Montanha Russa Marta Medeiros
Esperança Divina!
Já não tem verde no chão
a semente não germina
não se ouvi um trovão
onde a seca contamina
peço a Deus em oração
que ilumine o coração
de cada vida nordestina!
Me desculpa por não saber lidar com a saudade exagerada...
Me desculpe por querer estar perto, nem que seja te olhando!
Me desculpa por te sufocar com meus sentimentos loucos.
Me desculpa por não ser a pessoa que você deseja ter por perto.
Me desculpa por muita das vezes não saber agradecer o que fazes por mim.
Me desculpa!
Sem água!
No sertão de água escassa
o verde aqui quase não tem
a chuva é quem ameaça
passa perto mas não vem
mas a fé carrega a graça
sem ajuda de ninguém.
Senti uma parte sendo arrancada de mim
Um pedaço da minha alma que se vai
Mas já dizia o poeta
A dor, simboliza o recomeço.
Preconceito... nunca!
Diga não ao preconceito
não julgue por região
todo irmão tem seu direito
toda cor tem sua razão
cada um com seu conceito
o Brasil tem meu respeito
e o Nordeste meu coração!
A última fé!
Pelo sertão brasileiro
é seca a perder de vista
completa mais um janeiro
e nada aqui se conquista
só Deus do amor verdadeiro
é quem dá força ao vaqueiro
pra que ele nunca desista.
Minha sina!
Eu não sabia o porque
sofria tanto o menino
tanto lugar pra nascer
e eu tive esse destino
se a seca me fez sofrer
Jesus me fez entender
porque nasci nordestino.
CAMINHO
o caminho é decerto extenso
e a estrada, um tanto estreita
nesta estada, caminho e penso
que a vida me segue à espreita
A falta de inspiração é sufocante. Ainda que o ar não falte, quando inalo o necessário oxigênio, não exalo o vocabulário mais importante. As palavras não escritas asfixiam, como o dióxido resultante. Por isso, preciso botar pra fora, ontem, hoje, agora e a qualquer hora.
NO VAZIO
a mão quando de ti se afasta
no destruidor vazio se encontra
de meus pulmões o ar se afasta
e no vazio a dor me encontra
Hoje, no quintal da minha casa, inspirei lenta e profundamente o aroma de uma vespertina brisa de outono. Senti um acentuado cheiro de boas emoções, de onde sobressaía a tal felicidade. Essa durou tanto quanto a inspiração, que, pela oxigenação, inspirou uma lenta, mas profunda mente.
