Metamorfose

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Metamorfose da vida

Então, deixei os momentos irem, como pássaros que voam livre no verão e se protegem no frio do inverno, deixei o passado cair como as folhas de uma árvore no outono, mas sei que em toda Primavera ele voltará, mas voltará como lembranças e só assim deixarei brotar o presente, assim como as flores, florescendo e espalhando o seu perfume, e enfim esperarei o futuro chegar assim como os pássaros esperam o verão para voarem livremente, as folhas de uma árvore que esperam o outono para caírem e as flores a Primavera para florescer e exalar o seu perfume. Assim somos feitos, como lagartas e borboletas, passamos pela metamorfose da vida, que é feita de passado, presente, futuro, momentos, lembranças, verão, invernos, primaveras, outonos.

Arte é o reflexo da alma em metamorfose.

METAMORFOSE
Um longo tempo fiquei num casulo
Tão só, tão triste...
Eram tantas dores
Tanta solidão!
Chegou um tempo
Em que meu corpo não cabia mais naquele pequeno mundo
Um aperto, quase me faltava o ar.
Eu precisava me libertar , respirar!
Quando me percebi no casulo
Um fio de luz reluziu lá de fora
Era apenas uma pequenina fresta
Precisei de coragem para lutar contra meu medo
Escancarei a pequena fresta
O medo do desconhecido era grande
Mas, pela fresta já aberta,
Aos poucos fui saindo
Corpo úmido, cansado, dolorido...
Já via a luz vinda lá de fora
Como era linda!
Era o brilho do sol, que com seu calor me secou
O peso se desfez, senti-me leve
Foi tamanha a surpresa: Percebi que tinha asas!
Agora poderia voar!
Ah! Como são lindas as minhas asas
Olhem! Posso voar linda, solta pelo ar...
Deu-se então a metamorfose
Deixei de ser uma insignificante lagarta
E tornei-me uma linda borboleta
Liberta das dores e da escuridão!
Eu, timidamente livre
Livre para voar
Para viver
Livre para o amor
Livre para sonhar! E você, o que te impede de sair do casulo?

" (...) Minha vida
É feita de metamorfose
E através dela eu ganho
Asas em busca dos meus sonhos."

Eu prefiro ser essa metamorfose âmbulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...
Sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei por que.

Raul Seixas

Nota: Trecho da música "Metamofose Ambulante" de Raul Seixas

METAMORFOSE


Lá vai a feia lagarta deslizando com seu jeito desengonçado por entre folhas e flores. Ela está sempre apressada, em busca de alimento. Não percebe o sol que a aquece, a brisa que a toca, nem as belezas que a cercam. De algum modo ela sabe que tem de ser rápida. Acumular energia, seu instinto a avisa que seu tempo é limitado, finito. Então sua forma flácida desloca-se sem parar.
Eu fico olhando-a, tomada de certa repulsa, controlando a vontade de jogá-la para longe de mim, ou, com a primitiva crueldade inerente a todo ser humano diante do feio, esmaga-la sob meus pés.
Mas algo em mim se contém. Ela é tão persistente! Repentinamente sinto-me tão parecida com ela. Penso na minha fase lagarta. É quando embrenho uma corrida desenfreada na selva do meu cotidiano, em busca de alimento que abastecerá meu EU. Fase egoísta onde se me é difícil olhar para o lado. Onde meus sentidos conduzem-me como autômato, em busca de acúmulo de energia estagnada, que torna meu espírito obeso. Mas definha minha capacidade de doar e torna anoréxica minha compreensão.
Tenho fome e tenho pressa! Mas não tenho uma meta, um objetivo ou um rumo. Nem consciência. Apenas existo.
Então, das entranhas da minha alma, sinto nascer uma nova necessidade. Eu não a compreendo a princípio. É também uma espécie de fome: falta-me um complemento. A pressa sai de mim e achegam-se às divagações, começam os questionamentos. E o mundo que antes era meu limite, torna-se cansativo.
Lá vou eu, feia lagarta, construir um casulo, onde, na escuridão permanecerei inerte.





Difícil decisão! Admitir que meu espírito é flácido, gelatinoso. Não gosto da forma que tenho, não suporto mais ser lagarta. No aconchegante escuro do casulo onde me encontro, readapto minha visão. Fecho os olhos, abro a percepção e olho para dentro.
Espio nas gôndolas da despensa de minha alma, avalio os alimentos ali estocados.
Quanta coisa que nunca consumirei! E quanta fonte de energia sadia!
Ei! Eu não preciso de tudo isso que guardei. Posso repartir, alimentar.
Olhando com mais atenção, vejo que na ânsia de abastecer-me, tornar robustas minhas certezas, muitas coisas perderam o prazo de validade:
Tornaram-se dúvidas.
Repentinamente o breu torna-se luz e posso ver com exatidão. Ela, a esperança, vem fazer-me companhia. Mas ainda sinto o frio da solidão.
Não posso mover meu corpo inferior, as pernas da minha força de vontade ainda estão atrofiadas. Começo uma longa sessão de exercícios, reeducarei meu instinto, alongarei minha bondade e estirarei ao máximo os músculos do amor incondicional. Então, depois de muito tempo sinto uma nova sensação. Ela sai de mim em forma de uma morna lágrima, deslizando silenciosa pela face resignada da honestidade para com minha condição.
Quero sair daqui, quero nascer de novo. Adquirirei uma nova forma.



