Menina que Existe dentro de Mim
Eu penso tanto que me perco nas palavras. Tantas coisas dentro de mim, mas nenhuma consegue sair do jeito certo. Eu queria poder gritar até que minha voz sumisse, correr sem rumo, sentir o coração acelerar sem medo. Queria quebrar tudo ao meu redor, destruir o que me prende, derrubar barreiras invisíveis que me sufocam. Mas, no fim, só fico parada, afundada nos próprios pensamentos.
Talvez eu só quisesse desaparecer por um instante. Sentar no topo de um edifício e observar o mundo de longe, como se nada disso me pertencesse. Ou então ir para a praia sozinha, deixar as ondas me envolverem, sentir o vento frio arrepiando minha pele, como se o próprio mar pudesse me levar para algum lugar onde eu finalmente existisse de verdade.
Às vezes, só queria o silêncio. Só queria não precisar explicar o que nem eu mesma entendo.
Porque não saber me expressar é como estar presa dentro de mim mesma. Como estar morta por dentro, mesmo que o coração continue batendo.
Eu quero me sentir viva.
Sol, Lua, Coração.
"Levo seu coração
Comigo, está sempre
Dentro de mim.
Nunca o deixei em
Outro lugar.
Onde quer que eu vá,
Vais comigo.
Onde quer que vás,
Vou contigo.
Apenas por mim, por ti
É feito,
Todo batimento que
Bate junto, com efeito,
Entrelaça a inspiração.
Queiramos esse
Destino, pois.
Se estamos longe
Da carne, corações
Somos.
E assim, queiramos.
Jamais em qualquer
Mundo, mas no mundo
Da formosura,
Da beleza do ser
Carnal e espiritual.
Essa é a nossa
Verdade, velada talvez, mas
Nossa, única.
E é você o que a lua
Pode se representar.
Porque é por ela
Que te comparo,
Linda, pela penumbra
De uma leve névoa,
Formosa, encantadora,
Sedutiva.
De mim, resta apenas
O desejo de, em
Contraponto, ser
O Sol, que queima teu
Corpo debaixo de mim,
Num dia de verão.
Aqui está o nosso
Pequeno, mas
Profundo segredo,
Mais uma vez,
Velado pelos
Anjos.
Sol e Lua.
Cada um a iluminar,
A falta que cada um
Tem de si próprio.
Separados pela
Carne, alimentados
Pelo desejo.
Aqui está a raíz
Da loucura.
Mas não obstante,
Só pra contrariar
A falta de lucidez,
Por força do universo
Sol e Lua se encontram
Toda sexta-feira
Da Paixão.
E numa colina
Com verdes gramas,
Curam-se do desejo,
Recontido.
Trocam olhares,
Suores, fluídos talvez.
Entrelaçam além-alma.
Mais do que o
Pensamento possa
Imaginar.
E por esse dia,
Sintamos a maravilha
De estarmos juntos,
E ao mesmo tempo
Separados,
Porque pra cada encontro,
Vivemos
O advento eloquente
Do desejo.
Por isso trago seu
Coração junto
Ao meu, é o resquício
De esperança, para o
Dia que Sol e Lua
Se prestarão aos
Novos devaneios.
Sol, Lua, Coração!"
O Carpinteiro ⚜️
Carrego dentro de mim um turbilhão de sentimentos – injustiças, frustrações e nervosismos que insistem em me dominar. Mas escolho não espalhar sombras ao meu redor. Guardo tudo em silêncio, para que ninguém carregue o peso que já me sufoca. Então, se me ver sorrindo, lembre-se: há batalhas invisíveis acontecendo dentro de mim, e às vezes, por trás do riso, esconde-se um coração que chora em silêncio.
Eu moro dentro de mim, não sou só luz e nem trevas, mas tenho a capacidade de entender o que sinto, sou e a responsabilidade de fazer o meu melhor.
Nem boa, nem ruim
Sou o reflexo daquilo que me fazem.
