Monge
Um velho monge se deparou na beira de um lago, quando em meditação, com um jovem guerreiro que se desgarrara de seu pelotão.
Olhar vidrado, roupas em desalinho, movimentos bruscos e ansiosos. Bebia água sofregamente.
Enquanto enxugava o suor da fronte com a manga da tosca indumentária, se deu conta da presença discreta do velho monge.
Olhou desconfiado para os lados e caminhou em sua direção, com a expressão crispada e raivosa de quem acabara de sair de uma batalha ferrenha.
- Olha ai velho que estás ai parado, inutilmente, a beira do lago. O que tens para comer? Tenho fome e pressa.
O monge, acostumado à sobriedade e a vida comedida, vendo aquele guerreiro afoito, com a mão direita no sabre, se aproximando, disse:
- Porque a pressa, meu jovem? Sente-se e descanse. Sacie a sede com calma, e prometo lhe arranjar o que comer.
- Não tenho sua sorte, velho. Tempo é o que me falta. Tenho que voltar para a batalha. Matar nossos inimigos.
Respondeu o monge:
- Alguns minutos a mais não farão diferença para seu propósito. Após o repouso você estará com a força redobrada e a cabeça mais lúcida para a batalha.
- Como você é ingênuo, velho. Não posso parar. Se derem por minha falta no campo de batalha posso ser condenado por deserção.
- Não vejo aqui nenhum inimigo a te acossar e nenhum comandante para te cobrar empenho.
- Não vê, mas eles estão por aí, em toda parte. Não me dão sossego, Não me deixam descansar.
O Monge fez ao jovem guerreiro uma proposta:
- Sente-se ao meu lado e medite comigo. Prometo-te que depois, te levo até meu templo e te dou toda a comida que puder carregar.
Diante da proposta o jovem guerreiro cedeu e sentou-se ao lado do monge, que o foi conduzindo em sua meditação.
Depois de um tempo o guerreiro, exausto, adormeceu. O velho monge ficou ao seu lado o tempo todo, e passadas algumas horas o guerreiro acordou, espreguiçou e ainda sonolento disse que não dormia a muitas e muitas noites.
Lembrou-se que precisava voltar para a batalha, ao que o monge respondeu:
- Não precisa mais. A batalha se foi. Ela estava apenas na sua cabeça.
Só então o guerreiro se deu conta que estivera aquele tempo todo prisioneiro de sua batalha pessoal. Há anos que a paz já se instalara no Reino. Ele estivera então perseguido apenas pelas sombras do passado. Acordava finalmente, dos seus pesadelos para o sonho da vida real.
O hábito faz o monge. É importante ter um traje para o horário de trabalho e outro, mais confortável, para o tempo livre. O corpo relaciona a mudança de roupa às fases de obrigação e de descanso.
O monge LIU-PEI acordou muito cedo naquele dia no mosteiro e estava muito apreensivo.
– Acalme-se LIU-PEI pois Deus permitiu que você acordasse aqui na terra mais uma vez. LIU-PEI não se conteve e disse: – Como posso compreender Deus se nunca o vi? O sábio KWAN-KUN pediu-lhe então que trouxesse dois copos com água pela metade.LIU-PEI assim o fez e o sábio pediu-lhe então que virasse de costas para os copos. Feito isto o sábio colocou um pouco de açúcar em um dos copos e pediu ao monge que experimenta-se os dois e dissesse se tinha alguma diferença. O monge assim procedeu e verificou que uma das águas estava mais doce. O sábio KWAN-KUN então falou: – Querido LIU-PEI, coloquei um pouco de açúcar em um dos copos, e você não viu, mas sentiu a diferença, e, portanto, assim também é Deus, que você não vê, mas sente sua presença na natureza e no universo. – Não se precisa ver para crer, mas é preciso crer sem ver.
Uma Certa vez caminhando encontrei com velho e sábio monge e ele me ensinou que nunca devemos pagar o bem com gratidão pois não custa nada fazer o bem para as outras pessoas pois é um clico bem sempre gerará o bem
Diz a lenda que estava o monge meditando quando entra um homem e deposita 10 moedas de ouro perto dele. O homem fica inquieto até não aguentar mais e pergunta ao monge: Você não irá me agradecer pelas moedas que doei ao templo? Sabiamente responde o monge: Quem doa é que deve agradecer, pois teve para doar.
O MONGE E SEU DISCÍPULO
O discípulo pergunta ao mestre:
“Por que não reclama e não reage aos insultos recebidos por tantos desaforados que permanentemente teimam em julgá-lo?”
O mestre responde:
“Filho, as coisas são como são, nada pode ser mudado. As ações dessas pessoas cabem a elas, não a nós. Para exemplificar, faço relembrar algumas historinhas:”
“Você conhece a história do caminhão de lixo que passa todos os dias na sua rua?”
