Morre Lentamente Marta Medeiros
A satisfação que eu tenho com as palavras não é a mesma que tenho com os sinais, os sinais me libertam, as palavras me aprisionam. O estranho em mim é sempre um desafio.
A minha MPB faz minha alma dançar, faz meu coração relaxar, entender que esse ritmo e esse batuque em forma de poesia trazem uma sensação de nostalgia. Quero seu balance nas eternas conjuras flutuantes da minha mente.
Bem que esse mar de alegria poderia ser eterno, que esse charmoso domingo gelado confortável ao abraço possa se repetir, pelo menos em sonhos.
Já me senti culpado por existir e ser quem eu sou. Quem não? Transformei minhas nostalgias em refúgios. Já senti culpado por não existir e ser quem não sou, hoje vivo. Um ambulante de ideias.
Gostaria de ver os movimentos mais preciosos em câmera lenta, quem sabe assim os momentos agradáveis demorariam mais para passar. Gostaria de conhecer os segredos contidos no olhar de quem deixa a lagrima rolar. Gostaria de entender cada palavra contida neste vasto oceano de léxicos. Gostaria de entender a mente humana sobrecarregada de terrores em meio a disfarce. Às vezes gostaria de conhecer a ignorância, sinto que ela é amiga da felicidade.
A minha vida é uma filosofia desgovernada e descabelada sem explicação, escrever uma redundância de coisas que não flui como gostaria, minha mente se prostitui entre as cortinas de vocabulários insignificantes que querem brotar e se encaixar em algo. Não, não posso permitir que seja exposto um circulo que é apenas meu, mas meus sentimentos são vadios, dois em mim. Assim, sem fim.
E esse sabor chamado amor? Quem poderia defini-lo, traduzi-lo? Continuaremos com asas para voar, e com certeza é esse estranho sentimento que nos fará continuar.
Rasgando as entranhas da alma não existente, tentando mostrar ao mundo os motivos por ser assim, tão sonhador. Lutar para transformar a utopia em realidade. Imaginar um mundo de respeitos mútuos e igualdade. Que o valor não seja medido pela riqueza ou linguagem, e sim pelo o amor e a verdade. Mesmo estando em calabouços sombrios posso enxergar luzes capazes de iluminar um universo de escuridão. Pena que a luz não seja suficiente para clarear a mente humana. Todo sonho é preto e branco. Nos que damos as cores.
Quando acho que poderia estar aprendendo quem eu sou, começo a perceber que a única coisa que consigo descobrir é quem eu não sou. Expor, falar, gritar, chorar, amar, odiar, alegrar, dançar, viver, vegetar.. Ego inflamado? Onipotente porem negativo? Mascaras? Ou apenas um ser que ainda não conheço, ou quem sabe... Cuido dele desde quando nasci. Tenho amor e medo por quem sou.
Em que parte do mundo você esta? Em que pensamento você se encontra? Quanto de você, você consegue ser? Qual desejo você esconde? Qual palavra você guarda? Qual atitude você espera? Quem você quer ser? Qual a dúvida não respondida, a palavra perdida a paixão interrompida? Quando nos olhamos no espelho sentimos escárnio, e às vezes maravilhas, temos tantas faces e fazes que não conseguimos nem responder. Quem somos? Apenas respondemos quem gostaríamos de ser.
Até porque o bom é curtir cada segundo da sua vida como se fosse o último, não se reprimir, desejar e realizar. Não ter medo de quem você é. Abrir os braços e voar ao encontro daquilo que você quer.
Encontro uma palavra, não entendo seu significado, procuro, entendo, com minha boca pronuncio, com meus dedos soletro-a, ela se torna integrante de meu vocabulário, quero tatuar ela em meus discursos. Ela some, não percebo, a paixão de sua expressão continua viva em meu inconsciente, mas não a visualizo, não a pronuncio, não a sinalizo.. nos perdermos.. Quero a de volta, mas ela se torna invisível ao meu pobre conhecimento refutável. Quando menos espero em tantas leituras, encontro-a, meu imaginário sorri, sinto o despertar, como é bom te encontrar. Esdrúxula.
Meus livros são órgãos vitais, minha música tem a coreografia que só meu cérebro sabe fazer, minhas mãos contém uma língua que dança em meio a movimentos, meus desejos me mostram que sou humano, meus pares minha singularidade, meu amor minha dádiva. Orgias de pensamentos cretinos.
Não, não existe nada melhor que o simples fato de rir, relembrar, gargalhar, falar bobeiras, discutir futilidades. Estes momentos que lembram o quanto a vida é bela independente de quem somos, um sorriso verdadeiro é uma peça do infinito quebra-cabeça chamado FELICIDADE.
Felicidade para mim nada mais é do que um estado efêmero de plenitude, a satisfação momentânea baseada via das vezes por causas supérfluas; mais do que isso, uma palavra para preencher nosso anseio.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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