Ele Ele era ele. E era ele, (era?) e era... Natasha Treuffar

Ele

Ele
era ele.
E era ele,
(era?)
e era ela.
Era elo.

Ele era amarelo!
De medo.

De medo dele?
De medo dela?

Medo do elo!
Duelo.

Medo de amar.
E de domar,
sua fera.

Ela amava ela.
Mas não contava pra ninguém.
Nem pra si.

Andava em circulos,
tentando arrancar a flecha,
que o cupido lançou em seu coração,
de pedra.

Vivia no mundo de Atena,
mas sabia,
que ela era sua Helena.

Porém seu lado Paris,
tinha desaprendido a viver em pares.
E ímpar,
ele erguia a espada.

Meio Hércules,
lutava contra o leão.
Não de Nemeia.
Mas seu leão interior.

Fingia ser ovelha...
Se protegia no rebanho.
Sem coragem de ser.

A sua força de viver.
Potência de amar.
Desaprendeu a se doar.
E doeu nela.

A machucou tanto,
que ela partiu.

E ele se repartiu.
Ou já era repartido?
Cindido?
Defendido?

No corpo dela o orgone.
A bioenergia fluia.
O amor acontecia.
Entre paredes e sete chaves.

Mas fora do quarto
ele voltava pro quartel.
Tirava o anel.
E negava o elo.

Amarelo!
De medo.

Sabe, o leão do mágico de Oz?
Que não tinha coragem?
Era ele.

Que era ele,
era ele
(era?)
e era ela.

Ela,
pulsando no seu coração.