Mensagens de Martha Medeiros
" Eu já não te amava com a mesma insensatez. Bastou saber que você havia pensando em mim, fosse pela besteira que fosse, e o meu coração já batia mais devagar, ganhava autoconfiança, eu podia voltar a respirar."
de um rali que escapei
quase ilesa
um pouco de lama na alma
e olho injetado de dor
descobri novas marchas
co-pilota de planos que não tinha
tirei meu nome do mapa
e segui a trilha sozinha
você teria ido sem mim
mesmo que eu não me atrasasse
você teria dito tudo aquilo
mesmo que eu não te ofendesse
você teria me deixado
mesmo que eu não propusesse
você faz tudo o que quer
mas sou eu que deixo tudo preparado
ele não é meu
porque não dorme comigo
mas também não é amigo
porque me beija e me vê despida
não é meu marido
mas telefona e reparte um passado
que eu queria também ter vivido
não é meu porque não tem roupas
penduradas ao lado das minhas
não tenho dele um retrato
não passa comigo um domingo
jamais ganhei um presente
que não fosse de seda rendada
eu sou a preferida
de um homem comprometido
queria não ser um perigo
uma bomba que pode explodir
e deixar outra mulher arruinada
ele é o terrorista
eu o alvo escolhido
preferia aceitar um pedido
fazer nada escondido
mas ele não é meu marido
não é namorado, não é bom partido
não pode andar ao meu lado
não sabe a que horas acordo
não racha as contas comigo
não fica para ouvir um disco
não é exigido, não é meu parente
e anda sumido
nada é mais deprimente
quando chamo seu número ela atende
e eu desligo
descubro meus vícios assim
cheguei na cabana e pensei
sem têvê eu não fico
sem você eu não vivo
Preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história. [...] Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou. [...] Eu não sou melhor ou pior do que ninguém sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei.
Há quem diga que o tempo não existe, que somos nós que o inventamos e tentamos controlá-lo com nossos relógios e calendários. Nem ousarei discutir essa questão filosófica, existencial e cabeluda. Se o tempo não existe, eu existo. Se o tempo não passa, eu passo. E não é só o espelho que me dá certeza disso. (...)
A interferência do tempo atinge minhas emoções também. Houve uma época em que eu temia certo tipo de gente, aqueles que estavam sempre a postos para apontar minhas fraquezas. Hoje revejo essas pessoas, e a sensação que me causam não é nem um pouco desafiadora. E mesmo os que amei já não me provocam perturbação alguma, apenas um carinho sereno. Me pergunto como é que se explica que sentimentos tão fortes como o medo,o amor ou a raiva se desintegrem. Alguém era grande no meu passado, fica pequeno no meu presente. O tempo, de novo, dando a devida proporção aos meus afetos e desafetos.
Tem noites em que o sono não vem, me reviro na cama deixando que me invadam os piores prognósticos: não sobreviverei ao dia de amanhã, não terei como pagar as contas, quem me cuidará quando eu for velha, o que faço com aquela camiseta tenebrosa que comprei, não posso esquecer de telefonar, de dizer, de avisar, e o escuro do quarto pesa sobre minha insensatez, até que o dia amanheça me traga de volta a lucidez.
Coisas da Vida - Os Lúcidos.
Peruíce não é falta de gosto, e sim pânico gerado pela proximidade do fim. Muita gente tenta deter o tempo manipulando o próprio rosto e se caricaturando sem autopiedade e sem autocrítica. Porém, o tempo continua passando da mesma forma, só que ele é mais implacável com quem joga fora suas expressões, que é o que temos de mais jovial. Uma senhora idosa pode muito bem ter um ar de garota. É insano abrir mão disso para ficar com rosto de boneco de cera.
Coisas da Vida - A morte por trás de tudo
É difícil conviver com esta elasticidade:
as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos.
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos.
que tornam uma pessoa grande.
É a sua sensibilidade sem tamanho.
"Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la."
Primeiramente, me espanta o fato de todos terem certeza absoluta de que você vai morrer. Eu prefiro encarar a morte como uma hipótese. Mas, no caso de acontecer, serei obrigada mesmo a cumprir todas estas metas antes? Não dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?
Neste admirável mundo de contradições em que a gente vive, podemos até não gostar de chorar, mas trata-se apenas da nossa humanidade se manifestando: a conexão do computador, às vezes, cai; por outro lado, a conexão conosco mesmo, às vezes, se dá. Sendo assim, sou obrigada a reconhecer: chorar faz bem, não importa o álibi. É sempre a dor do crescimento.
O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice ….
"Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento-limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir."
Se as pessoas não se manifestassem agressivamente contra tudo só para tentar provar que são inteligentes. Se em vez de lutar para não envelhecer, lutássemos para não emburrecer.
Se.
“Doeu perder você. Passados quatro anos, ainda me lembro. É uma dor tão recorrente na vida de tantas mulheres e tantos homens, é assunto tão reprisado em revistas, é um sofrimento tão clássico e tão narrado em livros, filmes e canções, que
mesmo que eu não lembrasse, lembrariam por mim. É uma dor que se externa. Uma dor que se chora, que se berra, que se reclama. Uma dor que tentamos compreender
em voz alta, uma dor que levamos para os consultórios dos analistas, uma dor que carregamos para mesas de bar, para o escuro do quarto, onde permitimos que ela transborde sem domínio e sem verbo. A dor massacrante do abandono, da falta de telefonemas, da falta de beijos, da falta de confidências.”
Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.
“Eu, você e todos nós estamos a procura de algo que ainda não experimentamos, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes"
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp