Mensagem de Amantes

No sapatinho.


Na boca dos amantes existe o desejo,
ora mútuo, ora disperso.
Deveria haver um acordo das partes que alimente o querer,
mas o que vibra é um jogo desnecessário e sem graça.
No jogo dos amantes, eu viro o tabuleiro
e me mando para uma roda de samba particular,
roda de gente grande,
onde o único jogo é sambar.

As chamas da phoenix a renascer no horizonte, trazendo à lua o doce sabor dos amantes...

Pseudos caridosos, amantes de si mesmos que usam os coitados para se enaltecer, não merecem os holofotes, muito menos os elogios

Que a lua traga aos amantes, a mais linda poesia, jamais ouvida ou lida, que ela sai do fundo da alma como inspiração, e que o sol acorde os amantes com a poesia escrita nas nuvens por todo e sempre!!!

Luar brilhante
Teu corpo em destaque
Nós, os amantes


haicai
Sidney Santos

Sejamos amantes de nossos sonhos até nos extasiarmos de prazer pelo fato de termos feito o que amamos.

Os Amantes...


Ser amante é ter o sabor dos doces poemas escondidos...
É ser a musa do eterno desejo; a pura flor do querer.
Uma agonia que acalma,
Uma dor que dar prazer,
Um querer no outro querer,
Ser a "borboleta errante"
E vagar no jardim da emoção mais louca...
Ser rainha de um só rei*
É um amar permanente que encanta a alma e faz pungente...
(Dolorido) o Amor.../
Ser amante é perder o sono para sonhar com o objeto amado...
É ter os beijos mais doces do pecado,
Fingir sorriso, quando chora...
Buscar, na permanente ausência, o fragmento que fica,
Fazer-se feliz com alma aflita...
Dizer versos quentes com o corpo gelado...
Ter no coração um perfume e uma grande saudade...
Olhar para o oceano e querer ser o barco,
Cantar uma canção e desaguar num rio de lágrimas...
Ser a preferida, o doce e o fel...
Num elo sem mágoas, apenas amar...
Amar... Amar...

(Ednar Andrade).

A medida da distância.

A vida nos faz distantes.
O tempo nos faz amantes.
A distância nos trás acompanhantes.
O adverso nos faz possantes.

E incrível como o tempo nos separa.
Como as distancias nos distanciam,
Como o telefone para de tocar.
E sempre, outro ombro saímos a procurar.

A distância se aproxima aos poucos.
E nem ao menos encontramos tempo.
Só apenas seguimos o vento.
Já não esta ao lado o mesmo que em outro momento.

Mas como voltar ao instante?
Mas como mudar o semblante?
Olhar perto e enxergar distante!
Acima de tudo amigos, mas para sempre amantes.

Que a noite traga aos amantes a mais bela lua, e que, com isso eles possam se amar ainda mais, por todo e sempre!!

Dizem que a lua é dos namorados; que lua tem muitos amantes, porém,eu digo: Ela só tem como amor, aquele que lhe acompanha em silêncio!

Amor só se desfaz
caso amantes insistam
em melhorar o Amor.
Não existe Amor pior,
Amor é escassamente
Amor, e já é tanto...

O espaço para a liberdade individual é sagrado. Quando se trata de amor, que os amantes fiquem juntos, mas nem tanto assim, pois como frondosas árvores, uma não cresce à sombra da outra.

Deus separou os verdadeiros amantes lá no céu, para que em vida, saíssemos à procura desse complemento vital a nossa alma...

A entrega a essa devassadora paixão é o único prêmio que dois amantes poderiam desejar após uma eternidade busca pelo amor perfeito...

E lá vamos nós, mais uma primavera, sendo amantes como prometido e cumprindo o que agora de fato é proibido.

Ela queria o Sol,lhe
Ofereci a Lua
Poque a Lua é dos amantes
Pois você meu amor já tem
Luz própria,aquela luz
Que insistentemente
Ofuscaria ao Sol.

A poesia é um bálsamo, que nos conforta e acalma. É como o amor dos amantes, que mesmo feito de instantes, cala bem fundo na alma.

Os amantes do bom vinho sabem...que tudo com vinho é sempre melhor..Tim tim...
Sonoro como o sacar de uma rolha...
Belo como as pernas que lambem a taça...

O amor supera tudo

Como dois amantes,
Caminhamos pelas ruas, entre muros pichados da cidade,
Contemplando toda desigualdade,
Com o céu de testemunha das lagrimas e de nosso amor.

Pelos becos escuros, famigerados,
Sem tetos e famintos, observam
A soberba, fartura de nosso amor.

O mau cheiro das sarjetas,
Este, já não nos atrapalha mais,
E assim, passeamos por praças quebradas,
Mal iluminadas e abandonadas.

Contemplamos a beleza de ser diferente,
Em um universo igual.
E pelas calçadas esburacadas, chegamos ao nosso destino final,
Para nos amarmos ao som de balas cruzadas,
Em meu apartamento de vinte metros quadros,
Distribuídos entre sala e quarto,
Na periferia da cidade.

Uma grande saudade de nós impulsionando as vagas e nos tornado assim enigmáticos, amantes do ponto e da linha, do caminho e do riso." O último verão em Paris, crônicas, 2000