Mensagem para um Filho de uma Amiga
As cartas que você me escreveu
Ontem eu reli as suas cartas
Enquanto as lembranças salgadas
Faziam borrões nos seus escritos
À medida que o tempo corria
A gramática realçava a ironia
De um ponto após o “infinito”
Nem as bordas do papel coloridas
Retomavam as cenas descritas
Por aquele texto estático
E as marcas das nossas escolhas
São as dobras daquela folha
Em um silêncio diplomático
Ontem eu guardei as suas cartas
Enquanto as lembranças fartas
Justificavam o meu ato
Abri a gaveta do criado mudo
E coloquei junto com tudo
Sua foto três por quatro
Não menosprezo a literatura,
Um ideal ou uma musa,
Camões ou Machado
Mas à medida que o tempo caminha
A vida realça a ironia
De um sentimento ser grafado
Quando éramos crianças
Ainda me lembro de quando éramos crianças
O sol batia na janela
E na nossa imaginação
Eram apenas brasas vindas de uma bola gigante
Sabe... a pureza do seu sorriso
Quando derrubava sorvete na roupa
Era motivo de riso pra mim também
Eu dizia que quando crescesse
Ainda seríamos amigos
Bem... e agora crescemos
Continuamos nossa amizade,
E... que estranho
Aquelas velhas brasas da janela
Parecem estar dentro de mim
Quando você dá aquele puro sorriso
E eu não sei o que dizer...
Sinto frio na barriga
Como se tivesse derramado sorvete
Quando você diz que finalmente crescemos.
Ah, o mundo é tão incerto
Será que te conheço tão bem
Que a amizade não é mais suficiente?
Ou será que o presente
Não é mais como era antigamente?
Pedido acanhado
Ei, me dá uma célula?
Você tem milhares, milhões...
Eu sei que é estranho, mas...
Sabe, se eu te pedisse seu coração
Estaria sendo sendo como todos esses egoístas
Que querem o vermelho das suas bochechas
Quando você fica com vergonha
Só para eles
Realmente, eu poderia pedir seus pensamentos
Mas acho que me atrapalharia todo
Pois já fico sem saber o que dizer
Quando me aproximo de você
Ah, ainda me sobra a sua atenção!
Mas não, isso também não vou pedir...
Porque a todo o tempo já sou atento demais ao seu sorriso
Agora, com uma célula
Terei apenas um pedacinho de você comigo
Mas nem com todas as cédulas dos poderosos
Eu cedo esta pequena grande parte de mim
A cidade
Lá está ela: a cidade
dotada de grande experiência
por já muito ter abrigado
gente de muito canto, todo lado
muitos ternos doutorados
e o João, coitado
que nem sabia o que era
o mundo globalizado
Mas também, a cidade
não quis parar no tempo
e aprendeu a se virar
está pronta parar abrigar
o Zé, o Paul, o Edgar
quem quiser ali ficar
por que, do jeito que está
é quase tudo um mesmo lugar
É tão fácil de encontrar
tudo o que você quiser
um carro, uma mulher
um romance, um affair
aquilo que vier
e o que você puder
Só não é fácil de achar
o que é nosso de verdade
a poesia da cidade
os cantos de quem tem vontade
de expressar como é bonito saber
que é um só no mundo
que quer ser um
Lá está ela: a cidade
dotada de grande excitação
por ser o coração
multicolorido de toda a nação
de gente de toda crença,
qualquer etnia, criação
a cidade da Maria,
e quem diria, do João
que agora sabe falar inglês
Mas continua sem saber
O que é a globalização
Quando ela voltar
Quando ela voltar
Talvez eu nem
esteja mais aqui pra escutar
Seu silêncio, seu cantar
O seu jeito de dizer
Que é melhor sonhar
Quando ela voltar
Talvez eu nem me lembre
O quando eu tive que esperar
Pra poder lhe entregar
O que não vai se perder
Nem se ela demorar
Já não sei o que fazer
Como é que vai ficar
Seu sorriso a muitas milhas
De distância do meu lar
Eu só posso é correr
Eu só quero me entregar
Eu não tenho que correr
É aqui que ela está
Seu sorriso é uma ilha
Em que eu fiz o meu lar
Eu só quero estar pronto
Para quando ela voltar
Quando ela voltar
Eu já nem sei o mundo
Como é que vai estar
Se de lá ou mais pra cá
Só sei que eu vou viver
Só sei que eu vou voar
"Pássaro Destruidor: quem não divide não voa !". ( Do livro infantil Baby Vale, Chuli Dog e o Pássaro Destruidor, editado pelo autor da frase ).
