Me Doei demais
Dizem que cedo demais me entrego,
que aceito as quedas como se fossem nada.
Mas não veem o campo que enfrento em silêncio,
nem a guerra travada na alma cansada.
Julgam-me fraco por não gritar ao cair,
por não sangrar em praça pública a dor.
Mas lutei — com dentes, com sonhos, com pranto
até a última chama do meu próprio ardor.
Travei batalhas que ninguém testemunhou,
no escuro, onde só o coração escuta.
E cheguei a um ponto tão alto, tão fundo,
que a vitória ou a perda tornou-se diminuta.
Resiliência é meu escudo, bravura meu chão.
Não preciso da glória estampada na testa.
Aprendi que há honra também na rendição,
quando a alma, mesmo ferida, permanece honesta.
Divirja se for capaz.
"0 Homem é do tamanho de seu Autruismo!"
Demais conceitos vem eGo, e ele não é o ser Humano, apenas o compõe.
As pessoas se dizendo evoluídas ou diferentes ou não iguais as demais.
Mas acometidas pelo Alzheimer: Percebem a não sutileza ?
Feliz?
Quem é?
Você?
Eu?
Somos tão abrangentes
que é só isso,
que somos.
Demais paradigmas só conceito tentativa e erro.
Não se deixe envolver demais com gente que muitas vezes falam pelos pressupostos, eles influenciam mais que profissionais que se dedicam ao bem estar.
Sobre a vaidade dos poetas:
Todo poeta ruim pensa
que é melhor que os demais.
Todavia, o poeta bom
tem absoluta certeza!
“A mente criativa demais leva o homem 👨 ao delírio, mesmo para um escritor genial, às vezes é impossível distinguir ficção de realidade”
Na vida, tudo demais quer existir,
mas é preciso saber reverter,
transformar, como arte de ofício,
e buscar o que liberta, que alivia.
Pessoas de vida, pessoas de morte,
uns merecem pérolas, outros não,
como diz o provérbio:
não jogue pérolas aos porcos.
Mas há quem, em sua total apatia,
não mereça poemas, nem flores,
tão imunes ao amor, tão cegos nos desamores,
que não aplaudem, não batem palmas.
Essas pessoas não devem ser tratadas bem,
mas ainda assim, tratamo-las com gentileza,
porque nossa conduta não é deste mundo,
falamos do belo, mostramos o que é puro,
mesmo que o mundo fique mudo.
A minha maldição é ensinar poesia aos brutos,
filosofia aos estúpidos, amor aos indultos.
Amor em forma de indulto, talvez,
não sei, só sei que o gesto de amar
se faz com quem sabe receber.
E quem não sabe, recebe o silêncio.
Tudo é Hábito
Tudo é hábito, costume que gera vício,
e o que se faz demais nos faz refém.
O vinho aquece, adoça a alma,
mas em excesso, curva o homem,
faz da taça uma jaula invisível.
O amor é luz quando livre,
mas quando prende, queima, fere,
e o ciúme, sombra de seu brilho,
se arrasta lento, como fera à espreita,
pronto para devorar.
O amante apaixonado, se não contido,
pode se tornar destino e maldição.
Já não ama, exige,
já não sonha, vigia,
transforma o desejo em sentença.
A busca pelo saber ilumina,
mas quem vai fundo demais
pode perder o chão,
trocar a dúvida pelo vazio,
e o mistério pela descrença.
Até a fé, se imposta,
deixa de ser fonte e vira peso.
Crer demais sufoca,
crer de menos nos faz naufragar.
E a criação, que deveria ser alívio,
se torna cárcere do próprio pensamento,
se não houver pausa, respiro,
se não houver o equilíbrio
entre a chama e a brisa.
O paladar se perde na fartura,
e o desejo se esvai no excesso.
Tudo demais vira veneno,
e o que era doce, sereno,
transforma-se em sal no próprio ventre.
O Riso da Razão
A razão nos trouxe longe demais.
Fez-se lâmina, espelho, consciência.
Inventou nomes para o que morre,
catalogou a tragédia, pesou a sombra,
criou a ilusão do controle.
Mas a morte ri.
