Medo Drummond
Realidade
E com essa dura realidade
É duro viver padronizado
Ser mais um no mundo
Medo de ser quem sonha ser
Medo de ser julgado
Medo de não ser escolhido
Medo de não ser amado
Medo de ser criticado
Aliás,
somos criados para ser só mais um número
Na conta de dados
Mais um estudante formado
Mais um empregado
Mais um casado
Mais um aposentado,
sem se quer ter a vida aproveitado!
Liberta-se de ser quem quiser ser?
Isso não é opção, são sonhos!
Ser quem seria mais fácil de ser não dá
Somos cercados de planos
Planos esses que nem nós mesmo criamos!
Agora eu te digo, que vida ein?
Só vivemos uma vez e jogamos tudo pro ar
Jogamos fora, tratados com robôs
Que alguém acaba igualar e programar
Até porque se não seguirmos,
quem irá nos salvar?
Viver intensamente está longe dos planos futuros
Não ligar para nada chega a ser um absurdo
E quem resolveu viver intensamente?
Foi taxado como vagabundo!
Ser quem queremos ser, não dá!
Homem bom mesmo
É aquele com grana e diploma pra mostrar
Infelizmente somos criados a dessa forma enxergar
Já se foi o tempo de alguém realmente prestar
Já faz tanto tempo,
eu nem estaria aqui para meus poemas citar
Antes mesmo de alguém o dinheiro criar!
Um pedaço de papel que mata
Que põe gente para chorar
Um papel que faz pessoas no fim do mês se desesperar
Mesmo papel que taxa as pessoas de digno
Mesmo papel que transforma alguém em um vagabundo ou mendigo
Mesmo papel que te torna superior e rico
Um pedaço de papel de cria inimigos
Papel esse que para uns importa mais que estar vivo
Um pedaço de papel tirou o que significa de verdade ser digno...
Já imaginou um mundo insano?
Um mundo onde cada um é quem quer ser
Aquele onde cada um desenha
os seus próprios planos
Um mundo sem margem de erros
Sem regras e padrões
Sem preocupação de pagar boleto
Sem se preocupar com se eu devo
Ser feliz seria um bom começo
Aceitações e sem julgamentos
Poderíamos ter esse mundo
Mas o egoísmo do homem
toma conta de tudo
Tudo que nos cerca está imundo
A cada dia que passa não ganhamos,
nós perdemos segundos e segundos...
Aprender nas pequenas conquistas da vida a não ter medo de exaltar a felicidade e em alguns dias é assumir sem escrúpulos como um agradecimento enorme à vida. Não tenha medo de felicidades.
Ele
Ele
era ele.
E era ele,
(era?)
e era ela.
Era elo.
Ele era amarelo!
De medo.
De medo dele?
De medo dela?
Medo do elo!
Duelo.
Medo de amar.
E de domar,
sua fera.
Ela amava ela.
Mas não contava pra ninguém.
Nem pra si.
Andava em circulos,
tentando arrancar a flecha,
que o cupido lançou em seu coração,
de pedra.
Vivia no mundo de Atena,
mas sabia,
que ela era sua Helena.
Porém seu lado Paris,
tinha desaprendido a viver em pares.
E ímpar,
ele erguia a espada.
Meio Hércules,
lutava contra o leão.
Não de Nemeia.
Mas seu leão interior.
Fingia ser ovelha...
Se protegia no rebanho.
Sem coragem de ser.
A sua força de viver.
Potência de amar.
Desaprendeu a se doar.
E doeu nela.
A machucou tanto,
que ela partiu.
E ele se repartiu.
Ou já era repartido?
Cindido?
Defendido?
No corpo dela o orgone.
A bioenergia fluia.
O amor acontecia.
Entre paredes e sete chaves.
Mas fora do quarto
ele voltava pro quartel.
Tirava o anel.
E negava o elo.
Amarelo!
De medo.
Sabe, o leão do mágico de Oz?
Que não tinha coragem?
Era ele.
Que era ele,
era ele
(era?)
e era ela.
Ela,
pulsando no seu coração.
O amor, assim como o ódio não podem vir com medo. Ambos são sentimentos que refletem a coragem de quem os consegue sentir.
Medo
Isso que estou sentindo...
Isso é medo...
Ironicamente é medo...
Piamente medo...
Medo caritativo..
Medo covarde...
Covardemente com medo...
Inerte medo...
Ignavo, claramente...
Medroso como um fraco...
Fraco como uma ponte velha...
Medo...
Haverá dia de intrepidez?
Haverá um dia o destemor?
Dei-lhe meu coração...
Dei-lhe meu ombro...
Estive lá para ti...
Mas a derrota feriu o brio...
O amor-próprio indignamente sumiu...
Estou acordado,
Estou com fome,
Estou ferido,
Estou...
hoje eu pude concluir uma coisa muito triste sobre mim: eu tenho um medo absurdo de ser feliz com alguém, hoje eu me dei conta que realmente eu tenho um pavor só de pensar na possibilidade de alguém ser feliz comigo do lado, e não é que eu não queira… eu só não consigo, porque o tempo e as pessoas me ensinaram a desconfiar de tudo, e o meu medo chegou no último estágio que é a paralisia: eu estou parado, inerte, travado, eu simplesmente não consigo, minha mente desconfia de qualquer sorriso que eu recebo, meu coração rejeita qualquer tipo de laço que eu possa vir a ter com alguém.
é por isso que eu não insisto e sumo, e acolho a ideia de ficar só.
É triste saber que você foi traumatizado ao ponto de ter medo de gostar de alguém, com uma insegurança que você não confia em ninguém. Logo aceitando o fardo de que viver uma vida sozinha é a única saída.
Às vezes eu queria ser mais suave, mais normal, só que em horas me torno tão instável que tenho medo de dizer: Te Amo.
