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Cada vez que fala de um sonho, usa um pouco da energia deste sonho para se expressar. E, de tanto falar, corre o risco de gastar a energia necessária para agir.

Sempre antes de realizar um sonho, a Alma do Mundo resolve testar tudo aquilo que foi aprendido durante a caminhada. Ela faz isto não porque seja má, mas para que possamos, junto com o nosso sonho, conquistar também as lições que aprendemos seguindo em direção a ele.

É o momento em que a maior parte das pessoas desiste. É o que chamamos, em linguagem do deserto, de “morrer de sede quando as tamareiras já apareceram no horizonte”.

Confie em seu coração, mas não se esqueça de que você está no deserto.

Ninguém deixa de sofrer as conseqüências de cada coisa que se passa debaixo do sol.

Uma busca começa sempre com a Sorte de Principiante. E termina sempre com a Prova do Conquistador.

Um Guerreiro da Luz sabe que ninguém ganha sempre, mas os corajosos sempre ganham no final.

AS JÓIAS DA IMPERATRIZ


Certa vez, uma imperatriz romana perdeu suas jóias preciosas. Foi anunciado por todo o império que quem encontrasse suas gemas perdidas antes de trinta dias receberia uma grande recompensa, mas os que as devolvesse depois de passado trinta dias seria executado. Samuel, um rabino Judeu, encontrou as pedras preciosas, mas as devolveu apenas depois de passado os trinta dias do praso. "O senhor esteve viajando?", perguntou- lhe a Imperatriz romana. "Não, eu estive em casa." "Talvez não soubesse o que avia sido proclamado?" "Não, eu sabia exatamente o que avia sido proclamado." disse Samuel. "Então porque não devolveu essas coisas, minhas jóias, antes de se expirassem os trinta dias?" Agora terá de ser executado." "Eu queria mostrar para a senhora que devolvi as suas preciosas jóias perdidas, não por medo, mas exclusivamente por temor a DEUS."


"Tudo é infinito, nebuloso e transitório; só a virtude é clara"

Elegância e Delicadeza


Shibumi é uma palavra japonesa difícil de traduzir. Um mestre a utilizou para descrever um jantar em uma aldeia francesa. "Os Japoneses usam essa palavra para qualificar sua arquitetura", explicou ele. "Shibumi significa a total simplicidade, de repente quebrada por um arranjo floral, que enfeita o ambiente. Por causa disso, a beleza das casas japonesas é mais sofisticada que a beleza das casas ocidentais, sempre cheias de objetos, uma confusão visual". Um Guerreiro da Luz precisa ter Shibumi: simplificar sua vida, mantendo a elegância e a delicadeza.


[ "O Passado não existe mais; o futuro não chegou; só existe o presente. É só no presente que a natureza divina da alma humana livre pode manifestar-se." ]

Cada momento de nossa realidade é diretamente influenciado pela nossa maneira de achar como uma “realidade” deve ser.

Viver o Presente

Todos já tivemos experiências difíceis. Isto faz parte de nossa passagem pela Terra. Por outro lado, é mentira pensar que tudo que acontece conosco tem seu lado bom. Existe coisas que deixam marcas muito difíceis de superar. Só existe uma maneira de nos livrarmos das experiências amargas: viver o presente. Aproveite sempre o agora. Como diz a célebre frase imortalizada pelos hippies: "Hoje é o primeiro dia do resto da minha Vida".

É muito complicado viver. Era preciso correr riscos, seguir certos caminhos e abandonar outros... Mas isso não era o pior. O pior era escolher, e ficar o resto da vida pensando se escolheu certo. Nenhuma pessoa era capaz de escolher sem medo.

A melhor maneira de servir a Deus é indo ao encontro de seus próprios sonhos. Só quem é feliz pode espalhar felicidade.

Paulo Coelho
Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei: eu sentei e chorei

O DISCÍPULO


Diz um ditado: quando o discípulo esta pronto, o mestre aparece. Pensando nisso, muita gente passa a vida se preparando para tal encontro. Quando cruza com o mestre, se entrega por dias, meses ou anos a fio. Mas descobre que o mestre não é o ser perfeito que imaginou, e sim um homem igual aos outros. Ao se ver diante de uma pessoa cheia de defeitos, o discípulo se sente roubado. Nessa hora, chega o desejo de abandonar a busca. Quando é assim que a coisa funciona, nos deixa livres para criarmos nosso próprio caminho. Pensando dessa forma, Edinilton Lampião deu uma versão para o ditado mágico: quando o discípulo está pronto, o mestre simplesmente some.

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.

(...) mas quando o teu riso entra
sobe ao céu à minha procura
e abre-me todas
as portas da vida.

quando os meus passos se forem,
quando os meus passos voltarem,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas o teu riso nunca
porque sem ele morreria.

XLVIII

Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
deixam andando duas sombras que se reúnem,
deixam um só sol vazio numa cama.

De todas as verdades escolheram o dia:
não se ataram com fios senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras.
A ventura é uma torre transparente.

