Moradores de Rua
MANHÃS
Amanhece,como é bonita pelas manhãs a rua,
o silêncio, o ar puro o mato úmido do orvalho,
que ali ainda continua.
Em breve crianças correrão por ela, finda o silêncio
e começa a vida, a brincadeira, a meninada.
Anoitece.namorados virão, e eu à espreita em seu portão
convido-te para comigo vires, tu sorris,e em breve junto estás.
Seremos nós agora, a vida dessa rua,que com o passar das horas,
logo irá adormecer.
Até um outro amanhã que virá tão logo, a noite vá embora.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
ELA
Ela carrega um silêncio de lua
E as cores de um fim de tarde.
Por onde passa perfuma a rua
E a noite ilumina a cidade.
Ela carrega um brilho de sol
E as horas perdidas de um relógio sem ponteiros.
Ela me fisga com um sorriso anzol,
E me pesca e me prende por inteiro.
"Andando"
E andando…
… pela rua da alegria!
Eu encontrei o teu sorriso.
Eu encontrei o teu olhar.
Eu encontrei!
Um mundo de sonhos…
… para nunca ser esquecido.
E quando eu andei…
... pela rua da saudade!
Eu!...
… não olhei mais para trás.
Eu!...
... não perguntei por mais nada.
Eu!
Me tranquei dentro de mim…
… num silêncio imensurável.
E andando…
... pela rua do destino!
Novamente eu vi você.
Novamente eu ganhei vida.
Novamente…
… eu me joguei para você.
Admilson
13/12/2019
A Matéria das Palavras
Na rua do teu peito
caminha a minha
enfurecida paixão
permitida e condenada
por uma mácula de sal
no exílio de uma lágrima
caída e despida por ti.
Nessa deriva em riste
como uma ilha crua
vertida no hino de pedra
que carrega no rosto
a velhice corrosiva
nos endereços da memória.
No caderno aberto do passado
à distância de um destino
no lado desfiado da carne
na rescisão do pacto com o tempo
desce a matéria das palavras
e na rua do meu peito
movem-se por sílabas
as artérias do teu nome.
Eles nos dão diversão depois nos julgam se dançamos no meio de uma tarde de segunda
no meio da rua .
De cara para o vento, na chuva para se molhar, ninguém anda só. Somos donos da rua. É no tum-tum-tá do couro do pandeiro, é no zigue-zague do mestre-sala, no suor da dança em flor, nas saudações a deuses muitos, que chora de alegria a menina que não samba, mas está ali para sonhar. Que nunca acabe a festa, numa simples quarta-feira. Que dure a eternidade, essa vida em fantasia.
Lagrimas 52
Lembranças
Trago todas as vibrações da rua por um por sol, quando uma elétrica corrente de movimento circula no ar, a formar uma nuvem com seus traços, em uma linha do horizonte verde mar, de todas as vibrações recolhidas, só me ficou o som da tua voz, que na lembrança guardo ao quebrar das ondas... (rsm) 29/12/2019
É fácil ser amigo do rico ,....
Mas ninguém quer ser visto com um morador de rua ,mesmo que seja da sua família !!
Parceiro pare de se iludir, ninguém vai te parar na rua e dizer: “Oi, eu te amo”.
O Amor é construção e leva tempo.
Precisamos sair da varanda e às vezes levantar da cadeira para enxergar a vida do outro lado da rua.A Vontade de viver a última gota que me resta sempre foi o meu desejo, listei inúmeras razões para estar aqui.
Muitos dirão contrário daquilo que você um dia gostaria de escutar mas só cabe a você ouvir porque tem coisas que só você vai poder fazer ninguém vai entender e talvez muitos vão criticar não importa, existem poucas qualificações exageradas e uma delas é saber o que você quer,não importa a idade que você tenha o que importa é o escancaramento da janelas da alma para olhar para vida de uma forma extraordinária.
