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O acaso como nosso aliado. Se a felicidade depende de nossas escolhas, é da sorte a última palavra.

Martha Medeiros
Doidas e Santas

Eu, ao menos, não homenageio os autores que não me interessam. O contrário do amor não é o ódio, e sim a indiferença. Quem "odeia" está mais envolvido do que supõe...

Martha Medeiros
Crônica "Esculachos", 2010.

Nota: Trecho da crônica "Esculachos" publicada no Blog de Martha Medeiros no Donna, a 23 de abril de 2010.

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Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima. Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Só nos tornamos adultos quando perdemos o medo de errar.
Não somos apenas a soma das nossas escolhas,
mas também das nossas renúncias.
Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida.
Adolescentes prorrogam suas escolhas porque querem ter certeza absoluta
– errar lhes parece a morte. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada,
e sabem também que só a morte física é definitiva.
Já “morreram” diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida.
Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência,
perdemos o medo – e finalmente crescemos.

Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Deixe de colocar sua felicidade na mão dos outros. Comece um caso de amor consigo mesma e pare de se boicotar.

Toda emoção é inconstante, toda paixão é bipolar. Tudo é mistério, tudo é instável, e sorte de quem aprende a se equilibrar nessa gangorra.

Pessoas como eu sofrem mais, se decepcionam mais. Por outro lado, crescemos. Evoluímos. Amadurecemos.

Expectativas são sempre angustiantes, a realidade nunca corresponde à nossa fantasia.

Era verão ou qualquer troço assim,
lua cheia ou algo parecido.
Uma saudade ou quase a mesma coisa,
era amor ou mais ou menos isso.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou eu mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora.

Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (está certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.

Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter - juízes indefectíveis que somos da vida alheia, mas é um atrevimento nos outorgarmos o direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz. A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã. Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

Martha Medeiros

Nota: Trecho adaptado de um texto publicado por Martha Medeiros. Muitas vezes é atribuído erroneamente a Arnaldo Jabor.

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Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo. É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim.

Quando a gente deixa de ser Aquela para se tornar apenas mais uma, dá vontade de não ser mais nada e sumir.

Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.

Martha Medeiros

Nota: Trecho de crônica de Martha Medeiros.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.