Memórias
Com a força da correnteza, nossos momentos foram levados, mas daquela água sempre farão parte, assim sendo eternizados.
Existem algumas coisas que não vão embora nunca, essas coisas que não podemos tocar, se pudéssemos arrancaríamos e jogaríamos no lixo. E existem as que vão embora, que se pudesse você guardaria em potinhos e colocaria na estante. Os admiraria todo dia e passaria horas conversando com elas.
Que pena, não é?
As coisas que não vão embora são exatamente os traços das que foram ou irão.
E não podem ser guardadas em potinhos, apenas ficam as marcas, impressas na alma e na mente da gente.
O caso é que o tormento e a emoção, essas coisas intocáveis, acabam cicatrizando. Você pode sentir em você não é mesmo?
Você é um baú cheio de fantasmas.
Você é uma caixa cheia de memórias.
Uma fala, um gesto, uma canção, uma paisagem, um semelhante que passa diante dos meus olhos tem o poder de me levar de volta ao passado ao rejuvenescer minha rica, mas envelhecida memória
Velha casa de meus pais,
Eu não te esqueço jamais
Por esta existência em fora,
Só porque tu me retratas
As fantasias mais gratas
Daqueles tempos de outrora!...
Mamoeiro! Bananeira!
Joazeiro! Goiabeira!
- Que cinema sem igual!
Jogando sobre as alfombras
Um rendilhado de sombras
Na tela do teu quintal!
E aquela batida longa
Da cantiga da araponga
Que entre os rasgos do concriz
E os estalos do canário
Ia formando o cenário
Daquela quadra feliz!
Mas o tempo - este malvado!
Para matar o meu passado,
Numa explosão de arrogância,
Jogou de encontro ao mistério
Toda a beleza do império
Dos sonhos de minha infância!
Árvores, pássaros, tudo
Rolou para o poço mudo
Do abismo do nunca-mais!...
Enquanto a sonoridade
Dos gorjeios da saudade
Se esparrama em teus beirais...
Por isso em tuas janelas,
Em tuas portas singelas
E em cada vidro quebrado,
Onde a tristeza se deita,
Vejo uma réstia perfeita
Das estórias do passado!...
Ai velha casa sombria
Quem, nesta vida, diria
Que aquele céu sucumbisse,
Que aquela fase passasse,
Que aquela ilusão fugisse
E que não mais voltasse!...
Na festa descolorida
Da paisagem destruída,
Aos olhos da Natureza,
Só tu ficaste de pé
Confortando a minha fé!
Matando a minha tristeza!
Velha casa desolada
Guardas na tua fachada
Uma indelével lembrança
Dos meus dias de quimera,
Das rosas da primavera
Que plantei quando era criança!
E agora que o sol se pôs
E a bruma envolve nós dois
Na sua atroz densidade
Enfrentemos a incerteza
Tu - conduzindo tristeza!
Eu - transportando saudade!
Que os nossos pensamentos contaminados sejam sempre libertados e acolhidos pelo amor transformando-se em memórias positivas.
Vulnerável que te deixaste dominar pelo ódio, rendido atrás da imensa escuridão por medo das tuas memórias de um amor destroçado.
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