Amo-te tanto
que eu já nem sei
quantos nomes
eu dei pra essa saudade
que ultrapassa
as fronteiras do suplício
a ponto de me deixar
completo com a tua
ausência
Quando quero sorrir,
sorrio comigo, assim
baixinho, como fizesse
o mundo sentido maior que eu
Quando quero descobrir,
paro pra errar
muito mais que acertar.
Pode ser o tiro mais importante
que o alvo
Quando posso ser criança
recorro em maior parte
ao presente do que às lembranças
como fosse a vida
uma troca de brinquedos
Quando preciso ser adulto
lanço mão da experiência para
moldar o impossível: existem
cento e cinco mil caminhos
para a felicidade
Quando quero viver,
tiro os olhos da janela
e os coloco embaixo do nariz
e acima do umbigo
porque os substantivos
são da realidade e os
adjetivos são meus
Quando quero morrer,
simplesmente morro,
sem perder a hora de acordar
na segunda feira de manhã
Mas quando quero
ter você, eu posso
ser adulto ou criança,
morrer ou me descobrir,
viver e sorrir...
Só deite a sua cabeça
no meu ombro e deixe
os seus olhos refletirem
o pôr do sol
A loucura do amor...
Loucura? Não, não há loucura no amor...
Sensação pura que gera esse grande furor...
Mas, na verdade, acho sim enlouquecedor...
O que em algum momento me torna um sábio ditador...
Ditando as incriveis lições do inventor...
Inventou o Eu e essa tão paixão, a brasa maior desta doce sensação...
vivência significativa que mobiliza afetos e emoções ...
A loucura é além da expressão...
Quando penso na minha história
Abro um sorriso timido no meu rosto
O coração imediatamente palpita
Apenas por lembrar dos momentos de alegria
Essa palpitação é por esses momentos marcantes
Que de minha alma nunca deixarão de existir
Agradeço a Deus por tudo o que eu vive
E por vocês que me fizeram sorrir =]
Soneto do amor em si
Amo-te assim, sem troca e sem barganha
Sem resquício de culpa ou de perdão
Amo-te no limite em que a razão
Delira e me permite tal façanha
Amo-te, sem querer saber se ganha
O ceticismo, sombra da emoção
Ou o relógio, carrasco da ilusão,
Meras medalhas para quem apanha
Amo-te só, com o êxtase primeiro
E a experiência de quem muito amou
Unindo-os enfim, como um carpinteiro
Que com calma, trabalha com ardor
E sem terminar, repete o roteiro:
Todo dia se constrói um grande amor
Lute, Lute, Lute, e quando perceber que nada está dando certo, lute mais um pouco, a vitória pode estar além de mais uma luta.
Advindo de uma certeza inequívoca que não esta só. Pelo que é puro e único, o dia se torna maravilhoso.
Eu sei, você sabe
Tinta preta e papel
Um terceiro no par
Mesmo que seja leve
Eu nunca soube atuar
Melhor deixa como está
Eu sei, você sabe
Julieta e Romeu
Só se for pra casar
Mesmo que seja fácil
Eu sempre quis complicar
Então me diz
Que fica aqui
Comigo e vai demorar
Só se for pra deixar o teu abraço
Em volta dos meus braços
Quando a sorte não quiser me escutar
Só se for pra entender o que eu digo
Ser sempre o meu amigo
Sem perder aquele jeito de amar
Eu sei, você sabe
Tinta preta e papel
Um terceiro no par
Mesmo que seja leve
Eu nunca soube atuar
Melhor deixa como está
Eu sei, você sabe
Julieta e Romeu
Só se for pra casar
Mesmo que seja fácil
Eu sempre quis complicar
Então me diz
Que fica aqui
Comigo e vai demorar
Só se for pra deixar o teu abraço
Caber bem nos meus braços
E fazer a sorte desabrochar
Só se for pra tornar o seu sorriso
Meu mais seguro abrigo
Sem perder aquele jeito de amar
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