Momentos Alegria Fernando Pessoa

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O que você mentir eu acredito.

Tenho medo de endurecer, de me fechar, de me encarapaçar dentro de uma solidão-escudo. Ando meio fatigado de procuras inúteis…

A vida é assim: Melhores amigos estarão sempre juntos, aconteça o que acontecer.

Não vou perguntar porque você voltou, acho que nem mesmo você sabe. (...) Só vou perguntar porque você se foi, se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto.E esquece sabendo que está esquecendo...

Com o tempo, os detalhes estragam qualquer biografia.

Para toda angustiante interrogação, existe uma inesperada exclamação. Para toda vírgula que não te deixa ir adiante, existe um ponto final. Para toda reticência que dói para sempre, existe um novo parágrafo.

Dessa vez não vou querer tudo de uma vez, porque sempre acabo ficando sem nada no final.

Não sei o que faço, onde fico: tenho muito medo, mas confio em Deus.

Me dói a possibilidade de um não, me dói a possibilidade de um silêncio…

Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou.

Fico pensando que nunca mais vai se repetir, é só uma vez, a única, e vai me magoar sempre.

Mania de fechar os olhos antes de dormir e te desejar boa noite em pensamento, dorme bem, sonha comigo, te quero muito e bem.

Ter que atravessar os gelos de julho para chegar despedaçado em agosto e, a partir de setembro, tentar reunir os cacos outra vez.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada.

(pequenas epifanias)

Ela era mais do que linda. Era viva. Sarcástica. Tensa. Meio confusa. E rainha.

Alguma coisa aconteceu comigo. Alguma coisa tão estranha que ainda não aprendi o jeito de falar claramente sobre ela. Quando souber finalmente o que foi, essa coisa estranha, saberei também esse jeito. Então serei claro, prometo. Para você, para mim mesmo. Como sempre tentei ser. Mas por enquanto, e por favor, tente entender o que tento dizer.

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.

Importa apenas o teu sorriso e nada mais.

Parece difícil de enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida.

Por trás da fragilidade física escondia-se uma extraordinária força.