De: Eu
Para: Mim
Que você se cure dessas dores que você engoliu, silenciou, jogou pra dentro. Desejo que você se cure de todas as vezes que disse que estava tudo bem quando na verdade não estava nada bem, das vezes que engoliu o choro, a raiva, a tristeza, a decepção e sorriu para que o mundo não visse a sua dor ou então para que o seu sorriso pudesse fazer alguém feliz. Eu desejo que você se cure dos sacrifícios que já teve que fazer, das indiferenças que recebeu, dos julgamentos alheios e dos pesos que suportou bravamente até hoje.
Aquele dia se tornou interminável para mim, lembro que me sentei naquele sofá dentro daquele apartamento vazio e fiquei uns 5 minutos olhando para o chão tentando processar tudo o que tinha acabado de acontecer. Não sentia nada, só que do nada começou a me dar uma vontade de chorar e logo veio uma sensação de culpa, como se tudo o que tivesse acontecido, como se a sua partida tivesse sido culpa minha. Naquele momento eu não sabia o que fazer. Era notável e inconvertível que naquele dia eu iria te perder. E perdi. Eu estou vendo, desde aquele dia, a minha vida se desmoronar diante dos meus olhos e eu não consigo fazer nada para impedir que isso aconteça. O relógio está passando de pressa e impiedoso, e eu só consigo ver todo mundo a minha volta dando certo exceto eu! Sobre a sua ausência? Dessa eu já me curei, mais depois daquele dia eu nunca mais fui a mesma, nunca me recuperei e tão pouco me livrei daquela sensação terrível chamada culpa.
Apenas dentro de mim
Nem tua indiferença, nem tua beleza fria,
Me farão recuar do amor que arde em mim.
Refletida no espelho, tua beleza é uma chama,
Que me consome, me devora, me faz viver.
Não adianta dizer não, não posso, não quero,
Vou insistir até conseguir um sim, até que tu me vejas.
Não desisto, não me rendo,
até que o amor que sinto seja correspondido, até que tu me ames.
Decidi que te quero, com cada fibra do meu ser,
Mesmo não me querendo, te desejo, com cada batida do meu coração. Não é obsessão, não é loucura,
É apenas um sonho, um sonho que me consome.
Tu sentirás por mim, o que sinto por ti, e nosso amor será uma tempestade, que nos levantará.
Até lá, eu espero, eu sonho, eu desejo,
E meu amor por ti, é uma chama, que arde sem fim.
Foi na solitude que encontrei a mim mesma. Dentro de mim havia outras Izes que não cabiam em mim. A solitudide me uniu a mim mesma e me fez evoluir.
Mantra A Coroa dos Mistérios
"Eu concebo ideias puras dentro de mim.
Meus desejos nascem imaculados na minha consciência.
Eu assumo com confiança o estado do meu desejo realizado.
Eu não forço; eu permito.
Eu sou conduzido pela lei perfeita da concepção.
Tudo se organiza para manifestar o que aceitei ser.
Eu sou o criador consciente do meu destino.
Rendo-me à lei e torno-me um com ela.
Eu concebo, assumo, e recebo."
Que toda esta solidão que habita dentro de mim, me acolha.
Que me dê conforto sem me confortar.
Para que me sinta completamente só, mesmo com a sua companhia.
Que a escuridão me faça ver alguma luz, e que nessa luz haja alguma escuridão, para que não me cegue e me sinta reconfortada.
Para que nos poucos pensamentos positivos venham sempre alguns com demónios, para parar, pensar, e por fim falar com eles.
Que esta minha solidão vire casa, e que tudo o que sinta fique fora da porta.
Que o reconforto seja grande, sentada numa poltrona em frente a uma lareira com chama azul, sendo esse o único sítio quente da casa.
Por isso, com todo o meu saber, ou com o pouco que me resta, sinto-me um astronauta a flutuar, á espera que algo no espaço tão escuro, me acolha. Que não me sinta somente a levitar por ai.
" LENTAMENTE "
Não quero mais ouvir meu pensamento
e as vozes dentro em mim em agonia
pedindo que eu me entregue à essa folia
de ter uma paixão por sentimento!
