Memória
Cala a boca, memória! Basta, basta!
O que o Tempo te disse não me digas.
Que pareces até minha madrasta
Quando me vens cantar tuas cantigas.
Tua voz me faz mal e me vergasta,
E a chorar, muitas vezes, tu me obrigas.
Piedade, Memória leonoclasta,
Não despertes, assim, dores antigas.
Vai, recolhe-te à tua soledade,
E que o teu braço nunca mais me leve
À sepultura da Felicidade!
Segue um conselho meu, de ora em diante:
Junto a quem está de luto, não se deve
Falar de quem morreu, a todo instante…
Se a memória não funciona bem, pelo menos alguns sentidos estão aguçados, te ouço,te sinto,te cheiro,te vejo,te quero!
Memória
Com o tempo eu viajo, vagando
no mundo com a solidão dos meus problemas.
Em cada esquina eu me vejo, reflito
e deixo minhas pegadas para trás.
Das pegadas eu traço meus caminhos e
os guardo para sempre em minha memória.
Mas, minha memória é igual um novo caminho,
estará disponível a qualquer momento a receber
uma nova trajetória.
Foi garimpando na memória dos meus tempos de criança que encontrei o maior tesouro que precisava para conquistar tudo o que quero hoje, sim, minha esperança estava la nos meus cinco anos de idade.
Meus olhos reagem contra a inquietação da minha memória. Percebo uma lágrima gritante inudando o vazio daquilo que já não se espera mais respostas. Denomino este momento com a palavra: saudade.
Ainda penso nele. Talvez isso apenas signifique que minha memória é boa, mas talvez signifique que... que eu o amo. Muito.
[Invisível ao toque - Nat Bespaloff]
A memória é uma caixinha muito interessante e funciona com bastante propriedade, pois ao se autoquestionar, o homem passa a se conhecer melhor e descobre as suas limitações pelas lembranças nela guardada. A interrogação não é a mesma para todas as pessoas, cada uma faz o seu autoquestionamento de forma particular e irrestrita, a fim, de obter as suas próprias respostas. Numa questão específica da crise da mente de uma determinada pessoa, a sua vontade e emoção são unânimes para mantê-lo no estágio atual em que ele vive ao ponto de mascarar todo sofrimento que possa vir sobre ele. Se o seu coração estiver endurecido por alguma razão à consciência fica prejudicada na sua análise mais profunda e irrestrita de sua crise. O mais engraçado é ver como essa memória tem um poder intenso de trazer boas e péssimas lembranças, que podem ajudar ou devastar uma vida por inteiro, e por isso o uso dela deve vir junto com uma reflexão mais apurada ou em forma de uma nostalgia maravilhosa. A memória às vezes nos trai em outras oportunidades nos alegra bastante, mas o importante é ter uma boa memória. Assim diziam os antigos: focalize a sua atenção nas coisas importantes e não permita que outros pensamentos povoem o seu cérebro neste momento, para que possa manter nessa caixinha o que realmente lhe interessa. Essa forma de estimulo das suas percepções fará que com que tenha uma boa regularidade nos seus pensamentos e lembranças.
Aquela foto que tiramos juntos ficará gravada em minha memória; mas sua impressão será feita por meu coração.
Quero ser o sol que te ilumina
Doce menina
Quero ser a chuva que te molha
Só na memória.
Andava sozinho à procura de você
Depois que te vi, não consigo esquecer
Aquele olhar puro que invadiu meu coração
E um simples toque, que me deixou sem reação.
Quando te vi partir, meu mundo desabou
E a razão do meu viver, simplesmente acabou.
No final ficaram só recordações,
De um amor escondido em nossos corações.
Depois de um tempo, comecei a caminhar
Fui em direção ao carro, pra poder te encontrar
Te vi de longe e o pranto veio a me molhar.
Cheguei mais perto para rever você
E uma bala atingiu o meu ser.
Você estava feliz, esbanjando alegria
E vi que ali já havia companhia.
Fiquei perdido, sem rumo, sem chão
Ficou em pedaços o meu pobre coração
Anjo mais belo que Deus já inventou,
Mas percebi que sozinho agora estou.
