Mentir
SINCERICÍDIO: MATANDO COM A VERDADE.
Sabe aquela pergunta que te fazem, em que a resposta certamente vai magoar se você a disser? Você pensa rápido, tentando achar uma forma de responder com sinceridade sem que machuque, mas na pressão do “quem cala, consente” você acaba falando o que vem na cabeça... E prefere correr o risco do “dizer a verdade ainda que doa”, ao invés de mentir.
De fato, mentir não é legal. Mas matar com as palavras também não.
Sincericídio é isso! É matar com as verdades.
Na maioria das vezes, são apenas as nossas verdades. Nem sempre são as verdades do outro, muito menos a verdade única e absoluta.
Sincericídio é um tipo de homicídio doloso, pois mata com a vaidade de falar o que o outro (talvez) mereça ouvir, ou com a vaidade de parecer sincero (qualidade de poucos), ou ainda com a vaidade de parecer sábio e correto.
Diferente de ser sincero ou sinceríssimo, o sincericida é um egoísta - vaidoso e maldoso - que nem sequer pensa no efeito do que fala, pois não mede as palavras, ou as formas e momentos de se dizer (se é que é preciso dizer). Muitas vezes fala sem ser perguntado, perdendo assim a oportunidade de omitir (que é mais válido do que mentir ou dizer a verdade com sinceridício), sendo então um inconveniente, intransigente e insensível.
O sincericida, além de ser homicida é, consequentemente, um suicida.
“A língua é uma arma com munição infinita até que seja disparada contra o próprio dono, pois o peixe morre pela boca e o homem pela língua”.
Enquanto ele mata o outro com o peso das palavras, morre a oportunidade de amizade. Com isso ele morre para quem matou. É um tiro na testa do outro e um na própria têmpora!
Entre morrer entalado com as verdades que não disse ou matar por sufocamento de verdades ditas, o melhor é não se meter aonde não é chamado. Falar somente o necessário, quando necessário, se for necessário.
Quem ama não mata, morre.
O amor nem sempre fala, às vezes ele só escuta.
A verdade dói, mas a verdade dita sem amor mata de dor.
Seu último pensamento consciente foi nojo da vida: seus sentidos tinham-lhe mentido, o mundo não era feito de energia e delícia, mas de sujeira, traição e lassitude. Viver era horrível e morrer não era melhor, e de um lado a outro do universo essa era a primeira, última e única verdade.
Cedo ou tarde a verdade aparece. Não tente ludibriar a vida, nem aos outros com inverdades, pois na realidade você estará enganando é a si próprio. Ninguém foge da própria consciência.
Às vezes costumamos dizer para nós mesmos que não precisamos ser amados, que não há necessidade de um " eu te amo " todos os dias pela manhã. Mas a verdade é que não se pode mentir para o próprio reflexo quando se está cara a cara com o espelho.
Amar enganando é uma apunhalado no próprio coração! Triste é saber que não tem nada pra esconder... Mentes porquê?
As vezes é preciso deixar. Deixar de lado, deixar mudar, deixar livre, deixar guardado, deixar do jeito que está. Deixar mentir, deixar sorrir, deixar sofrer, deixar viver. O importante é deixar acontecer... controlar nem sempre é a melhor saída, deixe descontrolar.
Represa De Mágoas
No interior de um sorriso feliz represando um triste nos frisos da pele enrugada e esticada se perfaz um ingrato consigo mesmo, iludido pela transparência ofuscada da mentira e da desonestidade em seus sentimentos açoitados.
A base dessa ilusão são os singelos exemplos de força e sobrevivência buscados em momentos, em sons ensurdecedores onde o não tão inocente se arma para ser o próximo.
Em nossos reflexos desviamos o olhar para onde nossos olhos não enxergam, mas veem.
Analisamos erros e oportunidades achando que perdemos de ganhar e ganhamos de perder, de vencer ou concorrer.
Olhamos para frente e não nos vemos lá, ou quem sabe sim, mas como, com quem e de que forma?
O melhor a fazer é curtir o momento, viver o tempo como se fosse o último, assim nos embriagamos sem álcool, onde o tempo nos passa e ultrapassa como em movimentos motores vistos pela sua janela.
Arbustos, árvores, pedras e sinais ficam para trás, deixando não rastros, mas evidências de que por ali passei.
Com um pouco mais do passar do tempo percebo que nunca perdi nada, nem mesmo deixei de aproveitar algo, pois as pessoas apesar de deformações e formações são as mesmas.
O que pensava ser bom se torna simples, o doce se torna inverso, e tempo perdido sinônimos daquilo que nunca fiz nem nunca tive.
Agarrar momentos é como apertar o líquido, o vento, areia e o pó, podemos tentar, mas se vai assim como veio e seu ciclo percorre linhas circulares.
Quero chorar quando sentir dor, berrar quanto meu fôlego suportar e minha garganta raspar.
Quero me afinar em gargalhadas, deitar e suspirar passando minhas mãos sobre meu lençol.
Quero olhar para as paredes e sentir a liberdade e a inocência mental da honestidade em meus momentos seja ele qual for ou onde quer que seja.
Não anseio por choros de lamentações nem sorrateiramente declino meu pensar em cargas passadas, mas endureço as vigas que sustentam minha vida, e essa mesma razão desenharei em cima daquilo que um dia me derrubou.
Não quero momentos, nem distância daquilo que me fez mal, muito menos quero ser aquilo que serei sem as cores que me borraram.
Posso não mudar o que passou, mas posso unir experiências boas e ruins, fortes ou fracas para reescrever minha história, pois o passado é imutável, mas o meu futuro é inquieto.
Autor - Massáo A. Matayoshi
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