Mensagem para um Funcionario Destaque do ano
O universo odeia repetições, por mais que possam existir semelhanças, seja ao menos autentico e um pouco original.
"Se eu falasse para você o resumo da minha vida, talvez você achasse bobagem. A história de um Rapaz lutando para conseguir conquistar o amor da sua vida e que acaba sendo devorado por ódio ganância antes de chegar aos 30: "
VENDAVAL NO CERRADO (soneto)
Áspero, entre os uivos, em lufadas nos buritis
De um constante sussurrar de uma ladainha
Prelado em prece, bailam nos galhos os saguis
Na imensidão, quando a tempestade avizinha
Rezas sobre a melancolia, agitam os pequis
Sobre o cerrado, badala o sino da igrejinha
E, em refrega, no céu, desenha o arco-íris
Grassando poeira tal qual a erva daninha
Bufa, num redemoinho em tal longura
Que abres no horizonte em chiar bravio
Gemendo o sertão num suspiro funeral
E invade, como guerreiro, toda a secura
Do chão, num comando do seu assobio
Avança atroz no planalto... o vendaval
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/01/2020, Cerrado goiano
Surdina
No cerrado, lá no alto um sino canta
Da capelinha, num badalar soturno
Canta um sino e a melancolia pranta
Finda o turno!
Canta, pranta o sino no campanário
Como se assim se quisesse
Benesse, no chuvoso dia solitário
Resplandece...
Na messe! Canta e pranta silente
Na torre da igrejinha sem estresse
E o dia adormece, docemente
18 horas: - tal uma prece!
O coração abafado e vazio
Num acalanto o sino canta
Nebuloso dia... Que frio!
Triste melodia, triste mantra...
Sina!
Bate o sino... surdina!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/01/2020, 19’47” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
CAMINHANTE (soneto)
Há no tempo um momento de grandeza
que é o de espera e de um saber bendito
tudo passa, e a alma não mais fica presa
voa, e o sentimento regressa ao infinito
Um tal mistério do viver e de surpresa
estala a felicidade, do outrora tão aflito
rasga-se o amanhecer em ventura acesa
e da dor sentida, esvaem-se em um grito
Há no amor outra chance aos amantes
cada dia é mais um dia a um novo dia
e a sensação de perda se torna em vão
porque, entre desencontros soluçantes
terá aquele olhar tão cheio de harmonia
que irá trazer o esquecimento ao coração...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/01/2020 – Cerrado goiano
Essa garota, ela é ótima! Ela é como... um raio de sol. Tudo fica melhor com ela por perto, e eu não suporto a ideia de um idiota magoá-la. Não dá.
OUSADIA (soneto)
Longe do poetar o amor, a alma nua
A solidão escreve! Um silêncio cego
Do claustro, em um vazio e no ofego
Insiste e teima, sofre e tudo continua
Mas o velho coração na dor entrego
Na esperança que o pesar construa
Prática. E não a uma desilusão crua
Largue o querer, em um aconchego
De tal modo, que o viver no suplico
Então chore, grite, e assim agrade
A ilusão. E então valha o sacrifício
Porque a pureza, barda da liberdade
Da arte casta, nunca usa de artifício
Pra amar com leveza e simplicidade
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
UM CORAÇÃO (soneto)
Conheço um coração, tão apaixonado
Toca lira constante, e em que perdura
A amizade, presença do amor ao lado
Que ao senso vive declamando ternura
Evadido da paixão do estar enamorado
Num tatalar do peito cheio de loucura
Contente! Onde tudo vai bem, obrigado!
O acaso... ah! este tão cheio de aventura
E em seus corredores o gozo e o prazer
Circulam.... Os sentimentos são tantos
Sem avejões, sombras, só cândido lazer
Conheço um coração, se um dia sofreu
Não mais sofre, não poeta nos recantos
Este coração: - feliz e radiante é o meu!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O BEIJO (soneto)
Há no amor um toque de instante de magia
que é a do beijo, o afeto por ele entrelaçado
a alma em um infinito em êxtase de alegria
dos lábios comprimidos e todo encantado
Um mistério bendito de mutação luzidia
duma força e grandeza no prazer ansiado
aflito, mas, calmo nesta tão doce romaria
em um agito, corrompendo todo o agrado
O beijo flecha o olhar de todos os amantes
tão certeiro, em uma sensação de quantia
enfardando os pensamentos num abraço
É porque, entre os lábios ali soluçantes
o tempo estaciona, e ampara a harmonia
na paixão, no ser, ocupando todo o espaço
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/02/2020, 05’02” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
FRANCAMENTE
Não te amo por apenas querer amar
Como se fosses um olhar do desejo
Amo-te como se ama com o ensejo
De amar-te, assim, em qualquer lugar
Amo-te e neste amor eu te almejo
Dentro do meu peito a lhe poetar
O sentimento que vive a sussurrar
Na alma, e no doce ardente beijo
Me vejo, te vejo neste amor denso
Sem saber quando, como nem onde
Pois, o quero em mim por extenso
Francamente, aqui venho a lhe falar
Deste amor que não mais se esconde
E, que na prosa não quer mais se calar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020, 13’04” - Cerrado goiano
SONETO DO DESEJO
Quero-te no desejo sem fim
Um beijo que poete o amor
Aos sons dum anjo querubim
Assim.... no coração amador!
