Mensagens sobre a Terra
Semente
Terra fértil
Sou assim
Desejo-te, com folhas de cetim.
Manhã florida
Perfume de alecrim
Mas tudo está entregue
E condenado a um fim
E é tanta saudade
Anseios e esperanças
Sobre mim
Céus
E se a chuva não parar
E a terra não secar
Como o fruto vai brotar
Mas se parar de chover
E a terra santa torrecer
Quem será louco de querer
Essa seca pra dançar. ..
Que Deus tenha compaixão
E chame de São Pedro a atenção
Pra São Paulo não morrer
Com a sede do verão...
"" Imagine uma lua quadrada,
o sol quadrado,
a terra quadrada,
a skol quadrada...
Os cantos do mundo são os encantos do coração...
E é lá que vc encontrará o que procura...
Se houvesse amizade no mundo, jamais os céus seriam feridos, os mares tolhidos e o pão da terra bombardeado.
Os peixes, bailariam com os gatos e os ratos, em danças de alegre simbiose e as montanhas deixariam de parir ilusões.
NA TERRA DOS ESTARRECIDOS
Lá, na minha terra, gostam de mim,
Mas muito ao de longe,
Porque ao longe,
Assim
Feito num monge,
Não lhes calco os calcanhares
Nem lhes corto os discursos,
Iguais aos dos ursos
Arraçados de muares.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-11-2022)
A MENINA E A ÁRVORE
Desprevenido, plantei-te!
Sem escavar sequer um palmo
De terra do fundo germinador.
Quando brotaste o tronco esguio
E os ramitos
Pequenitos
Numa manhã chuvosa,
Custosa e fanhosa
De um Março marçagão,
Colei a minha trémula mão
À tua tão pequenina,
Magrinha,
Comprida, de pianista.
Parece impossível!
Haverá alguém que resista...
Deste-me na minha um esticão,
Como a querer fugir de mim.
Tomei isso como premonição
Negra,
Amarga
E fúnebre.
Continuas com a tua mãozita pequena
Da tua árvore a envelhecer
De madura,
No tronco e nos ramos
Mas com as maçãs tão verdes,
Ácidas,
Intragáveis.
Tão inutilmente
No perto,
Longe
De mim.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-05-2023)
TERRA-MÃE
Vinha o outono, de mansinho, a caminho.
Caíam chuviscos, ariscos, na terra-mãe.
Mostrava ela o interior do útero em ferida,
Naquela terra mártir em sôfrego revolvida,
Depois de lhe apararem os frutos do pão.
Daquele pão que ela nos dá airosa,
Famintos que somos do seu sabor
Que mata a fome da boca e do amor,
Mesmo quando a pedra nos sabe a rosa.
Era aquela terra, seio esventrado
Pela charrua crua e pelo arado,
Que depois serena acolhia a semente
Nas entranhas do húmus complacente.
Parecia-me uma mãe dolorosa
Que tinha acabado de dar à luz
Tantos filhos de uma vez só,
Que até o Criador celeste facundo
Em tom suave e místico, profundo,
Num clarão celeste que cega e seduz
Lhe começou a chamar de forma ardilosa,
Terra-mãe e avó-terra e eterna do mundo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-09-2023)
OUTONO SEM COR
Dantes, eram cores e terra em sono.
Eram paletas de inebriar no outono.
Agora, não sei porquê,
Ele já não pinta nem dorme
Nem come com fome.
Será que ele vê
O mundo mais estarrecido,
Que já nem folhas deixa no chão,
Quase todas tombadas no verão?
Que outono este, tão distraído…
E eu que queria tanto pintar
Talvez mais até borrar
Uma tela,
Simples, singela,
Com cores mágicas de encantar.
A minha musa inspiradora
Do outono multicor,
Sumiu-se farta da pose,
Nervosa pela neurose
Do mau pintor
Plebeu,
Que sou eu.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 26-09-2023)
DAQUI
Desta terra em que vos falo,
Outros em tempos a habitaram.
Consta que dela também se fartaram
Dos mandadores crista de galo.
Ó terra amarga de que não calo
As injustiças tamanhas,
Dos que a roubam sem abalo,
Por ardis e artimanhas.
Os ouriços embrulham castanhas
Com a carapaça picante,
Assim me rasgam entranhas
Gentes do pior tratante.
E então logo num instante
E sempre que for preciso,
Peço aos mandões não obstante,
Que tenham melhor juízo.
SAUDADES DE JÚPITER
Vivi tantos anos algures,
Num telúrico planeta
Chamado Terra...
Fugi para Júpiter um mês;
Esqueci o telúrico
E abracei o gasoso,
Num gozo
Sulfúrico.
Lá voltarei um dia, talvez …
Deixou-me saudades
O que Júpiter encerra,
Maior vapor
E muito mais amor,
Que na própria Terra,
De tantas necessidades.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-11-2023)
Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.
E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.
Deus, na nossa impossibilidade de termos a sua presença física, Ele nomeia anjos aqui na terra para nos ajudar. A estes 'anjos' damos os nomes de família, de amigos... ".
Assim como sinto o calor desta terra queimar,
O asfalto derretendo sob meus pés inquietos,
Também sinto esse calor em mim pulsar,
Um fogo interno que consome meus segredos.
Meu corpo, em meio à multidão,
Se contorce, buscando seu toque particular.
As luzes piscam, neon contra o crepúsculo,
Espelhando o tremor elétrico em minhas veias.
Os suspiros que saem de forma espontânea sussurram seu nome.
Silenciosamente aguardo por sua presença,
Sou um oásis de desejo demasiado nesta metrópole de milhões,
Como um sorvete de baunilha que escorre derretido em meus lábios,
Esperando que sua pele acalme minha sede.
Pulsando, queimando, suspirando, ansiando por seu carinho, a incontrolável chama é como um caos de buzinas e faróis, ecoando a imagem da sua terra de gigante em concreto armado, largo, profundo e rígido em minha mente, um vulcão prestes a entrar em erupção num mar de pedras, sou uma ilha de emoções contida neste calor urbano.
Felicidade sem formas.
Marcel sena
Noite sombria sobre luar tão belo
Orvalho que cai e a terra umedece
A lua se esconde o sol aponta
Raios de luz aquecendo corpo.
Nada precisamos falar
Nem todos precisam notar
Sobre a lamina da agua reflete a beleza
Que na alma fora tocar.
No vento o som ecoa
O retumbar de um coração
Som inocente cheio de significado
Melodia na harpa de Orfeu orquestrada.
Caminhos estreitos feitos de terra
Barreiras sempre hão de vir
No embalo de um Deus onipresente
Sentimento abençoado sempre vai ser.
Felicidade se faz presente
Nesses simplificados corações
Podem as noites não ter estrelas
Mas somente sua luz ilumina o coração.
SALVADOR - BAHIA - BRASIL
A terra do turista, do poeta do carnaval, a terra dos amores em céu aberto
dos amantes da boemia,
a terra dos faraós, do elevador
do senhor do Bonfim,
Aqui foi parido o Brasil Pela Baia de todos os Santos em Águas de março, cortada por morro em beira mar,
Terra do índio, do branco, do preto de todas as religiões e canções, quem aqui nasceu é soteropolitano, baiano da Gema, brasileiro do nativo.
O sertão é terra quente,
Quente como a paixão,
Que aquece o coração,
Feito brasa incandescente.
O sertão é sol nascente,
Que sorri a cada dia,
É um facho de poesia
Que dentro do peito inflama
O sertão é uma chama
É o fogo da utopia.
A ligação do terrestre ao celestial é através da oração. A distância entre a terra e o céu, a cruz alcança.
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