Moradores de Rua
Muitos tem irmãos(ãs) e outros não, mas graças a rua, podemos conhecer pessoas diferentes e "montarmos a nossa própria família".
Antigamente as pessoas se separavam por arrumar um amante real na rua hoje em dia elas se separam por ter vários amantes virtuais na internet.
RUA DA MINA
A fonte termal
de água alcalina
Hidrata as mulheres,
hidrata homens
A favor de todos
Para a boca com sede
Onde as que bebem,
pedem mais
Sou rua de mina
Sou a Rua da Mina
e um parque de águas minerais
Sou salutar
Sou Salutaris
Nos lábios das africanas
e dos africanos
Molhando a seca do Brasil
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Homenagem à Paraíba do Sul, Bairro Lavapés, ou seja, Rua da Mina!
Rua 22
Quero olhar pra cima, mas não dá.
Quero cantar, mas ele me obriga a me ajoelhar.
Já é 9 horas e eu, perdido nessa rua,
Não sei o que eu fiz, meu amigo, me perdoa.
Passei a noite toda no boteco do seu Odilo,
Já não reparei as cores — parece que saí de um hospício.
Já faz tempo que ando nessa rua que eu me criei,
A rua tem 22 becos, e 22 anos sou eu.
Já vejo a lua tão grande no céu,
E, ao mesmo tempo, vejo o sol...
Parece carnaval, na Bahia.
Vejo as portas das casas arrombadas,
Vejo imensos dias que passaram rápidos.
Vejo a Bíblia sagrada.
Peço a Deus que me perdoe,
Que me expulse e me abençoe,
Pra poder trilhar sozinho essa caminhada.
E, nessa estrada, eu quero perceber
Que, nessa rua escura do dia,
Não quero ter noite — ousadia.
Ousaria temer?
Mas, toda vez que eu choro, eu me lembro
Que, quanto mais choro, mais eu me lamento.
Pra perceber, meu amor, pervertida, hora válida,
Vem sem merecer.
O leigo, o homem "prático", o homem da rua, pergunta: "Em que isso me afeta?" A resposta é categórica e relevante. Nossa vida é toda dependente de doutrinas estabelecidas no campo da ética, sociologia, economia política, governo, direito, medicina etc. isso afeta a todos, consciente ou inconscientemente, e ao homem da rua em primeiro lugar, porque ele é o mais indefeso.
Quando nosso cansaço caminha por uma rua de mão única e toca em nossa solidão, as palavras nos fogem; Entre pensamentos soltos a um milhão de milhas, um instante ímpar de inspiração cria palavras para reescrever um novo começo.
Nós por nós.
Estamos sós na calçada, olhando para qual pessoa pergunta como chegar naquela rua.
Nesse momento somos alheios ao senso de direção do outro, te levando ao seu destino pelo seu olhar.
Já dizia, minha falecida tia, todos os dias, sai na rua um esperto e um idiota, quando um dos dois se encontra dá negócio. Um reflexo atual do nosso país, a diferença, que um esperto consegue manipular vários idiotas, político vs povo.
lápide de açucar
atravessando a rua, fui atravessado.
caminhão de sorvete me deixou gelado.
almíscar e sangue, doce e amargo.
rosa, azul e um branco pálido.
dançando junto
em cima do asfalto,
corpo fechado,
pé numerado.
meu túmulo
caramelizado,
que jeito melado
de morrer.
e apesar da dor, virei sabor:
sorvete derretido,
perdeu o valor.
agora sou história,
verso travado,
epitáfio doce
e congelado.
A escola não é o berço da paz, mas o espelho das guerras silenciosas que toleramos em casa e na rua.
Atitude.
Andando pela rua.
Caminhando, sentindo o Sul.
Olhando para baixo, passam silhuetas.
Olhar nos rostos das pessoas.
Medo... vergonha...
Como se todos estivessem sempre me observando.
Tudo que eu podia fazer era abaixar a cabeça.
O chão... o chão era menos assustador.
Pelo menos ele não me encarava de volta.
Porém, teve esse dia.
Nesse dia, algo brilhou.
Te vi como um raio de sol em dia nublado.
Tu, com teus cabelos e corpo, se destacaram na minha córnea.
