Me Deixa que hoje eu To de Bobeira
Nos tempos atuais predomina uma sensibilidade individual centrada exclusivamente no "eu" e totalmente desconectada da coletividade
- "Eu precisava escrever". Escrever tudo que de alguma forma não foi dito. Na verdade eu precisava te falar, mas, infelizmente, não consegui.
Sem pensar um minuto
Volto a mim
Logo eu, que estive por ai
Me perder de novo?
Preciso me lembrar de meu lugar
Lembrar onde preciso estar
O que merece ou não meu tempo
Dar um pouco mais de atenção a meus pensamentos
Do contrário, quem escreverá esses poemas bobos?
Quem será o coração mole da casa?
Quem é que chora calado e morre por um adeus?
Adoçado no mel e na água
Um coração enorme e com esperança de amor
Com fogo por dentro, mas não pra queimar
Pra proteger e manter se movendo
Com lembrança de quem foi e medo de voltar
Voltar a pedir pelo que deve vir ao acaso
Voltar a oferecer o que não foi pedido
Se perder e não saber o caminho
Me fiz luz, pra brilhar e de longe ser visto
Pra servir de resgate
E pra se fazer encontrado
Pra iluminar ate o dia mais nublado.
Às vezes, questiono-me à respeito da existência do futuro. Toda vez que eu acho que o futuro está existindo, na verdade, não passa de ser o presente.
Sozinho eu sou àquilo que ninguém vê. Sou a montanha inexplorada diante de um grand canyon. Sou a solidão brindando a existência com a luz num emaranhado estratosférico de escuridão. E quando olho a minha volta, percebo que não estou mais ali, nunca estive, e, que, sozinho, estou acompanhado de uma imensidão de palavras, de pensamentos, de um universo a ser explorado por mim mesmo.
Quando eu te vi chegar
Quando eu te vi chegar
E tomar um café com a gente,
Senti algo diferente,
Boas vibrações no ar.
Então, fique um pouco mais?
A gente faz um macarrão,
Eu seguro a tua mão
E a gente fica em paz.
Uma prosa boa sobre vários assuntos.
Deixa a noite passar,
Amanhã vamos perder a hora juntos.
Deixa que fale, o povo.
Vamos rindo pelo caminho,
A tarde a gente se vê de novo...
Navegante destemido
Eu não temo a morte
Eu não temo a vida
Tenho arte atrevida
Não posso negar
Eu sou homem de sorte
E eu vivo sem norte
Navego sozinho
Por todo lugar
Sóbrio eu pergunto
O Campo relvado
Está a encantar
O sol elevado
Está a brilhar
O solo escalvado
Só pode rachar
Caminho silvado
Só pode afrouxar
Vida sem cortejo
É triste de ver
Amor sem pelejo
Talvez deva ter
Brandura na terra
Raridade nos atos
Candura na fera
Brevidade nos gatos
Talvez deva ter
Um homem feliz
E esse deva ser
A força motriz
Talvez seja um Deus
Um homem distinto
Presente, com seus:
Os filhos extintos
Virarei defunto
E Assim morrerei
E sóbrio eu pergunto:
Para aonde irei?