Amei intensamente, noite e dia,
e se tornou, o amor, o meu tormento!
Não vou tornar ao erro, enfim! Lamento!
Sofrer, minh'alma, assim, não merecia.
Preciso que se cale a consciência
que pede-me outro amor, com insistência
e as vozes que atormentam minha mente…
Meu ser está doente, machucado,
e se a paixão insiste estar-me ao lado
eu morro pouco a pouco, lentamente!
Noite de quarta-feira
A casa está silenciosa,
mas dentro de mim há um universo.
O tempo se espalha devagar
e meus pensamentos correm livres.
Nenhuma voz além da minha,
nenhuma presença além do que sinto.
E não há vazio,
porque eu me basto.
Deixo minha mente viajar sem pressa,
revisito sonhos antigos,
desenho planos no escuro,
sorrio para o que ainda não aconteceu.
Como é bom estar aqui,
inteira em minha própria companhia.
Sem precisar de ninguém para preencher espaços,
porque não há espaços vazios em mim.
Na solidão que escolhi,
descubro que não há ausência, nem falta.
Apenas eu.
E isso é suficiente.
Bom dia.
Série: Por Dentro de Mim – Parte 2
Como cuidar da alma no meio da correria sem se sentir culpado
Ontem falamos sobre o cansaço da alma que ninguém vê.
Hoje, vamos falar sobre cura interior em meio ao caos exterior.
E o primeiro passo é simples, mas profundo:
1. Dê permissão para sentir
Você não é máquina. Ignorar tristeza não é força, é negação. Reconhecer a dor é parte do processo de cura.
2. Comece o dia com silêncio, não com tela
Antes de abrir redes sociais, e-mails ou notificações, abra tua alma para Deus. Uns minutos de conexão sincera valem mais que uma hora de rolagem sem direção.
3. Diga mais “não” — inclusive para quem você ama
Quem vive dizendo “sim” pra tudo, um dia grita por socorro.
Colocar limites é um ato de amor próprio e honestidade com o outro.
4. Faça uma pausa por você — e não só para voltar ao trabalho
Às vezes a pausa não é para ser produtivo depois. É só para respirar, existir, reencontrar o centro. E tudo bem.
5. Ore. Caminhe. Escreva. Converse com alguém confiável.
A alma se fortalece quando tem por onde extravasar. E o céu ouve — sempre ouve.
---
Você não está sozinho. E não está errado por se sentir cansado.
Mas agora você sabe: pode fazer diferente.
Comece pequeno. Mas comece por você.
A alma agradece. Deus se alegra. E a vida começa a reencontrar cor.
---
Amanhã vem a Parte 3: um exemplo real de quem estava esgotado por dentro e, com fé e pequenos passos, encontrou de novo a paz.
"Entre Ausências e Correntezas"
Havia um silêncio dentro de mim — daqueles que gritam sem som.
Fui barquinho… não por escolha, mas porque era leve demais para afundar, e pesada demais para voar.
Deslizava pela vida num rio que parecia entender todas as minhas ausências.
O rio me conhecia. Sabia das vezes em que sorri com os olhos cheios de despedida.
Sabia das noites em que, mesmo sem tempestade, eu naufragava em mim.
O barquinho que me levava não era feito de madeira;
era feito de memórias, de poemas nunca ditos, de amores que só existiram do lado de dentro.
Rangia baixinho, como quem chora sem querer incomodar.
E, mesmo assim, teimava em seguir — cortando as águas da existência com coragem e ternura.
O tempo passava… e o rio, ah, o rio… era meu espelho.
Cada curva que ele fazia também se desenhava dentro do meu peito.
Era como se ele lesse os meus silêncios.
Era testemunha do que não escrevi, do que nem a mim mesma confessei.
Sentia que ele sabia do amor que ainda me habita — mesmo desabitado.
E, sem dizer uma palavra, ele me respondia: com folhas, com brisas, com reflexos de céu.
Em certos trechos, o barquinho parecia dançar.
Em outros, quase desistia.
Mas o rio nunca me deixou.
Conduziu-me como um velho amigo que não pede explicações.