“Você não recolhe o lixo da rua, ao contrário, você retira o lixo de sua casa. O caminhão faz o trabalho de depositá-lo no lixão. Assim é a vida. Só devemos recolher para dentro de nossas casas e nossas vidas, aquilo que não é lixo. Lixo a gente retira, joga fora.”
... Continuou o Monge:
“Outra historinha boa é a da carroça vazia. Ela é barulhenta quando está vazia. Assim é a vida. Se alguém me agride, imagino que esta pessoa seja vazia. Ao contrário de uma reação forte, o meu silêncio pode encher o seu vazio, direcionar o seu caminho, enche-lo de boas novas e alegrias.”
... Continuou o Monge:
“Digo mais, também tenho meus defeitos. Quando alguém fala de mim, ajuda-me a consertá-los e evitá-los. Quando ouço inverdades, pode até doer um pouco, mas isso também não pode me afetar, porque nada posso fazer. É uma visão do outro, não a minha. Reagir é descer ao nível deste alguém.”
A sociedade preocupa muito com o que outros dizem e isto interfere no seu bem-estar...
Acreditar e fazer valer que somos donos de nossas vidas, é o primeiro passo para vivermos uma vida digna, salutar, tranquila e feliz...
Élcio José Martins
O monge sábio usa a arte da música e da intelectualidade visual para evoluir seus sentimentos e alcançar a espiritualidade. Este profundo conhecimento permite que ele explore a beleza e a profundidade da criação e veja os mundos invisíveis ao nosso redor. Ao observar a arte visual e espiritual do monge, podemos compreender melhor o significado da vida e o que nos une como seres humanos.
Neste domingo, nós vamos abraçar o sentimento de amor espiritual e emocional. Vamos abrir nossos corações para o amor que vem das profundezas de nossas almas e nos conectar com aqueles que nos rodeiam. Vamos nos unir como um monstro de amor e compaixão, para que possamos compartilhar essa energia com todos ao nosso redor. Vamos nos sentir fortes e unidos neste domingo enquanto experimentamos o poder do amor espiritual e emocional.
Essa exploração da fé cristã, é tão mesquinha e arcaica, que em 1517 o monge da Martinho Lutero já ariscava sua cabeça na guilhotina e seu corpo na fogueira da inquisição, do carrasco papa Leão 10, quando fixou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg suas 95 Teses. Especificamente na tese de Nº (“37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência. 54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela. 92. Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz! 93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!")
O Monge Maria (Da Esfinge Tardia)
Olha lá de longe
Cavalgando o Monge
Contando as covas
Passando nos quadris dos vales e males
Seletando as sovas
O Monge Maria
Da Esfinge tardia
Perfurando o vento e furando o tempo
Vigie de longe
Que lá vem o Monge
Cavalgando o tempo
Cavalgando o vento
Quantas que foram mutiladas?
Será, será que foram autografadas?
O Monge Maria já ria, Maria
Na Esfinge tardia, de quando tu sumia
Trafegue no monte
No radar o Monge!
O que será esse bicho tão atemporal?
Cantando as piadas de quando era o tal
Oh Maria, olha lá de longe
Maria, pelos buracos do lisonjear
As tumbas que a Esfinge fez desmoronar
Posição de luta, defronte está
Como é frenético
Que se muda dialético?
Escolhe os patéticos
Vive a morte
Escolhe todo homem, de toda sorte
Não é galinha, mas é de corte
O Monge Maria da Esfinge Tardia
Cavalgando o tempo, escolhendo via
Alcançando eles, é para todos!
Não escolhendo letra, quer Maria ou Frodo
Cavalgando o tempo para o cara frouxo
Escolhendo a dedo com um olho coxo
Virando a roleta, não tem jeito moço!
Ele agarra pelos pés à todos
Desesperadamente quebra o pescoço
Não poupa Hagague, não há denodo!
O Monge Maria
Sobre os prados ria
Bondoso com uns
Maligno com todos
Mais leve para alguns
Atinge sábios e tolos
Não almeja ver Maria
E tampouco Frodo
Nas tacadas, quem será o morto?
Rodeando a nós, como estaremos soltos?
Se é relativo, por que não resistias?
Enfurece a todos a aos astrogodos
Perfura o presente, pegou os visigodos
Se chega aos descendentes, os irá decepar!
E esporadicamente iremos lembrar
Que o Monge Maria vai totalizar!
Sobre a Esfinge Tardia
Isto aqui ele já lia
O seu desígnio prevalece na humanidade
Cavalga no tempo, não escolhe idade
Alcança todos ausente de piedade
Amassa nosso pé com a realidade
O tempo voa e o vento nos leva
O Monge Maria é desde lá de Eva.
O monge perguntou: Mestre, o que seria estar desperto? O Mestre respondeu: "Desperto é quando você não está dormindo nem acordado"!
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