Meninos de Rua
“Quer-se aprender a falar adequadamente com gente as convencendo de alguma coisa, não fique sentado na cadeira de uma universidade, vá para a esteira das ruas, é lá que está o movimento das pessoas.”
SE UM DIA...
Se um dia te encontrares no olhar perdido de um menino de rua
Se deres a ele seu melhor sorriso
Se derrubares o muro
E enfim permitires um toque de peles
Descobrirás então o sentido da vida.
É fácil tirar uma pessoa da rua, difícil é tirar a rua dela, uma pessoa que dançava no mundo, quer dançar dentro da Igreja.
Dignidade Humana
O contexto social de um morador de rua me causa tanto inconformismo que chego a sentir culpa por ter um teto para morar.
Sou assim: uma pessoa amável e fervorosa!
Sou braba e paciente.
Generosa e alegre
Eu sou simplesmente, Tereza Cristina
Sou o poeta no divã da vida
Pernoitando no labirinto do sonho
Sem rua, sem travessa e sem esquina.
Onde não há mapa definido;
Só há papel e tinta.
Ah, se eu fosse um poeta!
Eu faria uma história de amor feliz.
Faria o sol se casar com a lua.
Faria uma esquina de flor
No meio da rua.
Faria o joão-de-barro construir uma casa
Só minha e sua.
Ah, se eu fosse um poeta!
Na rua todos loucos.Uma exibição espetacular de egos eivados do sentimento de que são únicos no mundo.
Entre tantas noites
Entre tantas danças
Um copo, gelo, álcool
Sorrisos, ousadia
Um salto alto
Um vestido que delineia
Suas curvas
Ruas, vento, lento
E lá está ela
Leve, pouco sóbria
De alegria ambiciosa
Encanta de longe
Conquista de perto
Entre poucas entregas
Seu Amor próprio
É sua festa
E ela se completa
Se embriaga em suas asas
Mais um gole
Mais um brinde
Cansada
Ressaca de tanto faz
Copo esvazia
Noite esfria
E ela amanhece
Em prece
Entre tantos dias
Entre tantas horas
Ela viaja, desarruma
Sua bagunça
Ela e sua calca rasgada
Remendada
Não se renda
Se ausenta
Ela e seus tantos planos
Caminhos
Na praia
Sempre um sorriso
Na volta pra casa
De saia curta
Longa, rodada
Vestidos
Sorrisos Largos
Ela se completa
Um convite,
A no universo dançar,
Tendo nossa música eu topo.
Desnudos pelos astros,
A saudar,
Juntinhos sorrindo uma foto.
Te pedi que ninguém mais viesse,
Mas a lua atrás de nós,
Roubou cena na nossa selfie.
Amando eu o meu próximo, como posso dormir tranquila, sabendo que muitas pessoas não fizeram refeições? Não tomaram um banho, não têm um lar, dormindo nas ruas em situação precária?
Quem são meus amigos ? Se o inimigo me ataca, porque poucos estão comigo ?
Muitas das vezes grito. Esqueci, minha voz é de excluído. Prazer, vou me apresentar: sou morador de rua e preciso de abrigo. Passa um ser vivo e diz:
"Quer que tenho haver com isso" ?
Um outro abre a boca pra dizer: "peça ajuda aos políticos."
Eu apenas me deito e grito: Me deixem em paz, eu preciso sonhar.
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