Apenas aceita. Acolhe. Acompanha.
E hoje, se alguém perguntar por mim, direi que não me perdi:
apenas me tornei parte da correnteza.
Sou o barquinho. Sou o rio. Sou também a ausência.
E, juntos, seguimos…
Eu, o barquinho, o rio — como testemunha
de tudo o que fui, de tudo o que ainda me resta ser.
EU SÓ PRECISAVA...
Por muito tempo, eu busquei aquilo que não podia enxergar dentro de mim, então busquei nos outros o afeto, atenção, amor, carinho e aceitação. Pude me permitir viver e estar em ambientes que não me cabiam, pois queria ser vista, amada e acolhida. Eu fui injusta comigo mesmo, briguei, chorei e me machuquei, pois queria insistir em estar onde não me preenchia. Eu sobrevivi dia após dia, de dia eu sorria e a noite eu chorava, lágrimas que escorriam sobre meu rosto e caia no travesseiro. Eu tinha minha familia, tinha amigos, e ainda assim precisava preencher algo dentro de mim... Então busquei, e busquei... Até que eu cansei e resolvi desistir de buscar e desistir de mim. Eu corri, gritei, esperniei, e atentei sobre mim mesma, sobre minha própria vida. Falhei.
Ainda existia algo profundo, que eu não sabia o que era, então me apaixonei, gerei uma vida dentro de mim e assim renasci, nasci de novo trazendo ao mundo uma nova vida, uma bebê saudável e linda. Quando tudo parecia novo, tudo começou denovo... Buscando algo ainda fora de mim, me deparei com a tristeza, a incerteza, os traumas e a solidão. Tudo que parecia trevas as vezes viravam céu e mar. Como as ondas e as nuvens, os sentimentos iam e viam, mais a dúvida me perseguia. Sem saber o porque vim ao mundo, o porquê da vida, continuei buscando fora, busquei na profissão, no dinheiro e então, tudo em vão. Mudei meu cabelo, mudei o jeito, buscando uma nova versão.
Precisei bagunçar tudo, para descobrir que "Eu só precisava de mim" então.
"Casa de Dentro"
(por um coração com janelas)
Tenho em mim uma casa que não fecha,
onde o vento entra sem bater —
e cada suspiro é uma porta que range
pro lado de dentro de mim.
Nessa casa mora um rio calado,
que chora baixinho à meia-noite,
mas também ri com o sol da manhã,
quando a esperança põe a chaleira no fogo.
As paredes têm cheiro de infância,
de pão na manteiga e de colo quente.
E quando a tristeza visita,
dou café e deixo sentar um pouco.
Porque aprendi — com o tempo e os tombos —
que até a dor tem poesia
se você souber escutar com o peito
e não só com os ouvidos do dia.
Nessa casa, amor não é hóspede:
é morador antigo,
que plantou hibiscos no quintal
e rega o silêncio com paciência.
E há um jardim nos fundos,
onde tudo que morreu floresce de novo,
de mansinho,
como quem entende que a beleza
não tem pressa nem endereço fixo.
Sou casa, sou rio, sou flor.
Sou verbo que ainda não foi escrito,
mas que vive sendo sussurrado
no coração de quem sonha.
E se um dia bater na minha porta,
vem leve.
Descalço.
Com alma lavada.
Porque aqui dentro,
a gente vive como se o mundo fosse poesia
e cada encontro, um milagre.
Tenho dentro de mim
uma Clarice que duvida,
um Drummond que espreita as pedras,
um Vinicius que ama até o adeus,
e um Shakespeare que sonha com os olhos abertos.
Fui casa caída, bandeira ao vento,
fui rua sem nome e jardim sem dono.
Mas reguei minha ausência com esperança,
e plantei amor até no chão do abandono.
Não me peça lógica — sou flor.
Sou verbo em carne viva.
Sou reza de Cora no silêncio da cozinha.
Sou verso de Mario escapando pela fresta.
E mesmo quando a dor fizer morada,
ainda assim —
com olhos molhados e alma lavada —
deixarei a porta aberta.
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