Morre Passaro

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O homem morre tantas vezes quantas vezes perde os seus.

O amor morre mais de indigestão que de fome.

Grito se agiganta,
embrutece, se enfurece,
morre na garganta...

Um grande homem é aquele que morre duas vezes. Primeiro, como homem; e depois, como grande homem.

Morre jovem quem é estimado pelo céu.

O livro é igual ao samba: pode até agonizar, mas não morre.

Geraldo Carneiro

Nota: Trecho de uma entrevista feita em março de 2009, ao Toada.

Gênio: aquele que vive de nada e não morre.

Apenas há princípios imortais, visto que, no dia em que um princípio morre, apercebemo-nos de que se tratava simplesmente dum paradoxo.

o sol faz o que deve
nasce no Japão
morre em Porto Alegre

Quero captar o meu é. E canto aleluia para o ar assim como faz o pássaro. E meu canto é de ninguém. Mas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Deixe escapar um pássaro que não tem ninho
e com certeza ele não irá voltar.
Mas se queres que ele volte sempre,
primeiro trata de aninhar ele contigo.

Via de regra, cada um de nós morre uma única e escassa vez. Só o ator e reincidente. O ator ou a atriz pode morrer todas as noites e duas vezes aos sábados e domingos.

Morre de amor quem é capaz.

Tenho ciúmes de tudo em que a beleza não morre.

"Aquele que se expõe a perigos desnecessários morre vítima do demônio."

E morre-se, sem ao menos uma explicação. E o pior – vive-se, sem ao menos uma explicação.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Dies irae.

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Mas o homem que enxerga dois séculos na frente de seu tempo morre na forca...

Amor que Morre

O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta.
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer
E são precisos sonhos pra partir.

Eu bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
Doutro amor impossível que há de vir!

Morre jovem o que os deuses amam, é um preceito da sabedoria antiga.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade...

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar".