Mensagens Noturnas
EU SOU A POESIA...
Debruçada no papel
De noite, lua e estrelas
De dia, teu favo de mel
A mergulhar em cheiro
No pomar de flores no céu.
Eu sou a poesia...
Sinônimo que tira o teu sono
na efêmera madrugada
te levando ao êxtase
do mais intenso prazer.
Eu sou a poesia...
Que ludibria os teus sentidos
E em algumas doses de vinho
Embriago a tua alma
E viro musa no paraíso.
Eu sou a poesia...
Que ao se despir pra ti
Transforma o teu olhar
E fala com o teu corpo
No insensato pensar.
Eu sou a poesia...
Que te faz dormir
No acalanto dos seios
Cobrindo o perene amor
Dos dias forasteiros.
Eu sou a poesia...
Que arranha os teus versos
Beijando-te em palavras
Vorazes, completas
Em poema, derramadas.
Eu sou a poesia...
Que ao acordar te faz poeta
De rimas, versos e estradas
Dantes vida jamais trilhada
Nas vias da tua jornada.
(Celeste Farias, BH, 20/11/2013)
Nas horas mortas da noite
Quando acordado estou
Penso nas coisas da vida
E tudo o que ela ensinou
Penso no meu amor distante
E quão longe estou
Lembro do beijo gostoso
Que em mim saudades deixou...
Luto com meus demônios à noite,Escondo eles durante o dia,Ninguém me pergunta como foi meu dia,” o que fará sexta ?”,Beber para esquecer ou beber para reconhecer, que precisa crescer e amadurecer e parar de sofrer,De fato nunca se para de sofrer devemos aprender,Mas é claro não se prender a ninguém que apenas vise outro alguém,Hoje me perguntam,De quem está gostando ?,Me vejo refém,Da minha própria resposta, negativa,Apenas rezo em nome de Jesus amém,Felizmente ninguém me feriu novamente.
sob o sol da meia noite eu caminhei nu,
sobriamente e sem parar.
afoguei um astro com a maré do meu pranto
encurralei em algum canto o vento que soprava o ar.
tentei prender a força de um fino grito e em um suspiro...
eu chorei.
pra minha alegria eu chorei.
porque vivia eu chorei
porque amava eu chorei.
e eu nem sei porquê chorei.
"tons de rosa-madrugada e seus nós na garganta"
Para mim a noite não é uma criança
E tampouco sou seu brinquedo
Como raramente durmo tarde
Sempre acordo muito cedo
sou do campo,
sou do mato e sou da terra.
sou do céu cristalino de estrelas
e pirilampo nas noites sem lua.
sou da roça, do fogão a lenha
e da vela alumiando a historia.
sou do sitio e arreio em madrugada,
e sou dos pés descalços na grama molhada.
SONETO SEM SONO
Tarde da noite. Ao meu leito me abrigo
Meu Deus! E está insônia! Que conversa
Morde-me o pensamento, e tão perversa
Numa flameja que acorda, tal um castigo
Meia noite. E o silêncio também versa
Tento fechar o ferrolho, e não consigo
Da espertina. E assim impaciente sigo
Olho pro teto, numa quietude inversa
Esforços faço, remexo, me envieso
Disperso, nada! O sono se concreta
E o meu fastio já se encontra farto
Pego no devaneio, e o olhar ali reteso
Arregalado, e nesta apertura secreta
Fico ancorado neste túrbido quarto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/08/2020 – Triângulo Mineiro
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
ANDARILHO
era segunda
era noite
juntava as moedas
catava as migalhas
tinha fome
tinha sono
mente cansada
alta madrugada
deixei a barba crescer
pura preguiça
abandonei o espelho
pra não me ver adoecer
e assim adormeci
sem ver,
nem sentir
sem ser eu
EFÊMERO
Naquela noite fria,
chuva fina batendo na janela
ela olhava saudosa aquele guardanapo que dizia:
"Atropelaram meus sonhos, me ajude a juntar os cacos"
ela sorriu e pensou...
como o tempo voa
um ano já se passou desde que te vi
relacionamento se fez presente
você foi intenso e fugaz
seguiu seu caminho
e parte restante
é só esse guardanapo amarrotado
que eu escrevi pra você
naquela fria noite de solidão e vazio.
