Meu Caminho So

Porque deixaste escorrer em mim
o meu da tua boca,
porque me deste a luz dos olhos teus.

Não se assuste com meu choro, não se preocupe com minha saudade, gosto disso: faz me senti viva, revivo...

Que meu desejo toque teu corpo
beije-te com fervor,
que a música embale teus sonhos
e que meus olhos adormeçam nos teus.

Trafiquei sonhos, roubei...te trancafiei em mim.
Perdoa por ser meu vicio, baseado !

Meu café tem gosto do que tocas, tem letras que dançam. Degusto em cada amanhecer, a cada entardecer. Ponho na boca, gole a gole...ouvindo sons, sentindo músicas.

Escorre pelos olhos, pela boca...escorre fácil o sorriso. Esbanjo, escancaro...vou levando do meu jeito: me enganando, se enganando...uso máscara, me escondo.

Cavalgo nos meus sonhos, chego.
A lua é meu destino !

Não troco meu sorriso escandaloso por sapatos fashion nem por modelitos comportados.

E quando desperto pra vida, descubro que esse não é o meu mundo.

Meu olhar pede bis, meu corpo agradece.

Faço da poesia meu refugio,
dos versos minha estrada.

Voa teus passos em direção a mim, tuas asas envolvem meu corpo, é festa. São flores teus olhos nos meus, é vida...encanto, canto de poesias, poemas...me entrego, me jogo ! Sinto o mar, vejo rios...folhas e ventos me cobrem de desejo, de querer. São assim as emoções, os arrepios que vem de ti, é desse jeito que invade minha alma e minha mente. Descompassos, compassos em forma de borboletas, vestes de pássaros...sonhos, paixões, versos, canções...

Que eu regue flores no meu pensamento todos os dias e que minha alma se encha de risos.

Eu preciso escancarar meu riso, fazer acreditar que sua presença não conta: tanto faz ! Mas a verdade é que doe no peito, machuca...bate sempre o vazio a saudade. Me faz falta teu sorriso, tua voz. Sem você qualquer lugar é um lugar a mais pra te lembrar e nada mais. Vivo de tanto faz há tempos, desenganos, ilusões...me faço pincel, tintas... me cubro de luz, som...desenho sol, lua, mar... pinto meu mundo de cores, flores. Preciso me fazer festa, alegria, sorrir do nada, imaginar tudo !Tenho que colorir meus dias de sonhos, me vestir de músicas, poesias...para não enlouquecer, pirar de vez.

Meu refúgio
Me jogando dentro de mim, me escondendo...ocultando segredos, guardando sonhos. Quis demais, corri demais, me expus demais, me entreguei demais...me abri, me tranquei !
Trancando meus olhos pra evitar os teus, calando meus lábios, refugiando desejos...te guardando em rosas, versos, canções...

Teu rosto em mim
Como tatuagem
Não desgruda
Grudado
Colado, esculpido.
Sinto teu peito
No meu repouso,
Tua voz na minha alma
Calma;
Te deito em mim
Te ponho no colo
Com jeitinho,
Afago teus olhos
Descanso,
Em mim teu cansaço !
O frio da tua saudade
Aqueço,
Nas lembranças
Nos sonhos,
Me entrego, não nego.
Desejos
De ter-te deitado, jogado...
Não escondo
Não disfarço, não minto
Em segredo te conto
Te Canto,
Relato.

Que venha do mar o meu sorriso, que nasça das flores. Que meu canto seja de luz mesmo em trajes de tristeza e solidão. Que a saudade machuque menos, que não te ter não me leve ao desespero, não me arranque a paz. Preciso acreditar numa nova chance, viver outros caminhos...se não deu, não dar; mas que eu não perca o melhor de mim: meu riso, minha inspiração...porque foi dos teus olhos que roubei poemas, com tua boca sonhei.

Eu tenho teu rosto colado no meu, sem toque.
Eu tenho tua pele arrepiando a minha, sem toque.
Eu tenho teu cheiro impregnado em mim, sem toque
Eu tenho teus olhos dentro dos meus, sem toque.
Eu tenho tua boca na minha, sem toque.
Eu tenho teu corpo no meu, sem toque.
Eu tenho tua voz nos meus ouvidos, sem toque
Eu tenho tuas mãos nas minhas, sem toque.
Eu tenho teus beijos, sem toque.
Eu tenho teus abraços, sem toque.
Eu te canto sem toques
Eu te vivo sem toques,
Eu te tenho na cama, no chão...sem toques !
Eu te encontro no rio, no mar...sem toques.
Eu te faço meu ao luar, sem toques.
Eu te amo, te enlouqueço...sem toques.
Eu te quero com toques !

Meu melhor vestido, ponho para encontrar teu riso.
Leônia Teixeira

A uma floresta no meu deserto, a um poço sem fim !