Meu Amor Viajou
Tatuagem
Vou tatuar o meu corpo
Com um Escorpião
Porque sou racional,
Mas destrutiva de coração.
Não, não - Vou tatuar Ideograma japonês.
Representando a minha índole refinada
Pelo meu bom gosto estético
Fidelidade e amor.
Oras! O Coração em chamas
Para mostrar o meu domínio
Tipificar este poder
Apenas cognitivo do meu ser.
E o Tubarão?
Caminho na solidão
Curiosa por missão
Sem submissão.
Vou, é tatuar um Dragão
Para sentir o meu controle
Meu desejo
Minha auto-afirmação.
Ou caio na esparrela
Tatuando os símbolos Tribais
Neste motivo abstrato
Voltar-se-ão olhares que sinto escasso.
Ou uma Lagartixa?
Para manter o meu autocontrole
E a contenção dos sentimentos?
Que lamento! Tatuagem.
Oculto
Fartei-me de mostrar o meu encanto
De cair em pranto
De elucidar minha ternura.
Hoje sei de que nada adianta
O que me é sentimental.
O que eleva o meu feitio e
Coloca noutro coração
A minha galhardia
É o meu intencional.
Insignificância
Cura a sua dor meu caro
Assim sai da latência do imaginário,
Honra-te da insignificância.
O trabalho é pouco,
Mas tens um teto com palmos medidos,
A abrigar os teus prazeres.
És tão apoucado
Que esta choça
O torna ancho.
Não lutaste pelo abundante,
E a pouca monta em que tu te apoias
Irá satisfazer-te.
Porto Maior
O meu éden
O meu lugar de ócio, criativo.
O menor mundo
O mais vasto.
O que não atormenta
Não lamenta
Que sustenta a alma
Que faz viajar ao paraíso.
A cada segundo uma cor
Com as suas nuances loucas.
Histórias que nunca se repetem
Num movimento contínuo
Dando a cada instante
O início à felicidade.
E como melhor privilégio
Todos os caminhos levam
Ao Porto Maior.
Mulher
Porque estás ao meu lado?
Escolhi a ti sem pensar
Num espasmo de loucura
Com medo da solidão
Afoito e imediatista
Agonizo na mesma situação.
Hoje noto que, não tens a idade que eu queria,
Não possuis o corpo que eu pretendia,
Não me agarro a ti com os olhos da paixão.
Mulher
Tira-me deste dilema
Ainda preciso de ti,
Que pretensão,
Mas, o meu esquema,
Por linhas tortas foi traçado.
Não vês mulher
Que o teu sorriso e outro sorriso marcado em minha memória
Teu cabelo não tem a seda que eu imaginava
O teu cheiro vem de aromas artificiais,
E o teu dançar não o da minha bailarina.
Mulher, o que te fiz, e agora não consigo,
Ser honesto em dizer-te
Vai-te embora.
Vergel
Meu querido Vergel, mesmo sendo de bits.
Hoje me despeço, pois vou estar fora por uns dias,
Vou buscar novas aventuras
Para te alimentar de fantasias.
Não fique com ciúmes,
Será um tempo de passagem
Mesmo longe posso te acompanhar
Mas não prometo que será realidade.
A liberdade que tenho
Está em seu jardim mais florido
Têm canteiros mais nobres
E outros esmaecidos.
Meu querido Vergel
Desde que te adotei, mudei de essência,
Vou criá-lo até a minha morte
É o que constrói a minha vida.
Saída da vitrine
Não pense que eu vou dizer um sim
Só para te agradar.
Não pense que o meu não
Será para te prejudicar.
Só pretendo ser assertiva
Não estou no mundo para satisfazer.
Não sou perfeita
Para que todos me admirem.
Não tenho vaidade ao ponto
De querer ser unanimidade.
Não gosto do que não gosto
Não vou admirar o que não admiro.
Não tenho que aceitar a tua opinião
E isto não me causa constrangimento.
Meu íntimo é libertário
Igualdade para todos.
Não preciso de aceitação
Escravizando-me por opiniões.
Parece sentimento tirano
O sincero é ofensivo.
Mas, se assim eu não pensasse,
Seria uma hipócrita só para ter
A tua aprovação.
Pano de fundo
Saltei da tristeza à alegria
Qual foi a magia?
Foi o meu blefe à cilada.
Resgatei a variável
Do modelo, já descartada.
Foi no aguçar do pensamento
Que reformulei todo o problema
Com interações complexas do esquema
Simulei a resposta mais convicta
De não mais dar o próximo passo.
Deixei o estratagema intacto
Devolvi sutilmente o drama ao íntimo
Do infeliz criador do artifício,
Ficando por inteiro enredado.
Valores
Algum motivo tens para chorares filho?
Sim mãe, matei o meu passarinho.
Mataste- o tu, covardemente
Por teres mirado o teu estilingue a ele.
Não mãe, não mirei no meu pequeno passarinho
O meu ponto de mira era o Pedrinho
Que se diz meu amigo
Mas roubou o meu passarinho.
Os poemas não são seus
O meu descuido é um só...
Ao abrir meu correio eletrônico
Deparei-me com dois lindos poemas de amor,
Perdi-me por horas a fio.
Lembro-me a data, recente
20 de junho de 2014.
Foi um deleite e tanto
De minutos em pranto
A satisfação me dominou.
Os minutos pareciam horas
Dada a felicidade que me causou.
Até então, achei que era
Criação do remetente
Do homem que enviou.
Que ingenuidade a minha
De perder tempo nas entrelinhas
Dos poemas de amor.
Senti-me como uma goiaba madura
Que do alto se desprende
E se espatifa ao encontrar o chão.