O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
tem direito a todos os cravos.

Dois amantes felizes não tem fim nem morte,
nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem,
tem da natureza a eternidade.

Pablo Neruda
Cem Sonetos de Amor

O Inseto
Das tuas ancas aos teus pés
quero fazer uma longa viagem.

Sou mais pequeno que um inseto.

Percorro estas colinas,
são da cor da aveia,
têm trilhos estreitos
que só eu conheço,
centímetros queimados,
pálidas perspectivas.

Há aqui um monte.
Nunca dele sairei.
Oh que musgo gigante!
E uma cratera, uma rosa
de fogo umedecido!

Pelas tuas pernas desço
tecendo uma espiral
ou adormecendo na viagem
e alcanço os teus joelhos
duma dureza redonda
como os ásperos cumes
dum claro continente.

Para teus pés resvalo
para as oito aberturas
dos teus dedos agudos,
lentos, peninsulares,
e deles para o vazio
do lençol branco
caio, procurando cego
e faminto teu contorno
de vaso escaldante!

Áspero amor, violeta coroada de espinhos,
cipoal entre tantas paixões eriçado,
lança das dores, corola da cólera,
por que caminhos e como te dirigiste a minha alma?

Por que precipitaste teu fogo doloroso,
de repente, entre as folhas frias de meu caminho?
Quem te ensinou os passos que até mim te levaram?
Que flor, que pedra, que fumaça mostraram minha morada?

O certo é que tremeu a noite pavorosa,
a aurora encheu todas as taças com seu vinho
e o sol estabeleceu sua presença celeste,

enquanto o cruel amor sem trégua me cercava,
até que lacerando-me com espadas e espinhos
abriu no coração um caminho queimante.

Pablo Neruda
NERUDA, P. Cem Sonetos de Amor. Porto Alegre: L&PM, 2006.

O tempo lava e desenvolve, ordena e continua.
E que fica então das pequenas podridões, das pequenas conspirações do silêncio, dos pequenos frios sujos da hostilidade?

Per il mio cuore basta il tuo petto,
per la tua libertà bastano le mie ali.
Dalla mia bocca arriverà fino in cielo
ciò che stava sopito sulla tua anima.

E' in te l'illusione di ogni giorno.
Giungi come la rugiada sulle corolle.
Scavi l'orizzonte con la tua assenza.
Eternamente in fuga come l'onda.

Ho detto che cantavi nel vento
come i pini e come gli alberi maestri delle navi.
Come quelli sei alta e taciturna.
E di colpo ti rattristi, come un viaggio.

Accogliente come una vecchia strada.
Ti popolano echi e voci nostalgiche.
Io mi sono svegliato e a volte migrano e fuggono
gli uccelli che dormivano nella tua anima.

Otro

De tanto andar una región
que no figuraba en los libros
me acostumbré a las tierras tercas
en que nadie me preguntaba
si me gustaban las lechugas
o si prefería la menta
que devoran los elefantes.
Y de tanto no responder
tengo el corazón amarillo.

Virás comigo, disse sem que ninguém soubesse
onde e como pulsava meu estado doloroso,
e para mim não havia cravo nem barcarola,
nada senão uma ferida pelo amor aberta.

Repeti: vem comigo, como se morresse,
e ninguém viu em minha boca a lua que sangrava,
ninguém viu aquele sangue que subia ao silêncio.
Oh, amor, agora esqueçamos a estrela com pontas!

Por isso quando ouvi que tua voz repetia
"Virás comigo", foi como se desatasses
dor, amor, a fúria do vinho encarcerado

que da sua cantina submergida soubesse
e outra vez em minha boca senti um sabor de chama,
de sangue e cravos, de pedra e queimadura.

Pablo Neruda

Nota: "Soneto VII" de "Cem sonetos de amor"

No se cuentan las ilusiones
ni las comprensiones amargas,
no hay medida para contar
lo que podría pasarnos,
lo que rondó como abejorro
sin que no nos diéramos cuenta
de lo que estábamos perdiendo.

Perder hasta perder la vida
es vivir la vida y la muerte
y son cosas pasajeras
sino constantes evidentes
la continuidad del vacío,
el silencio en que cae todo
y por fin nosotros caemos.

Ay! lo que estuvo tan cerca
sin que pudiéramos saber.
Ay! lo que no podía ser
cuando tal vez podía ser.

Tantas alas circunvolaron
las montañas de la tristeza
y tantas ruedas sacudieron
la carretera del destino
que ya no haya nada que perder.

Se terminaron los lamentos.

Pablo Neruda
Corazón Amarillo

Vamos buscando a emoção
que não podemos encontrar
neste tédio sempre igual
que nos envolve o coração.

Enfermos deste eterno mal
que antes que nasça algum amor
alegrará com sua canção
esta amarga solidão,

o matará com sua dor
que soa como perpétuo
e lento toque de maldade
dentro do nosso coração.

Vamos buscando a emoção
que não podemos encontrar
e desejamos com ardor.