Mensagens de Silêncio

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Ela refletia tudo sem nunca refletir, e que, com tanto silêncio e sombra, conseguia ficar à altura de qualquer luz.

O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio.

Machado de Assis
Esaú e Jacó (1904).

Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos!

Quero a loucura da saudade.
Quero o descontentamento que me faz grunhir
no silêncio das madrugadas, quando o cheiro
de dama-da-noite quase me sufoca no quarto.
A janela fechada não me protege da vida.
Não me importo.
Há mais perigos dentro do que fora de mim.

Teus Olhos

Teus olhos são a pátria do relâmpago e da lágrima,
silêncio que fala,
tempestades sem vento, mar sem ondas,
pássaros presos, douradas feras adormecidas,
topázios ímpios como a verdade,
outono numa clareira de bosque onde a luz canta no ombro
duma árvore e são pássaros todas as folhas,
praia que a manhã encontra constelada de olhos,
cesta de frutos de fogo,
mentira que alimenta,
espelhos deste mundo, portas do além,
pulsação tranquila do mar ao meio-dia,
universo que estremece,
paisagem solitária.

A convivência entre poeta e leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, não quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio...

As grandes almas sofrem em silêncio porque entendem que a dor é como uma dessas varetas de ferro que os escultores enfiam no barro para sustentar a estrutura e sabem que só nos livramos de um sofrimento depois de o haver suportado até o fim!

Seu espírito ansiava pela solidão e pelo silêncio que só um grupo grande era capaz de proporcionar.

O silêncio só é necessário quando não se tem nada de válido a dizer. Ele faz com que até os idiotas pareçam sábios por um minuto.

Ficar em silêncio não significa não falar, mas abrir os ouvidos para escutar tudo que está a nossa volta.

O medo é mudo; os aterrorizados falam pouco, parece que o horror diz: silêncio!

E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
– Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

As vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois.

Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Porque metade de mim é amor e a outra metade também.

O ar e o silêncio me deram a preguiça necessária para eu deitar em outra cama e relaxar do meu amor enlouquecedor por você.

Psiuu! Silêncio. Preciso que saiba: Não guardo nem dinheiro, vou guardar rancor e mágoas?

Que demônio benévolo é esse que me deixou assim envolto em mistério, em silêncio, em paz e perfumes?

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

(...)

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

Chico Buarque

Nota: Trecho da música Futuros amantes.

Secaram as sementes no silêncio da rocha e mineral. As palavras que não chegamos a gritar, as lágrimas retidas, as pragas que se engolem, a frase que se encurta, o amor que matamos, tudo isso transformado em minério magnético, em turmalina, em ágata, o sangue congelado em cinábrio, sangue calcinado tornado galena, oxidado, aluminizado, sulfatado, calcinado, o brilho mineral de meteoros mortos e sóis exaustos numa floresta de árvores secas e desejos mortos.

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto, Assírio e Alvim, 1993

Só o silêncio pode conter a sabedoria quando a vida está em risco. Nos primeiros 30 segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas, ferimos quem mais amamos. Por isso, o silêncio é a oração dos sábios.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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