Morte

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Morte.

Não lhe peço que silenciem a sua dor, mas que silenciem o desespero.
Não espero que estanquem suas lagrimas, mais estanquem os altos níveis de angustia. A saudade nunca é resolvida, mais o desespero deve ser aquietado, pois não honra quem partiu.

Augusto Cury
O vendedor de Sonhos...
Alexandra Jardim

Nada pode acontecer que seja mais belo do que a morte.

A morte seria uma libertação bem-vinda destas alegrias terrenas que conheci.

Ó morte, por que não és negada aos vis, / por que não és prémio apenas para os fortes?

A morte destrói um homem: a ideia da morte salva-o.

Numa epidemia a morte é desvalorizada. Porque se não desvaloriza no nosso quotidiano, que é como se houvesse também uma epidemia, embora ao retardador?

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Toda a gente forceja por criar uma atmosfera que a arranque à vida e à morte. O sonho e a dor revestem-se de pedra, a vida consciente é grotesca, a outra está assolapada. Remoem hoje, amanhã, sempre, as mesmas palavras vulgares, para não pronunciarem as palavras definitivas. E, como a existência é monótona, o tempo chega para tudo, o tempo dura séculos.

A morte é o final a que chegam todos os homens e que não se pode evitar com a precaução de ficar fechado em casa. O homem de coragem deve entrar nas empresas com uma confiança generosa e opor a todas as desgraças que o céu lhe envia uma coragem invencível.

Irmãos, a um mesmo tempo, Amor e Morte, / criarei a sorte. / Coisas assim tão belas / no resto do mundo não há, não há nem nas estrelas.

São incalculáveis os benefícios que provêm da noção de incerteza do dia e ano da nossa morte: esta incerteza corresponde a uma espécie de eternidade.

Se os homens conduzissem sempre a morte ao seu lado, não serviriam de maneira tão vil.

Chegar à morte sem ter pensado sobre o destino humano é morrer como um cão.

Cada civilização é obcecada, visível ou invisivelmente, pelo que pensa sobre a morte.

Vir a morte e levar-nos. E não fazermos falta a ninguém. Nem a nós. Que outra vida mais perfeita?.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, 1992

A morte que desordena muitas coisas, coordena muitas outras.

O silêncio não existe; viver é mantermo-nos no centro de um fluxo que só a morte interromperá.

A morte é fim e princípio da vida.

Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio.

A morte nunca se aprende, mas pode-se saber-se de cor. As guerras sabem-no. E as epidemias. E um simples agente funerário.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

A morte / conta-se / vivendo.