Mensagens de Silêncio
"No silêncio dos meus Olhos posso te dizer tanto. Precisamos apenas de um momento e conhecerá o Olhar de um Homem que exercita a sua Alma em busca de Evolução".
"Em tempos loucos, salva-se quem faz do silêncio uma catedral cujas rosáceas são o estudo e a solidão".
Um dia ela acordou, tomou seu café e saiu em silêncio sem se despedir.
Descobriu que o invisível, não se compra com dinheiro.
Reconexão
Entre o ruído do mundo e o silêncio da alma,
volto a me ouvir.
Há tempos me perdi nas vozes de fora,
nas exigências, nas máscaras,
e esqueci o som da minha própria respiração.
Hoje, fecho os olhos —
não para fugir,
mas para encontrar.
Dentro de mim há um universo calado,
um jardim que esperava pacientemente
a coragem de florescer de novo.
Sinto o coração pulsar
como um tambor antigo,
lembrando-me de quem sou,
do que já fui,
e do que ainda posso ser.
Deixo o passado repousar,
como folhas secas que o vento leva,
e acolho o presente
com mãos firmes e abertas.
Sou o retorno e a partida,
a cicatriz e a cura,
sou luz que se refaz
toda vez que a escuridão me visita.
Hoje, reencontro meu próprio olhar
no espelho da alma.
E enfim entendo:
a paz que procurei no mundo
sempre morou em mim.
Silêncio do Tempo
Às vezes, o tempo passa como um inimigo invisível — leva embora os dias, os sonhos, e me deixa aqui, olhando o reflexo de alguém que não reconheço.
Há um vazio que não dói com gritos, mas com silêncio.
Um vazio que não pede ajuda, só quer entender onde tudo se perdeu.
Mas mesmo nesse vazio, algo resiste.
Um fragmento pequeno, quase apagado, sussurra:
“Ainda há algo em você que quer viver.”
E talvez seja isso o que resta de mim — a vontade de voltar a sentir o mundo,
de reconstruir o que deixei ruir,
de calar o medo e ouvir, enfim, o meu próprio renascimento.
“O tempo é o mestre invisível que ensina a existir, molda com dor, corrige com o silêncio e, ao final, consome o próprio ensinamento para devolvê-lo à eternidade.”
M. Arawak.
No silêncio da pele, um traço floresceu,
um beija-flor suspenso, leve como um sopro de Deus.
Ele beija a tulipa azul, respira seu perfume,
e no voo delicado, transforma o instante em lume.
Do caule, ele puxa um galhinho sutil,
como se bordasse no ar um gesto infantil.
Mas ali, no céu da alma, a palavra surgiu:
fé, escrita em voo, que jamais se diluiu.
E a vida, que antes era sombra sem cores,
tingiu-se de azul, verde, de novos amores.
Na pele, a tatuagem virou oração,
um desenho eterno, feito do coração...
No silêncio da noite serena, o vento murmua, suave e pequeno.
E as estrelas brilham intensamente, o céu é tomado pelo seu brilho, que mostra os segredos mudos guardados por elas.
O tempo passa carregando com elas a força de quem acredita, que a vida, embora aflita, vai sempre florescendo uma nova estação, como esperança no coração.
Há dores que não gritam... apenas ecoam no silêncio. Há corações que não batem... apenas cumprem o rito de estar vivos. E há almas que, de tanto sangrar invisivelmente, aprenderam a viver em estado de ausência.
Morrer? Como se mata o que já morreu por dentro? O que foi despido de esperança, esvaziado de fé, consumido pela saudade? O que vagueia entre os vivos, mas pertence ao território dos fantasmas?
Talvez morrer seja um luxo reservado aos que ainda têm algo a perder. Aos que ainda amam, aos que ainda sonham, aos que ainda acreditam. Porque há quem não morra... apenas continue existindo, arrastando o corpo onde a alma já não habita.
E é aí que mora o verdadeiro fim: não no instante em que o coração para, mas no momento em que a vida deixa de pulsar dentro do olhar.
“Você por você”
Desde criança, eu me perguntava em silêncio,
por que os outros sempre partiam primeiro,
por que as mãos que eu segurava com afeto
soltavam tão fácil, sem olhar pra trás.
Fui leal — até nas horas que doíam,
e mesmo assim, vi portas se fecharem,
vi sorrisos trocados como moedas gastas,
vi meu nome se perder nas conversas alheias.
Cresci, e o eco se repetiu:
amores que se desfazem,
família que esquece,
ausências que doem mais que palavras.
Passei dias trancada em mim mesma,
com o mundo batendo à janela
e ninguém notando o som do meu silêncio.
Aprendi que laços também se rompem,
que o sangue nem sempre aquece,
e que a solidão pode ser casa —
quando o amor não é abrigo.
Hoje, caminho leve, mesmo ferida,
porque entendi o que a vida grita:
no instante em que o cordão umbilical é cortado,
é você por você —
sempre foi.
No silêncio de uma noite calma,
A lua observa,
A brisa embala.
Corações partem,
Sonhos se desfazem,
Mas a esperança, eterna,
Nunca se desvia.
A cada estrela, um desejo pedido,
A cada sombra, um segredo guardado.
Mesmo em dor, há beleza escondida,
Na jornada, o amor é o nosso guia.
Nathalia Conde
Os livros são silenciosos. Eles permanecem num silêncio mortal até que alguém abra uma página. Só então eles contam suas histórias...
Tem dias que não quero falar muito .
Tem dias que só eu e minha saudade
Melhor o silêncio,
Pra que palavras ? pra quem não vai entender oque a gente sente.
SILÊNCIO
Se isolou, se fechou em sua concha protetora.
Se privou de tudo e de todos.
Estava convicta de que o silêncio a reconfortaria.
