor dentro de mim recebi e continuo inquieta e infeliz, é porque preciso que Deus venha. Venha antes que seja tarde demais.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Crônica Deus.

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Vivo era uma peste morrendo serei tua morte.