A queda foi uma surra.
Um dos poemas da Lilian Menale de São Paulo
do Recanto das Letras
O outro da Gisela, dospoemasdagi.
Agradeço a essas senhoras
Que me afagaram por horas.
Portanto, me odeio tanto
De poder pensar um dia
Que pudesse tal criatura
Crocodilo parecendo emocionado
Que derrama lágrimas ao consumir suas presas,
Enviar-me poemas que fossem
De sua autoria.
Vida otimizada
Nunca me arrependo do que decido
Mesmo que impreciso, inexato
O meu ótimo é ajustado
No melhor que faço.
Repugno a letargia
Não basta uma concepção
É escolha num conjunto determinado
De elementos possibilitados à apreciação.
É uma exploração contínua
Num espaço assegurado
Arrefecimento simulado
Em minha assídua busca tabu.
Se o meu jeito de ser agradar, serei considerada uma pessoa complacente, companheira e amiga. Mas, se o meu jeito mudar e passar a não mais agradar, serei julgada como preconceituosa. Logo, cai por terra o conceito de preconceito. Se águem possui conhecimento e experiência previa sobre mim, como pode mudar o meu conceito para o preconceito?
Cheiro
Ah! Esse meu olfato
ele é muito cruel comigo
Se o teu cheiro é diferente do meu
e é gostoso, alucino
sou amante enlouquecida
Quando cotidianamente
misturado ao meu
perco o fascínio
ganho um amigo
Se o teu cheiro
for misturado ao de outras
serás indesejável
terás cheiro de cachorro molhado
Para mim
estarás amaldiçoado.
Zeus
Meu magnífico Deus grego
Vejo que se encontra perdido
Por essa semideusa que brilha
Ofuscando os seus sentidos.
Sua profecia de macho dominante
Da promiscuidade - amante -"brilhante"
Empunhando a sua égide tosca
Não passa de um pastor malogrado
Revolvendo nuvens com trovões e raios
Tentando implodir o seus indomáveis sentimentos
De ciúme, inveja e raiva
Dentro do seu peito, aglutinados.
Impecável loucura
O meu lado louco é o mais afável
o mais sincero e enlevado
isento de disfarces;
No meu lado louco
encontra-se a minha sagacidade
distante da loucura normal;
O meu lado louco
não reflete no espelho
é a essência íntima, intangível
uma imagem de mim e que,
pessoas ao ar como fantasmas
tentam alcançar;
O meu lado louco, não domesticável
desobrigado do crivo social
é o enigma que fascina
tornando-me um ícone impecável
que atrai infames iconoclastas.
Escarnecimento
Ei! Linda mulher
venho lhe pedir um favor
Qual o motivo do meu pedido?
Já que você laçou o meu vagabundo amigo
o meu velho colibri
me faça então esse favor.
Cuida da minha camélia
para que ela floresça bela
me faça esse favor.
O meu vagabundo colibri
abandonado pela flor mais bela
do mesmo pomar da minha camélia
já se distanciou...
Ei! Linda mulher
para cuidar da minha camélia
observe a sua cútis como ficou mais bela
depois que o meu vagabundo colibri te adubou.
Adube a minha camélia
para que floresça mais bela
adicione a ela, vitaminas para plantas que dá flor
principalmente , ferro, mas aos pouquinhos
do mesmo tamanho daquele que ainda te aduba
-se aduba-?!!!
Assim, ela florescerá muito mais bela,
da mesma maneira como você ficou.
Sem noção
A vida é assim
A gente vai a todo o vapor
trabalhando que nem cão
do meu conforto não abro mão
até divido o meu pão
e tem aquele que fala mal da minha razão
não tem coração
não aceita o meu casarão
nem o apartamento de magnífica visão
leva um pontapé no bundão
e depois pede perdão
perdão - não
e passa a viver de ilusão
perdido na escuridão
vai se desgraçando para ter satisfação
cai por terra toda a sua condição
perde totalmente a noção
pensa que todos são iguais nessa Nação
sente-se bem em morar num prédio caixão
de usucapião.
Astúcia 2001
O meu sentimento acabou
quando arremessei o cinzeiro de vidro
com veemência ao chão, estilhaçado
os cacos resvalaram em direção à janela
abrindo uma larga fenda
por onde escapou a minha dor.
Recôndito
Não pega na minha mão em público
Nega o meu beijo na praça
Tem medo de fazer juras
Mas, diz acreditar em disco voador
Secretamente, no lusco-fusco
amor selvagem, abrasador
Veja a loucura
desse fugidio senhor
Encobre-se por todos os cantos
quando o momento é para o amor
Mas, para destroçar o encanto
profere à luz do mundo
blasfêmias com fervor.
Favoritismo
Ah! Tenho todo o direito
de defender a moral política
do meu belíssimo país
Tenho sim o direito, sem doutrina partidária
estou a favor de uma Nação
libertária, expositiva
sem necessidade do dedo que tenta a mim
rotular e influenciar a minha ética ordenada
Tenho sim essa liberdade
a mesma que dou a todos e sem preconceito
porém, longe do fanatismo
do profundo egoísmo
com o propósito do poder individual
gritando aos quadro cantos
que é pelo objetivo social
Isso é nacionalismo extremista
é poderá ser o caos
Seja justo, faça a sua própria cabeça
não preconize um ritual
liderando ovelhas moucas
só instigará parvoíce
sem sentido, fatal
Para ter senso de liberdade e democracia
saia da sua zona de conforto
dispa-se do pensamento infértil
ande sobre a ardente fogueira do miserável
assim será douto para manifestar opinião.
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