Dizem que o nosso cérebro é uma memoria Fotográfica. Passei a concordar com isso quando meu cérebro fotografou teu rosto em minha mente. Fotografia essa que nunca envelhece, nunca se desgasta, Não pode ser rasgada e nem recortada. Fotografia essa que permanecerá para sempre em meus pensamentos.
Histórias,minhas histórias,
Quantas lembranças que ficam na memória,
esquecemos tempos ruim.
Lembranças de tempos de glória,
É a vida enfim,caminho pra vitória.
O conhecimento envelhece, a memoria enfraquece junto com
as forças, mas a vida é renovada quando encontra o amor
Um dia, vasculhando em minha memória
percebi que tendia a ser coadjuvante
Então decidi: serei de agora em diante
a protagonista de minha história!
CONSUMATUM EST
Autor: Tadeu G. Memória
Chorou no meu ombro, confessou-se arrependido: “foi um ato impensado, mas ele andava cantando Dita...’’ O boato andava solto na boca da vizinhança, e como vovó já dizia; quando o povo fala, ou foi , ou é, ou está para ser. Na verdade, já vira Vidigal conversando com sua mulher, Dita, (Benedita Borges do Amaral Paes Leme), era um nome de fazer inveja a qualquer pé-rapado. Foi numa manhã de domingo, então convidara o sujeito para uns tragos; passaram a tarde, entraram pela noite... foram horas de pesadelo; eram três por uma... Vidi bebia três doses, e, Tuca, uma... e as vezes fingia que ia cuspir, e punha pra fora. Meia –noite Vidi mal se punha de pé. Teve de amparar-lhe no ombro até lugar ermo e aturar comentários indecorosos e indesejáveis, sobre as delícias de sua esposa. Consumara o fato. Dois dias depois o corpo do infeliz fora encontrado: hematomas, perfurações, e, até queimaduras na face, na louca tentativa de desfigurar-lhe, para que não fosse reconhecido.
A polícia chegou fácil,ao tucá, não deu-lhe tempo nem mesmo de livrar o flagrante. O ciúme é um monstro de olhos verdes, verdes como os de Dita, desejada, cobiçada, amada... sempre notara a forma indecorosa de como Vidigal olhava a sua indivisível Dita; nunca falara nada porque, afinal Vidi era um bom parceiro para os rachas, tanto os da praia como os das cervejas; era um bom papo, contudo, andava conversando com demasiada freqüência com sua fogosa Dita. Até que inflara-lhe o ego, tanto desejo por algo que lhe pertencia, mas o ciúme...
“foi um ato impensado...” não parava de repetir. Agora sua única alegria, resumia-se aos dias de visita, mas a cobiça já aparecia nos olhos dos outros presos; era obrigado a ouvir comentários como: “meu irmão, tudo isso é só teu?” “isso não é mulher para um homem só”, “que busanfa aloprada, meu chapa”. O turco já tinha até presentes para oferecer-lhe... sentia-se ameaçado mais que nunca; contudo o diretor mostrara-se, repentinamente, cordial e atencioso; prometera-lhe cela individual e regalias que apenas o seu nível primário não lhe facultava. Diante de tanta gentileza não furtou-se a falar-lhe do receio que lhe causava, a amada e o Junior sozinhos na favela. Ouvira do diretor, a generosa promessa de visitá-los... na verdade, na última visita, ela chegara no mitshubish do diretor; tinha nas orelhas brincos lindos de pedras verdejantes como os seus olhos, um sorriso promissor e confiante num futuro de melhores dias...
Mas isso foi há três meses, Tuca nem chegou a tomar conhecimento de que, Dita mudara-se para um apartamento na aldeota, antes de “se”enforcar com uma “Teresa” na solitária...
Eu quero uma história
Eu quero uma história
Que comece com
“Era uma vez”
Quero na memória
Todas as lutas que enfrentei
Todos meus motivos pra sorrir
A minha vitória,
É correr por todos os caminhos
Sempre sorrindo
Não importando com os espinhos
De rosas que não cativei
Quero capturar algumas estrelas
Quero um céu sempre azul
Quero alguém pra me ajudar
A terminar tudo o que comecei
Quero poder escrever
“Feliz pra sempre”
E fazer de todos os momentos
Eternidade.
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