Moradores de Rua
Um convite,
A no universo dançar,
Tendo nossa música eu topo.
Desnudos pelos astros,
A saudar,
Juntinhos sorrindo uma foto.
Te pedi que ninguém mais viesse,
Mas a lua atrás de nós,
Roubou cena na nossa selfie.
Boa parte de mim é você, e por um bom tempo tentei apagar essa parte de mim, para não mais te lembrar, contudo, essa parte que é você sou eu, e eu gosto de mim assim.
No meio de tantas diferenças, existe uma igualdade penetrante, aquele músico, aquele escritor, aquela frase, aquele filme, aquela melodia, coisas que você me mostrou e eu amei, e que e hoje fazem parte de mim tanto quanto de você, talvez seja até mais pulsante em mim do que em você, porque seu encanto é passageiro e o meu é motorista.
Vou sempre te encontrar no meio de um livro, de uma canção, de fotos velhas, seu nome vou ouvir e mesmo que não seja você vou te lembrar, seu perfume sempre vai encontrar meu olfato mais distraído, e seus olhos brilhantes vou encontrar toda vez que fechar os olhos.
Dias virão, meses passarão, anos enterrarão e eu guardarei seu sorriso distraído numa das minhas gavetas, inda que a memória te leve daqui, vou sempre saber que um dia caminhei tua estrada.
No meio do caminho tinha um espinho
A infância lembrança com carinho dos tempos de criança;
Jovenzinho querendo aprender tudo ao seu redor;
Esperto por natureza, desperta logo o interesse pela vida;
Então caminhando se foi sua mocidade logo chegaria a maior idade;
Enfim vivendo e sempre aprendendo, conhecendo e vivendo;
Chega a maior idade os sonhos de criança ficam de lado agora cresceu o pequenino;
Porém os sonhos de infância continuam andando lado a lado;
O tempo passa rápido demais hoje já sou adulto e vivo tranqüilo, sempre sonhando;
Vida vivida com muito amor, determinação e carinho;
Muitas batalhas é verdade mas sempre caminhando com pernas e mãos fortes;
Novas idéias, novos rumos chegam à porta, sonhos realizados, outros deixados de lado;
O tempo corre depressa, muito depressa;
Os cabelos brancos começam a aparecer mas o desejo e a força continuam lado a lado;
O tempo passa rápido é pura verdade;
Mas cada dia é sempre um novo aprendizado;
Sempre um novo dia uma nova jornada, um novo começo;
Parece que foi ontem, quando recordo da minha velha infância;
Bom os tempos de menino que vivia livre sem ter pressa nem hora;
Pois esse tempo não retorna jamais;
E assim continuo sendo um menino que lutei, luto e busco o objetivo;
Viver é bom só que passa rápido muito rápido, muito mesmo;
Chega à velhice sempre mas alegre e bem disposto;
Com muita alegria é com um sorriso largo;
Muita coisa se passou, muitas situações, lembranças que sempre vem à boca;
Muita coisa modificou, coisas novas surgiram nessa minha longa e curta passagem;
Muitos lugares conheci, passei e conheci, hoje bem velhinho agradeço tudo isso;
Quisera poder voltar e fazer tudo novamente;
Enfim chegou o fim;
Hora de despedir;
No meio do caminho tinha um espinho.
As Tipiunas -
RUA FERNANDO SIMAS
Ao passar por seus túneis verdes,
os galhos se enroscam,
entrelaçam - se,
tricotam, formam redes
e se abraçam no céu.
Ao cair da tarde entristecida,
os olhares através das persianas,
insistem a esperar por seus sonhos.
Noites frias
A chuva bateu na porta de casa
Pensei no homem de rua e nos ventos gelados que em seu peito afagava
Gritando desesperadamente por calor
Vivendo em um silêncio insolente que sufoca a sua dor
Não era sua voz que gritava, era o seu pensamento
Ele sofria, pois congelava por dentro
Ele nada dizia...
Não quis incomodar a burguesia que ali dormia
Enrolados nos cobertores de seus aposentos.
Slá, só mais um café.
A arte é os bastidores, os olhos sem camarim, sem métrica, sem figurino, sem pintura, olhos que podem ser seus e que podem ser meus. E então compreendo tudo, sobre esse sonho que me diz que a rua é uma ilusão para todos e que apenas eu a enxergo como real.
CONSOLAÇÃO IMPOSSÍVEL
Estava caminhando com pressa pela Rua da Consolação em São Paulo, quando de repente duas lindas jovens com a bíblia na mão me abordaram:
- "Tem um minutinho aí pra Jesus senhor!?"
O mendigo e o tolo
A fraqueza, o cansaço, o desanimo, a depressão, os olhares ignorantes, os não ignorantes, a falta de amor ao próximo, os vícios tão pertos, as surras doloridas, as dores no corpo, o frio, o calor, a falta de ferramentas na higiene, a roupa descente, o mínimo aceito pela sociedade, a solidão, a falta de incentivo, de amor, de fraternidade, a saudade, a perspectiva perdida entre os olhos já não tão espertos, o definhar da vida sem volta, a falta de importância pelo que é importante, um dia poderá sair mas para isso, os tolos tem que deixar de reinar.
Em um lugar como o Brasil de precariedade e falta de vontade politica nos investimentos para com a educação, a arte e a cultura. É imperativo que se a população não vai aos museus, a arte e a cultura deve ir as ruas. Com ações simples e de baixo custo operacional, pode se espalhar em eventos públicos, praças e logradouros de grande passagem e movimento cotidiano, imagens digitalizadas de obras celebres da arte nacional brasileira que se encontram engessadas nas instituições .Dentro da nova economia e industrias criativas é importante levar de forma fácil a arte e a cultura a população simples, democratizar verdadeiramente a arte em seu vigor. Que o homem comum o trabalhador possa ver que a arte de sua nação espelha grande parte de suas emoções, sonhos, realidades e sentimentos.Por meio deste projeto ideia eu já vinha propondo a democratização da arte junto a RioArte na década de 1970, dentro dos projetos de arte publica para a cidade do Rio de Janeiro junto ao saudoso amigo Gerardo de Mello Mourão, mas na época a vontade politica não alcançou a força do projeto e da valorização de nossa identidade. Mas ainda o projeto vivo, sei que dias melhores virão, na mão certa da arte, da cultura e da educação.
Distraído
O tempo deixou de ser meu amigo
E hoje passa despercebido.
Sensação de já ter vivido
Mas agradeço por estar vivo.
E danço na beira do abismo
Perdi o medo do perigo
Até choro sorrindo,vivo sorrindo
O mal não esta de bem, comigo.
Aprendi a ter equilíbrio
Soco mandado eu me esquivo
Não bato e não apanho,sigo invicto.
Quem não é visto não será lembrado
Mas quem é sentido,será eternizado..
O jovem de Periferia precisa saber que a sua evolução virá quando ele perceber que o assunto passado na lousa é mais importante do que o tênis na vitrine...
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