Naquela mesma noite
numa cidade distante
debruçado no parapeito 9º andar
ele observava a cidade orvalhada
silenciosa e adormecida na madrugada.
Pensou consigo,
hoje completaria um ano ao teu lado,
juntamos os cacos,
sonhamos juntos,
por tolices te abandonei,
utopias vãs,
e cá estou
solitário a imaginar
a falta que você me faz.
No início da noite você esteva comigo.
Me envolveu, me acariciou, me seduziu.
Era tão forte que me senti embriagada... Então me entreguei totalmente! Ah...era ilusionario e eu não percebi. Bastou um descuido meu e você me abandonou saindo sorrateiramente na madrugada, me deixando solitária e confusa em meio a milhões de pensamentos ...
Ingrato, traiçoeiro...
Para onde fostes? Volte para acolher quem não deveria ter sido abandonada na calada da madrugada.
Volte!
Apelos para o sono.
Já já o Sol nasce, mais uma vez para se por apagando sua cor e trazendo a noite e com ela a Lua que grita e vem a madrugada que guarda um silêncio ignorante, um céu estonteante, no pensamento num instante uma alegria ou uma tristeza constante...
Noite extrema, escura, sem Lua
Tudo passa pela cabeça, é uma boa hora
Talvez as respostas venham, vejamos...
Tanto silêncio preenche o vácuo
O corpo exausto procura descanso
A mente agitada não quer isso não
Passeio por enigmas, certezas, paisagens
Entro em cantos escuros, que nunca viram a luz
Tão cansada, cansada...
Ao mesmo tempo, também destemida
Consciente de que há tempo pra tudo
Do perfeito encaixe que sempre vêm
Já é madrugada, agora vai...
Sono chegando, as respostas também
Descanso a cabeça, a mente, as palavras
Vou com Morfeu para o outro além...
Hoje sou o sono que na noite perdi
Soterrada pela imensa gravidade
Em viagem diária e inevitável
Ao planeta madrugada
Fala, fala, grita e geme, oh! silencio falante da noite nos arranha e nos escarnece na alma como açoite pelas curtas lembranças e pelos passos errados e compassos das músicas surdas das esferas. Que é o canto híbrido das palavras que não tem som, nem movimento externo dançante mas perfura, ensurdece e fomenta a amarga inquietação em fel em nosso pouco preparado e apertado céu deste nosso covarde e intrépido coração que a tanto tempo já sobrevive e se arrasta por esta triste vida sem emoção e sem uma verdadeira paixão.
Vou passar bem!
Essa noite eu vou passar tão bem, porque você vai está do meu lado compartilhando da mesma Lua, das mesmas estrelas,
é tão bom ter alguém para dividir a intimidade no silêncio da madrugada,
vêm cobrir a minha saudade com a coberta quente dos teus carinhos,
quero me perder de novo e de novo no teu jeito doce de saber me amar.
“Quem nunca dormiu ao lado de um motor V8 roncando a noite toda, não sabe o que é dirigir acordado toda madrugada.”
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Partirei de Madrugada
Um dia partirei de madrugada
Enquanto o sol dormir.
Libertar-me-ei do pó, do nada
Que o tempo se encarregou de me cobrir.
Partirei só com a minha alma
Tal como nasci.
Leve como as borboletas,
Sem anéis, as mãos vazias
Para me encontrar com as violetas!
Hoje eu poderia virar a noite em frente meu computador... sentada numa cadeira... embrulhada de coberta e ouvindo músicas aleatórias que eu não conseguiria transpor em palavras tudo o que sinto e tudo que têm passado pela minha cabeça nesse exato momento.
Se nem as palavras são capazes de ajudar nesses momentos... o que fazer então?
Talvez eu devo parar, estacionar e esperar a poeira abaixar... logo eu, que sempre fui contra "estacionamentos"... logo eu que sempre tive pavor de não viver hoje por não saber o dia de amanhã... logo eu que sempre fui tão impaciente e discuti por inumeras vezes com o tal do tempo.
É... realmente devo parar, estacionar bem o carro da consciência, usar minha balança pessoal, me acalmar e colocar as idéias no lugar (pela milésima vez)
Pensando bem (e com calma) Deus sabe o que faz.
Assim Como o Sol não Abandona o Dia e a Lua nunca abandona a Noite e Deus não Abandona Seus Filhos só me resta acreditar e nunca abandonar Meus SONHOS !
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