Mil Razões para Viver

⁠Vamos procurar viver coisas boas.

Nossa vida é tão inexplicável, que nos prega peça todo tempo. Vamos da felicidade a tristeza em segundos e vice versa. Somos senhores e escravos ao mesmo tempo, temos sonhos e frustações muitas vezes em várias situações que passamos. Somos o condutor e passageiro de acordo com as circunstâncias e caminhos tomados.

Há em nós a dualidade de sensações, pensamentos e vontades. Tudo nos afeta, tudo está ligado intimamente ao que sentimos, ou seja, em nossas emoções, em nossas decisões. Somos um emaranhado de vontades, de ideias, e sentimentos, todos intimamente intercalados em nosso mais profundo ser.

Ser este que exala vontades, desejos, objetivos, sempre nos impulsionando para frente, sempre a procura de alguma coisa que nos interessa e nos satisfaça. Mas também com a sua parte onde não é tão positivo, gerando pensamentos negativos, atitudes pouco louváveis.

Todos nós temos nossos monstrinhos e eles incomodam muito. Vivemos sobre o fio da navalha e não há muito o que se fazer ou pensar. Somos partes de uma engrenagem que mal conhecemos, tudo tem uma razão de ser e existir. Exploramos o universo e mal conhecemos nosso universo interior. Talvez o melhor desta vida é não conseguirmos entender nada sobre ela. Deixar como se diz “a vida nos levar”, por que afinal quer gostemos ou não, é ela a protagonista de tudo isto.

Por tudo isto, porque tentar entender, pela sua complexidade e ao mesmo tempo sua simplicidade, acredito que jamais conseguiremos ter uma definição exata do que é estar vivo.

Vamos procurar viver coisas boas para no mínimo justificar o tamanho do presente que ganhamos. Simples assim... Sem muitas explicações. Precisamos é ser felizes.

⁠Estar consciente é uma constante fuga da loucura. Loucura é aceitar viver no universo do outro. Amor é um ato de loucura. Razão é o ato de assassinar suas versões que não cabem. Empatia é um estado de consciência. Pensar é ato mínimo. Refletir é dignidade. Silêncio, educação.

⁠Viver no mundo da lua é necessário,
quando a sobriedade na Terra virou ópio.

Caminhar com os loucos está mais saudável,
aqueles que são o que são, cheios de esperança,
com uma alegria que ninguém pode estirpar.

Bem-vindos, lunáticos, onde o sonho fura o bolo com o dedo, onde despedaçam as cascas da sandice e do óbvio, para explodir de criatividade um mundo de paletas cinzas.

A loucura de se doar sem nada esperar.
O devaneio de sentir sem nada encobrir.

Bem-vindos, estranhos no ninho, se o mundo está surreal de frieza,
vivamos a cada dia com beleza, de sermos da Lua na Terra,
e a dança no palanque dos vazios.

Da Lua para a Terra,
Do coração para a extratosfera.