Modéstia Humildade

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O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita pela qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não têm!

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., O Mundo como Vontade e Representação, 1819

"A verdadeira humildade dispensa a modéstia."

Quero o fim da falsa modéstia,
Da humildade orgulhosa
Quero a mentira sincera,
A graça da desgraça.

Não quero os amigos das vitórias,
Não quero aquele que diz que me ama
Quero aquele que faz, simplesmente,
Quero os amigos das derrotas.

Quero beber o doce veneno amargo
Quero quebrar regras, fazer o proibido,
Cutucar a onça com vara curta,
Quem sabe vem o tão prometido castigo.

Quero amar a pensante loira burra
Durante os dias de luares e as noites de sol.
Quero olhar para o espelho e ver uma pedra bruta,
E por favor, mantenha-me longe da lapidação.

Eu sou humilde, mas não modesto. Modéstia é falsidade.

Pra quem nasce na favela, sobra sagacidade
Coração é favelado independente do traje
Na malandragem, sempre na roda de freestyle
Saudade bate, só que eu já passei dessa fase
Na humildade, vida longa pros de verdade
Por mais que eu nasci na favela, meu futuro é ser milionário

Inserida por pensador

A autoconfiança vem de pessoas decididas modestas, educadas, humildes, atenciosas e jamais virão de pessoas arrogantes, orgulhosas, presumidas, presunçosas, pretensiosas e soberbas.

A politica é humilde perante o humor, embora, sem nenhuma modéstia perante o mesmo.

Humildade não tem a ver com falsa modéstia, que nada mais é do que a tentativa de extrair elogios.

A HISTÓRIA MAIS BELA E MAIS SOMBRIA


De família modesta, sem dinheiro,
casou-se com humilde carpinteiro.

E tão pobre ficou este casal
que nasceu o seu filho num curral.

O berço deste foi a manjedoura
onde comiam a jumenta e a toura.

De palha solta deram-Lhe o colchão
como se fora a uma ovelha ou cão.

Nunca, até agora, mais modesto abrigo
se dispensou para qualquer mendigo.

Mas este quadro de miséria extrema
é um canto de amor, um doce poema.

Não é por ser nascido num castelo
ou em palácio que se nasce belo

ou que se tem o génio ou o talento,
íman na voz, o sol no pensamento.

A simpatia, a graça, a formosura,
dons afectivos, candidato, ternura,

não fazem privilégio de alta roda,
das damas da nobreza e grande moda.

Dessa pobre Mulher do humilde povo
nasce um Menino que é o Mundo Novo,

a ideia nova, a redenção, a aurora,
a luz do amor, a voz libertadora.


Logo ao nascer era de maravilha


toda a expressão que no seu modesto leito
o crê predestinado a grande feito.

Tanto correu e se espalhou a fama
que até os Reis de muito longe chama

e também veio vê-Lo pressuroso
o tirano, o soberbo, o invejoso,

que logo acharam, para si, perigo
no mísero curral, no humilde abrigo;

que logo, tendo em conta seu regalo,
ao Menino, planearam de matá-Lo,

Mas esta pobre Mãe, triste plebeia,
para o seu Filho todo o mal receia;

Da visita dos maus Ela adivinha
o fim, o vil intuito que continha;

E resolve fugir... espera a noite,
sombra que tudo esconda, onde se acoite;


Numa jumenta cavalgando vai,
com o Filhinho ao colo, aquela Mãe,


levando ao lado atento caminheiro,
como zeloso guarda, o carpinteiro.

Procuram os caminhos mais escusos,
apavorados, trémulos, confusos,

e só pararam atingindo o alvo,
o seu Menino Amado ver a salvo,

quando chegaram a outro país amigo,
onde encontraram protecção e abrigo.

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E o Menino cresceu e correu Mundo
e mais cresceu o seu saber profundo,

pois ainda criança aos mestres espantava,
com as sábias respostas que lhes dava.

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A Força avassalava a maioria,
o povo, a multidão, tudo sofria;

O Senhor tinha mando e privilégio,
e dava e transmitia o poder régio;

Filho de escravo era também escravo,
que podia espremer-se como um favo,

amoldar-se à vontade do senhor,
sem compaixão, sem atender à dor;

O idolatra da força estava em voga,
era o carrasco que vestia a toga.

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Então Esse de humilde nascimento
começou a pregar seu pensamento.

Era belo e incisivo no dizer,
quem o escutasse era incitado a crer.

Discípulos, em breve, conquistava,
sua doutrina mais se propagava.

O sofredor, o pobre, o deserdado
achavam maravilhas no Seu brado.