Logo pensei, sonhei, parei e imaginei
o quão bom seria poder sair com você para um restaurante,
tomar banho de mar, ir a um show de jazz.
O quão bom seria te pedir em namoro.
Como seria nosso noivado?
Como seria o dia em que você entraria naquela igreja,
com o sol passando pelo vitral do lado superior esquerdo
e batendo diretamente na mesa à nossa frente,
com as duas alianças brilhando...
Seria um sonho.
Sonho que parou quando tu passaste ao meu lado.
Nunca mais te vi.
Acho que foi um sonho.
@ondas.q.escrevem
Aquela Noite
Era tarde, mas o mundo parecia calmo,
a rua deserta, só nossas sombras no asfalto.
Andávamos devagar, como quem não quer chegar,
e as palavras vinham soltas, sem pressa pra acabar.
Eu fumava, como sempre,
ele não — já tinha deixado.
Mas por uma noite, por mim,
ele pegou um cigarro calado.
Entre tragos e risos baixos,
falávamos de tudo e de nada.
O tempo parecia suspenso,
como a fumaça entre nós espalhada.
O cigarro tremia em seus dedos,
mas o olhar... ah, o olhar era firme.
Não era sobre nicotina ou vício,
era sobre estar, por inteiro, comigo naquele crime.
Talvez tenha sido um gesto bobo,
mas ali, eu entendi tanta coisa.
Tem amor em cada renúncia breve,
em cada entrega silenciosa e corajosa.
A brisa levava a fumaça,
mas a lembrança ficou no peito.
Naquela rua, naquela noite,
foi quando tudo pareceu perfeito.
Poema - Yeshua
Em casa ou na rua
Estou com Yeshua
Que nos proteja
Dessa selva de pedra
Cercados de problemas
Dentro do ecossistema
O Leão de Judá
Que pode nos ajudar
Mostrar o caminho da verdade
Qualidade não é quantidade
O que é do mundo, é do mundo
O pouco com ele é muito
E o muito sem ele é nada
O bem mais valioso é sua alma.
Nem todo brilhante
É ouro ou diamante
Mas Jeová usa o pequeno para confundir o grande
Tipo nesse instante
Adonai é a única liderança
Faz com ele uma aliança
Limpa o teu nome
Enterra o velho homem
Seja abençoado
Remido e lavado
Pelo sangue do cordeiro
Dele seja um herdeiro
Na terra prometida
Ele é o caminho, a verdade e a vida.
Não é só um cão na rua,
É a dor que ninguém vê.
É a fome disfarçada
Na espera por um porquê.
Não é só um latido solto,
É um pedido contido no ar.
É o grito de quem um dia teve dono
E hoje só tem o caminhar.
Não é sobre raça, nem porte,
É sobre omissão e descaso.
É sobre quem fecha os olhos
Enquanto outro limpa o estrago.
Se alimenta, cuida. Se cuida, assume.
Não é bondade largar depois.
A rua não ensina carinho,
Só ensina a fugir dos “heróis”.
Ter um animal é promessa
De presença, cuidado e ação.
Se não for pra ser abrigo,
Não alimente a ilusão.
Não é sobre raça, é sobre respeito
A rua não escolhe raça, tamanho nem cor.
O abandono atinge todos — e o preconceito também.
Enquanto alguns apontam o dedo para raças como o Pitbull,
outros ignoram o cão magro, sem raça definida, com olhos pedindo socorro.
Nenhum deles pediu para estar ali.
Respeitar os animais é respeitar a vida, em todas as suas formas.
O frio tem voz...
Ele fala no silêncio das madrugadas, no vento que corta a pele, no vazio das ruas desertas.
O frio sussurra ausências, revela solidões, convida à introspecção.
Mas também ensina: é no frio que se valoriza o calor, é no inverno da vida que se aprende a força da esperança.
Toda estação fala. E o frio… também tem voz.
Liberdade já foi rua! Já foi brincar na chuva... Mergulhar de cabeça nas poças d'água que o céu derramava - grandes piscinas naturais higienizadas com o lamaçal que coloria o chão - como um tapete decorativo!
E o palco da vida estava pronto para receber a meninada - os astros semeadores de sonhos - os protagonistas de um sublime espetáculo!
