Mesa do Pobre
O Natal não começa perder o sentindo quando vai sobrando espaço na mesa por pessoas que partiram e sim pela ausência de pessoas ainda vivas, mas que não foram convidadas ou que de certa forma foram esquecidas. Para essas pessoas com o passar do tempo essa data vai perdendo a magia e se torna mais um dia comum igual a qualquer outro.
Não sente-se em uma mesa onde se fala mal de outra pessoa, pois quando você se levanta você vira o assunto.
MESA DE BAR
A noite é fria... Lá fora a chuva incessante
Lembra tua ausência que chega a todo instante...
O seresteiro indiferente à minha dor,
Solfeja notas de saudades em langor!
A canção me diz de cabelos anelados,
Longos cachos de fios negro – prateados,
A lembrar teu rosto amado, teu corpo esguio...
Versos de queixumes, lamentos entoados,
Que dentro d! alma ressoam em tons magoados,
E então me perco num olhar distante e frio...
As mãos do artista deslizam ágeis, ardentes
E ao som do piano ando em voos transcendentes...
Na febre dos desejos e da insanidade,
Vejo-me longe, fora da realidade...
Onde estás? Que fazes doce criança?
Meu alento! Derradeira esperança!
Ah! Sorte madrasta... Incauta solidão!
Pobre vate: Inunda de dor a face ingrata,
Tal qual a chuva lá fora, caindo em prata,
Inunda de lágrimas a negra imensidão!
'"DESPERTANDO LEMBRANÇAS"
Talvez já não te lembras, mas um dia
Eu te vi na mesa, fichas procurando
De minha parte pode ser até fantasia
Mas parei para ficar te olhando
Alguma coisa em ti, me chamou a atenção
Talvez seus olhos, talvez sua beleza
Que despertaram em mim uma emoção
Ou talvez uma grande surpresa
Peço desculpas por isso ter lhe falado
Pois eu senti muita alegria
pois você me lembrou alguém do passado
A quem dediquei meu caderno de poesias
Todas feitas no ano retrasado
Todas feitas de minha autoria
Uma garota que eu amei muito
Que hoje por mim, foi esquecida
Tinha um sorriso e um olhar tentador
Igual ao seu, mas que marcou a minha vida
Peço desculpas, pois nem a conheço
mas você agora,também está em meu caderno
como escrita de beleza em poesia
um ser humano de face feliz e eterna
Que me despertou a felicidade
De viver a vida com amor e alegria
ORIGINAL ESCRITA EM 11/10/1988
POESIA NO FRIO E CALOR
Sentado, com uma folha de papel em branco
sobre a mesa, me pergunto, escrevo ou não?
O dia frio deixa o cérebro disperso.
Tento escrever, as palavras não se juntam,
conseguirei escrever um verso?
O que faz o poeta quando escreve?
Necessário é para se falar de amor, ter de haver
calor?
No frio , o pensamento voa para perto do ser amado
sem vontade alguma de escrever.
Com o frio os carinhos e beijos, ajudam o coração
a se aquecer, e ao corpo dão uma inspiração, para
amar e viver.
Em assim pensando ao lado dela fiquei, a mão a
caneta pegou, o cérebro acordado ficou, o verso
começou a sair, e eu logrei escrever.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
CASA VAZIA
Porta entreaberta
Mesa ao canto
Moringa cheia
Janelas gritantes
Chão vermelho
Mancebo abandonado
Nem latido no terreiro
Somente roupas emolduradas no varal
Tudo responde com eco
A seca tira da mesa
o que o chão tem pra ofertar
quem parte leva a tristeza
e a saudade desse lugar
mesmo que faça riqueza
no peito crava a certeza
que um dia tem que voltar.
Quem come da mesa de pobres também é digno de mesas nobres, mas os nobres, de coração cruel, não são dignos nem da sua própria família.
𝑻𝒂𝒃𝒖𝒍𝒆𝒊𝒓𝒐
Sobre a dramática mesa de mogno,
Esculpida com grifos estilizados,
Onde figuram criaturas míticas aladas
De estilo gótico
De peças pulcras, ouradas
Majestosamente disposto
Encontra-se o tabuleiro de xadrez
Sentados em lados opostos,
Dois senhores corpulentos,
Vestidos com tecidos nobres
Sobre suas cabeças, cartolas acinturadas
De rara seda de confecção francesa,
Ambos com uma das mãos apoiadas em bengalas,
ornadas com pedras preciosas
Guiados por suas paixões insensatas
Movem as peças com precisão,
Uma a uma
Peões contra peões
Quando, por ventura, algum destes se lança
Com sucesso,
Ameaçando o rei,
A torre, o bispo, o cavalo ou a rainha
Movem-se sem piedade:
Em punho, a lâmina do ataque amolada
O peão não queria outra coisa senão a vida,
Achava-a desejável,
Só queria saciar seu desejo,
A vontade ávida de vida
Mas cometeu seu erro fatal:
Passou a querer mais...
Quem espiava,
Jamais aceitaria um peão ascender
Quem comandava era a ganância,
Não havia lugar ao sol para o peão
O tabuleiro continuará a existir,
Como se o mundo fosse
O que não existirá mais será o peão sacado,
Para o escárnio do vencedor
Caberá aos peões,
Que não se opuseram à luta dos seus entre si,
Assistir, mais uma vez,
À vitória dos reis que comandam o jogo!
*𝘗𝘢𝘶𝘭𝘰 𝘑𝘰𝘴é 𝘉𝘳𝘢𝘤𝘩𝘵𝘷𝘰𝘨𝘦𝘭
O povo sorri se tem pão a mesa, mas, as lágrimas caem quando o desejo de verem os seus filhos realizados, não parece ser uma certeza numa ÁFRICA instável.
Se você tem comida na mesa, roupa no corpo, um teto sobre a cabeça
Uma cama pra dorme e saúde, você é rico sim, já parou pra pensa que enquanto você reclama de tudo isso, tem alguém que só queria ter o que você tem, que tem pessoas muito feliz com menos quer você!
Seja grato por tudo, saiba adquire a felicidade com o que você tem... Busque por melhoras, mais nunca de esquecer de quem você é!🍀
Cruzou as mãos sobre a mesa, fechou os olhos, encostou a testa nos polegares [...] não estava rezando. Carecia da esperança necessária para oração. // Livro: Intensidade.
A nossa proposta enquanto membros da sociedade onde a gente sofre por falta de pão a mesa, é nos colocarmos a disposição dos pés descalços, ainda que para isso tenhamos de deixar o conforto dos nossos lares.
ATOR NILO DEYSON
Sou muitos em mim e todos se assentam a mesa comigo. Sou exatamente um espírito sensível, na arte de sentir, interpretar no teatro da vida todas as formas de amar, seja qual for, amar é defender um porquê.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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