O tirano, o soberbo, o invejoso
também veio escutá-Lo pressuroso.

Ele exaltava o humilde, o que sofria;
o império de Seu Pai lhe prometia.

Pregava o amor a Deus, Seu Pai Celeste,
e se exprimia sempre em nome Deste:

«Quem não amar, na terra, o semelhante
ofenderá Meu Pai, no mesmo instante»

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E a Mãe no Filho toda se revia,
mas o tirano não adormecia

e novo susto, nova dor a espreita;
ele prepara-lhe a feroz receita:

Entre os amigos de O que prega o Amor,
descobre, encontra o réptil traidor.

O beijo duma boca envenenada
foi o primeiro gesto da cilada.

O beijo denuncia, identifica,
depois surge a chicana, a fraude, a trica;

esbirros são armados em juízos,
a decisão do arbítrio quer raízes,

quer dar-se à burla aspecto de decência,
o traficante joga na aparência.

A causa de principio está julgada,
em bastidor foi a sentença dada,

se pinta a Via Sacra e o Calvário
para servir de fundo no cenário.

A trama urdida só a um fim conduz,
a que se pregue o Justo sobre a cruz.

Aquele que somente amor exprime
se acusa e culpa do mais negro crime;

a gente rica, bem tratada e nédia
nem sequer se apercebe da tragédia;

o povo ladra, no seu louco engano,
cão assolado, a soldo do tirano;

com medo dos terrores, dos castigos,
apavorados fogem os amigos.

Só Ela fica, sem receio a nada,
quer com o Filho ser crucificada.

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A Igreja, velha, sábia e previdente,
todos os anos, infalivelmente,

grita ao rebanho, chamar-lhe à memória
essa tragédia, essa sombria história,

pois nela vive o sentimento amargo
de que anda o lobo farejando ao largo;

para evitar o assalto do inimigo
que é bem preciso reforçar o abrigo,

manter, para o combate ao malefício,
espírito de heroísmo e sacrifício,

se for preciso, transportar a cruz,
saber nela morrer, como Jesus!

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A Mãe que mais amou e mais sofreu,
ao Filho inteiramente consagrada,
em nuvens de almas se elevou ao Céu,
ao som de hinos de Glória e de Alvorada.

Humilde, frágil, filha de plebeu,
com simples carpinteiro era casada,
curral foi a morada onde nasceu
a Vida que Ela viu crucificada.

Atingiu da beleza a plenitude:
Pela escada subiu do sofrimento
ao vértice do amor e da virtude.
Nunca existiu amor tão vivo e atento!
Mães, que supondes vossa empresa rude,
eis montanhas de fé, rios de alento!

Porto, Abril de 1955

A modéstia e a humildade conquistam a simpatia, mas a arrogância atrai a solidão.

Inserida por prwaldex

O mundo seria (ou será) muito pior sem mim. Modéstia às favas e humildade à parte!

Inserida por HhorlandoHhaleRgia

A modéstia é um engodo engendrado pela falsa humildade, mas a arrogância é opção de flagelos ainda maiores.

Inserida por pastoreinaldoribeiro

Lembre-me de ser mais humilde da proxima vez, de ser mais modesto. Mas não deixe minha autoestima cair. Por favor. não desistas de mim.

Inserida por JackSouza

Humildade significa ser "modesto no pensar". Em outras palavras, uma pessoa humilde vê a si mesma numa perspectiva própria para com Deus e com os outros e não pensa de si mesma "além do que convém" (Romanos 12.3)

Inserida por Poliana16

Queria saber onde ficaria toda tua modéstia e humildade, quando for lisonjeado por varias pessoas. Continuará no bolso ou tirará?

Inserida por GersonSilva

Por onde a vaidade transita, a humildade, a modéstia e a serenidade se despedem. Perdemos nossa identidade, esquecemos propositadamente quem somos e de onde viemos.

Inserida por TomCoelho

O ser humano só precisa de cultivar as cualidades do criador, humildade modestia e sinceridade, porque o homem sincero merece mais que a sua sinceridade

Inserida por MiguelPleya

O sucesso não deve ser de forma alguma demonstrado com modéstia, mas sim com humildade, superioridade e alegria, pois se alguém consegue alcança uma boa conquista é porque trabalhou incessantemente para tal conquista.

Inserida por Alissondias

A modéstia é um jeito humilde de sermos presunçosos

Inserida por rosineisilva

⁠Os idiotas perderam a modéstia, a humildade de vários milênios. Eles estão por toda parte. São os que mais berram.

Nelson Rodrigues
O óbvio ululante: primeiras confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Nota: Trecho da crônica Os idiotas sem modéstia.

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Inserida por pensador