Que o olhar feche ao rumor
Da desdita, e vire-se pra mim
E beije-me com todo ardor
No meu amor que está afim
Viva só para a minha vida
Num esterno doce querer
Sem você ela é repartida
Quero-te no meu peito, ser
Prazer, e aos teus pés caída
A minha paixão, o meu viver!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/03/2020 – Cerrado goiano
Luciano, quem você é?
Sou um gajo que de ilusão me trajo.
Do século passado
como um sonhador, ajo
Trago comigo o chão do cerrado
entre currais e fogão de lenha
longe do presente e do passado
perto do devaneio, sem resenha
numa quimera que aqui eu caibo...
Cá chorei, ri, tive vario saibo
do fado!
E neste mundo diverso
adentro do sertão
nasci em fevereiro, do universo
sou das águas, da criação
e na razão, um tanto disperso...
Tive asas na inspiração
Confesso!
E no possível, muita emoção.
Aos anseios pouca meta
padeço a uma geração
quase nada me completa
quase tudo a minha admiração
sou planalto numa reta
porém, altos e baixos na imensidão
coração ferido pela seta...
Pelo menos penso
na minha opinião
se não, ah! sou intenso
eterno na paixão
e nos versos, denso.
Um poeta? amador... sei não!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina
VIA (soneto)
Venho de andanças, em um estio
Trago lembranças tão desgastadas
Das outras tantas outras moradas
Que não sei mais se choro ou rio
E no mar do céu de matiz pueril
Outrora fui talvez, tantas estradas
Tantas lágrimas por mim deixadas
Dadas ou pegadas, de vulto vadio
Hoje sou a saudade esfarrapada
Largada, do que um dia eu senti
Eu mesmo sou a razão que perdi
E nesta via de tão dura lombada
De alma ressecada e tão cansada
Nos sonhos que devaneei, morri!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de março de 2020 – por aí.
NUVENS (soneto)
Rasgam-se as nuvens no cerrado
Num céu de um azul tão profundo
Mergulhadas num infinito rotundo
Misturadas no silêncio seco e calado
A tarde aviva pro frescor encantado
Invade a imaginação num segundo
Com sua magia ao longe e ao fundo
Que mais parece um painel inventado
Surge estão outras, e outras tantas
Num passeio livre, assim, pelo ar
Bailam de lá para cá, e de cá pra lá
Ah! como algodão, paz, tão brancas
Torvam o céu, sem o céu incomodar
E com leveza, adorno no céu aporá
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de março de 2020 - Cerrado goiano
SONETO DO TEMPO
O tempo lá se vai, e vai apressado
Por um tropel das vândalas horas
E tão dispersas nas ondas sonoras
Do outrora, passando, é passado...
E o minuto pelo vento é levado
Alado, seguido... pelas auroras
Num voo certo. Duras senhoras
Da direção... as damas do fado!
Não fique espantado meu caro!
O amparo vem do seu bom viver
E do bem doado, amado, é claro!
Então, não se preocupe em correr
É aos poucos, em um querer raro
Lento, assim o tempo irá render...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Não é fácil ser um bom homem. Na verdade, quanto mais velho, mais difícil fica saber o que significa ser um bom homem. No entanto, também fica cada vez mais importante pelo menos tentar ser um.
(Rudolph Wegener)
Sei que sou um animal, mas me considero diferente dos demais; me acho especial.
Me acho tão especial que insisto em dizer que sou um animal racional, apesar de quase nunca racionalizar.
Sou impulsionado por meus instintos.
Quando faminto, como;
Quando excitado, copulo;
Quando ameaçado, fujo;
Quando provocado, ataco;
Faço simplesmente porque minha vontade manda que eu faça.
Não racionalizo.
Não meço as consequências das minhas decisões votivas.
Por mais que eu evite admitir essa natureza, não me envergonho em usá-la como justificativa de meus atos.
Fiz porque deu vontade.
Sou um homem. O animal mais irracional que há.
Sou um animal.
A NOITE
Oh! jornada negra! O silêncio debruçado
Lá fora... um raio rasgando o céu, espia
A minha alma, teimosa, cheia de porfia
Fria, chuva que cai, molhando o cerrado
No horizonte desfalece a luz do fim do dia
No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado
E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado
Troando a solidão da chuvosa noite vazia
Devassa... oh! jornada escura de loucura
Que estardalhaça no peito suspiro fundo
E excarcera o medo sem qualquer ternura
Pobre umbroso de arrelia, e moribundo
O sono, pávido e prostrado de amargura
A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 25 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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