O suor escorre de minha face enquanto rasgo o útero da minha segurança. Os soluços do choro que não pode ser contido umedecem as finas membranas que me farão adentrar num mundo novo e desconhecido.
E nasço de novo! Sinto dor. A dor de nascer e saber se impossível retroceder.
Movo os longos apêndices que saem de mim. São asas! Posso voar. No afã de recomeçar, recolho todos os meus pertences, quero subir, redescobrir.
Muito rapidamente percebo que não posso levar nenhum peso sobressalente. Então dou um emocionado abraço de despedida na parte de mim mesma que ficará para trás e o vento brando me leva sem rumo.
Provo o néctar doce da emoção, sinto o perfume da minha nova capacidade. Sou a persistência de levar a beleza. Sou a candura de ver um mundo encantado. Sou a poesia da renovação. Infinitamente mais frágil, mas serenamente mais sábia.
Meu íntimo avisa-me que este é meu último estágio, devo desviar-me dos ventos fortes das dificuldades, do peso sufocante do medo da altura. Embrenhar-me neste fascinante mundo do querer. Eu não tenho nenhum medo de errar.

Metamorfose - I

É bossa nova o som que sua luz toca
Mescla os raios de sol ao puro vermelho
Que enaltece sua branca face em anseio
A confirmar meu juízo: é carioca

Mas não conclua agora nem muito pense:
Leves traços, mas seu olhar irradia
O poder de atrair com toda a ousadia
E assim me faz pensar: é brasiliense

É a moça que brinca com meus sentidos
É dentre todas, a mulher mais bela
É a dona dos tesouros escondidos

Onde o sol e o céu são somente dela
É a menina que faz sonhos partidos
E eu pergunto: afinal, quem é ela?

Do livro "METAMORFOSE" BY BARTOLOMEU ASSIS SOUZA

ARGILA (B.A.S)

Faço, d'argila de que sou feito
Boneco tão parecido comigo
O ar quente que exalo
Endurece o que antes era maleável

Se o barro faz alguém
Sou essa argila da terra moldada
Produto criado, cozido e temperado
E esse boneco sou eu, ou argila?

(Bartolomeu Assis Souza, especialista em linguagens, poeta)

Eu sou dia e noite, chegada e partida, uma pluralidade de sentimentos, metamorfose contínua, sou Humana aprendiz eterna da vida!

A capacidade de hoje enxergar as coisas assim demorou para acontecer...é como uma metamorfose em que enquanto lagarta ninguém pode abrir o casulo e te tirar de lá...porque isso inibe suas forças de voar...
Por mais que os amigos tentem, falem, se esforcem para que possamos nos transformar em borboletas, temos que romper os casulos sozinhos...sem muletas emocionais...

***O voo só é livre quando você percebe que foi você quem decidiu voar!!!!***

Sou assim, esta metamorfose ambulante
que apenas busca o caminho da felicidade,
sem se preocupar com o que pode me ocasionar.
Buscando a qualquer preço um sentido na vida para ser feliz.
Apenas mais um escravo do mundo, vivendo uma prévia realidade,
Que me leva a solidão...

Metamorfose

Não admito essa realidade feroz, que me torna tétrico, introspectivo ,não suporto , anseio uma vida mais bela, ausente de mazelas, quero ser , não quero ter, se sou te possuo, mas te tendo posso te perder, chega devagar procurando habitação, eu a quero, fixa e fica aqui, te apreciarei como nunca, serei o que precisas, mas venhas, venhas depressa, depressa...chega de tardar, não demores...por favor não demores.

Kafka

Metamorfose:
Teu universo
É o meu verso
Meu uni
Uno
Único
Únicoverso
Universo.

E como uma lagarta vou me permitindo sofrer a metamorfose natural da vida, renascer sempre, transformar dificuldades em desafios, medo em superação, dor em força, porque quem não se permite mudar não evolui !

Mudanças são necessárias erga a cabeça,
Repita a dose,
Sem metamorfose,
Não havia borboletas

E da dor me transformo em flor
Metamorfose ausente de pudor
Do líquido espesso e sem rigor
Essa mistura de corpo e flor
Se vê viva ao se expor
Não há qualquer resquício de rubor
Não se compra, não tem valor
É mulher
É flor
[independente de amor]
Mas se amor flor for
Me despetalo ao seu dispor

Metamorfose

Ouvi um trem à distância
às 4 horas da manhã
o dia realmente começara diferente
pois ali,
não havia trem
muito menos Maria Fumaça
e nem mesmo dia,
ainda era madrugada

Silhuetas das estátuas
à frente do sol
formando bela fotografia contraluz

meus olhos
pela primeira vez
acompanharam pássaros negros
em câmera lenta

Na serra
a natureza dizia,
seja bem-vinda
bosque-se
busque-se
e encontre-se.

O verde estava sereno e pálido
como quem sofre calado
e a vida é bela outra vez

é como se,
a melhor música
ecoasse na imensidão do céu
distribuindo toda magia musical
nas caixas acústicas de nuvens

Quero ser apenas uma Metamorfose Ambulante, ou apenas Ouro de Tolo. Porque Eu Também vou Reclamar.
Quero viver na Sociedade Alternativa e pegar o Metrô Linha 743, ou até mesmo o Trem das 7 e como Vovó já Dizia, nasce o novo ano. Por isso Tente Outra Vez.
Quero viver como o homem vive com Medo da Chuva e na Louca Paranoia, pode ser como Al Capone, porque...

Eu nasci há dez mil anos atrás!

Apesar das dores da metamorfose, é sempre enriquecedor nos "metamorfosiarmos".

⁠lagarta não precisa de um milagre para ser borboleta, precisa de um processo chamado Metamorfose. Uma transformação de dentro para fora! Do mesmo modo o ser humano necessita passar por processos de transformação em seu eu interior e viver livre a verdadeira essência.