Marcilene Dumont
Te vi na vitrine ao cruzar a rua
A beleza de tal me fez querer ser tua
Me dei conta que o lugar era errado
Vitrine certa, saldo findado
Insensatez cruzar tal rua
Insensatez querer rimar com ser tua
"Aqui na minha rua
Tem uma casa que fica
No quintal de um pé de nada
E mora debaixo da lua
Quem a vir, de olhar distante
Na hora em que brilhar de iluminada
Nem nos seus melhores sonhos
Desconfia da alegria que morava lá
Mas mudou-se, escondeu-se igual
Só que ora, distante."
Edson Ricardo Paiva.
Se não for por baixo, eu vou por cima
Se não for nessa rua, eu entro na outra
Se não for de carro, eu vou à pé
Se não for ao sol, eu vou à chuva
Se não for de fraque, eu vou pelado
Se não for desse amor, eu vou com o meu amor
Se não for, eu vou assim mesmo
🐍🐍...Duas serpentes na noite...🐍🐍
Lua cheia clareou...
Na rua deserta...
Alma desperta...
Inquieta...
Minha estrela brilhou no Oriente...
Nem chama...
Nem fogo...
Tudo se fez de repente...
Sou serpente...
Sete mundos andei...
Tanto vaguei...
Em sete raios aflorei...
Desabrochei...
Homem me fiz...
Menino me joguei...
Com música na alma..
Canto, danço, me embriago...
Sorriso maroto...
Desajuizado...
Num doce balanço...
Em abraço apertado...
Conversas irônicas...
Endiabrado...
Eu lhe encanto...
Sou encantado...
Como é bom...
Ter você...
Ao meu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
Bailarina da lua
Dança sob a luz da lua
Desliza no palco da rua
Tal como folha de outono
gira ao sabor do vento
Em movimentos alegres e vivos
Com passos de elevação
Espírito solto, dança com o coração
Na ponta dos pés primorosa elegância
Nas mãos asas de borboletas!
Ninguém imagina graciosa bailarina
que as tuas mágicas sapatilhas
escondem sangue e feridas!
Ser bailarina demanda paixão
Elevação de espírito e determinação!
Rodopia com um sorriso no rosto
e com doçura no olhar
Doce bailarina teu destino é dançar
Num cabriole saltas e consegues voar!
És a protagonista no palco celestial!
As estrelas são codjuvantes
Num espetáculo magistral
RUA DA MINHA INFÂNCIA
Lá bem longe onde eu morava
Sem asfalto nem avenida
Era um sítio em que a estrada
Se formava pelo batidão da lida.
Tanto iam as crianças pra escola
Os cavaleiros com suas tropas
Os pedintes de esmolas
No sombreiro da sete copas.
Por ela vinham os mascates
Com suas quinquilharias
Faziam os seus biscates
Para toda nossa alegria.
Ao terço ia a vizinhança
Como se fosse romaria
Na frente muita criança
Atrás os adultos em cantoria.
Rua de terra batida
De dia o sol escaldante
À noite a lua escondida
Só quando era minguante.
Tenho uma saudade danada
Desse meu chão encantado
Quando de dia passava boiada
De noite latia o cão abandonado.
Hoje tudo está mudado
Asfalto com carros e poluição
Preciso de muito cuidado
Para reconhecer meu rincão...
10/06/18
melanialudwig
Um banquinho embaixo da árvore na calçada de casa... amarelinha desenhada na rua com tijolo, jogar vôlei com a turma toda noite, todo final de semana e em todas as férias. Medo da loira do banheiro, banana split na sorveteria e cachorro quente na merenda. Babaloo, Ping Pong e Dipnlik.. Bandeirinhas de festa junina enroscadas no poste, malhar o Judas, cortar a franja do próprio cabelo, brincar de stop com as melhores amigas... carrinho de rolimã e carrinho de boneca, trocar garrafas vazias por pintinhos, passar de bicicleta nas lombadas, usar polaina, ponche e broche do Menudo, andar de Mobilete, perfume Thaty e as gincanas tão esperadas da nossa Jolí...
Quem entendeu alguma coisa disso, também viveu coisas tão simples e tão deliciosas que deixaram muitas histórias, grandes lembranças e eternas saudades!
Enquanto houver
Um palco
A rua
O chão
Amor e utopia
Contramão
A força de uma voz
Quando o sinal fechar
Não estaremos sós
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