Riu de Sócrates quando bebeu o veneno,
riu de Hamlet segurando o crânio,
ri agora de nós,
tão lúcidos, tão preparados,
tão certos de tudo que se esfarela.
A arte nasce dessa consciência:
sabemos que vamos morrer,
então escrevemos.
O poema é a voz do desespero
mas também do desafio.
Dissimula a finitude, mas não a nega.
Rabisca no ar um sentido impossível,
um mapa para lugar nenhum.
E ainda assim, rimos.
Porque entendemos o jogo.
Porque, no fim, a única resposta à morte
é este delírio lúcido—
este poema.
O Príncipe Que Sabia Demais
Não nasceu para reinar. Nasceu para saber.
Hamlet foi gerado num ventre real, mas com a alma exilada desde o berço. Carregava nos olhos uma pergunta que nem os livros respondiam. Vivia cercado de mármore, mas conversava com sombras.
Quando seu pai morreu, não chorou: escutou. Ouviu passos noturnos nas muralhas, sons que não vinham da terra. O mundo, que já lhe parecia uma peça mal encenada, agora ganhava um novo diretor: o fantasma.
Foi então que tudo se partiu. O trono, o amor, a honra, a razão — tudo virou verbo conjugado em interrogação.
“Ser ou não ser?” — perguntou. Mas essa pergunta já não era dele. Era de todos os homens que pensam antes de agir, de todos os herdeiros do mundo que suspeitam do próprio legado.
Hamlet não é trágico porque hesita. É trágico porque compreende. Ele vê que a justiça é um jogo de máscaras, que o amor pode apodrecer como carne no verão, que a linguagem é um labirinto onde até a verdade se perde.
Amou Ofélia — mas não soube proteger seu amor do apodrecimento geral.
Matou Polônio — como quem atira na parede da própria consciência.
Deu espetáculo diante dos atores — porque sabia que o mundo era palco, e que, para tocar o rei, era preciso fingir loucura.
Mas o fingimento o consumiu.
Hamlet não morreu no duelo. Morreu aos poucos, cada vez que precisou calar sua lucidez para seguir vivendo.
E quando enfim caiu, ferido, com a morte como única certeza, murmurou ao amigo Horácio:
“O resto é silêncio.”
E ali está Hamlet: no intervalo entre a fala e o vazio, entre a dúvida e o gesto.
Não morreu. Transformou-se em espelho.
Todo homem que pensa diante do poder, todo jovem que descobre o apodrecimento sob a ordem, todo filho que escuta a voz do pai morto no fundo da alma — é Hamlet.
Não é que eu não te ame, longe disso. Talvez seja exatamente o oposto, por te amar demais. É, eu acho que é isso! Eu amo você, numa dimensão gigantesca, e espero de você ao menos um décimo disso; mas você não pode me dar. Meu amor é grande, de proporções inimagináveis. Meu amor não cabe só em mim, ele insiste em transbordar. Acho que, eu gosto de paixões, loucas paixões. Eu gosto de amores, mas acho que por si só não basta, tem que ter aquela paixão ardendo, aquelas pequenas loucuras. Você não é pouco pra mim, eu que sou demais, sou demais a qualquer um, meu amor não combina com nenhum desses relés amores mortais. Vejo tanta gente falando sobre tudo que já fez um dia por aquela pessoa. Talvez você seja daqueles que só cabem um grande amor para toda a vida, e já o teve, agora não tem mais ânimo para outros amores. Eu não, sou dessas que tem uma vida cheia de grandes amores, amores por comidas, cidades, países, pessoas. Já falei, meu amar é imensidão. Preciso de mais amor, mais fogo, mais paixão. Não gosto de comodismo, me cansa, enjoa. Nasci ou pra estar sozinha ou pra estar ao lado de quem possa retribuir pelo menos um décimo do meu querer. Mas não vou com raiva, vou alegre, levando no meu coração todas as coisas boas, deixando as ruínas ficarem no passado e te desejando toda a sorte e felicidade do mundo.
"A paixão é um incêndio belo demais para ser contido, mas cruel demais para durar — consome o que toca, inclusive quem a sente."
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