Me Ame quando eu menos Merece
O mundo é um palco, eu sou um ator. Pode ser bom atuar, até você perceber que você não o controla, depois de um tempo as palma que antes eram maravilhosas, começam a ficar assustadoras...
dívida
não é minha função
te fazer ficar
eu não te devo nada
eu não te devo minhas horas de trabalho
as noites que chorei por ti
as manhãs em que procurei alguma mensagem
e nada pulsava
as tardes onde as plantas precisavam
te ver
porém presença alguma aguava
o caule
amansava a casa
e eu não te devo nada.
não te devo os textos que escrevi
enquanto te esperava voltar
as mensagens escritas e apagadas
tantas e tantas vezes
às segundas e terças
e todos os outros dias
as vezes que dei perda total e gritei
teu nome em alguma balada da Rua Augusta
o choro preso na garganta na linha amarela do metrô
a angústia que me acompanhava durante o trajeto de
quarenta e cinco minutos da linha azul
todas as outras cores do metrô de São Paulo que já me viram padecer
e ter crises de ansiedade
de ausência
de solidão
os passos dados em direção a algum
lugar, qualquer um, que tirasse você
da minha cabeça
eu não te devo nada
eu não te devo os boletos que você pagou
e as compras de mercado que fizemos juntos
as feiras às terças
e as frutas que comprávamos no fim de semana pois
era mais barato e estavam mais bonitas
as idas ao hortifruti no sábado
e aos domingos o pastel com caldo de cana
eu não te devo os jantares
a lasanha com Coca-Cola nos almoços
a padaria da esquina pela manhã
e todo o ritual que tínhamos para fazer qualquer coisa
nas primeiras horas do dia
eu não te devo as festas na casa dos amigos
nem as vezes que ficamos chapados
de cigarro ou intimidade
as comemorações de promoção no trabalho
as garrafas de vinho compradas na promoção
do supermercado Zona Sul
a pia cheia de louça
esperando para ser limpa
não é minha função te fazer ficar
eu não te devo nada
nenhuma lágrima que chorei na terapia às quintas das 19 às 20h
o chocolate que eu comia toda vez que uma crise aparecia atrás de mim e me assustava os pelos do pescoço
os gritos e as brigas e os dias sem se falar
e as semanas se desmanchando na adrenalina de enfim
perceber que estava acabando
que estava indo
tudo estava indo
mas eu não te devo nada
as horas na casa da sua mãe reclamando que uma vez mais
nós estávamos distantes
afastados
mais distantes do que óleo e água quando colocados juntos
não nos misturávamos
nem queríamos nos misturar
os passeios de bike pela orla da praia
as vezes que jogamos vôlei com pessoas desconhecidas
e as tornamos mais conhecidas que um ao outro
as tardes no arpoador com cerveja e cigarro
as viagens para Salvador para visitar meus pais porque você
queria mostrar a eles o quanto os amava
apesar de mim
eu não te devo os discos que você comprou nos meus aniversários
os vinis da Maria Bethânia e Gilberto Gil
a vitrola que continha um anel de noivado
e todas as histórias
memórias
e tristezas de um casamento que quase deu certo se não fosse por você
por nós
pela vida
não é minha obrigação te fazer ficar
de repente redecorar o apartamento
mudar os móveis de lugar
colocar o sofá rente à parede
abrir as janelas
ceder ainda mais espaço na cama
e fechar a porta
a decisão continuaria sendo sua
meu bem
a decisão da mão na maçaneta
das malas no centro da sala
o discurso de quem se perdeu e não sabe como voltar
como retornar ao primeiro momento
ao primeiro instante
à primeira comunhão
a verdade é que nos perdemos
entre os silêncios compridos dos dias que pareciam inofensivos,
mas que traziam consigo vazios e espaços indesculpáveis
dias que abriram crateras entre nós e nossos desejos
alargando o espaço que existia na cama
e em nossas almas
apagando a paixão com extintores de incêndio
e beijos mornos
e abraços pequenos
e sexos sem amor
queimando o tesão com pitadas de sonolência
provas da faculdade
e expediente em horários que deveríamos estar juntos
fazendo alguma coisa
qualquer coisa
eu não podia te fazer ficar
você já sabia o caminho até sua outra casa
destino e coração
já havia outra cama esperando pelo
seu corpo ter com quem conversar
outra rede na varanda
e o anseio de te ver descansar
da vida e do perigo da vida
de mim e do perigo
que fomos um ao outro
você já havia decorado o tamanho dos paralelepípedos
o cheiro do pão da padaria próxima à rua
que agora você mora
o aroma dos carros atravessando a pista
e dizendo que a vida não para porque duas pessoas
que se gostaram um dia
deixaram de se compartilhar
a vida não espera a gente
meu amor
e isso é terrivelmente triste
e necessário também
mas eu não te devo nada.
não nos devemos.
Através do seu olhar,
eu posso viajar.
O brilho dos teus olhos
faz até o mundo se encantar.
O sol não tem tamanho
para competir
com o brilho do seu olhar.
Marabá
Veja o amanhecer do sol,
Eu sigo assim, tão só,
Sem estar com você.
Sinto a incerteza acostumada a avisos concretos,
Que fala a verdade e gagueja, já que é gaga.
Quando o vento passa, o vento leva.
Leva tudo, todo o meu amor,
Leva, simples, uma flor.
Uma vila que encontraste,
Uma cidade pequena que amaste,
Um Pará — açaí, praças...
Quase passei de tanto ir,
E não te vi.
Marabá, encontraste minha vida?
Encontraste tua filha?
Marabá, encontraste meu amor?
Porque saiba: existe em ti
O que falta em mim.
MANTRA DA PERSISTÊNCIA
Eu sou um com o meu desejo já realizado.
Nada fora de mim determina o tempo ou o modo —
Eu sou a presença constante da realização.
Quando os sentidos dizem “não”,
minha consciência responde “sim”.
Quando o mundo se cala,
meu ser proclama: já é meu.
Eu persisto, não com esforço, mas com certeza.
Permaneço no estado daquilo que desejo,
até que isso se torne quem eu sou.
Cada pensamento alinhado,
cada emoção sentida como verdade,
é uma batida na porta do invisível —
e a porta sempre se abre.
Eu sou a frequência do que desejo viver.
Eu não espero:
Eu me torno.
Entardeceu
e eu nem notei o tempo passar
tentando fugir mas não da pra negar
que eu me afogo nesse blues sozinho
então admite que sente saudade do
toque do cheiro da voz no ouvido
que eu fiz de um jeito!
Eu acredito que o universo
já está preparando novos
tempos. Potencializo a força
da mudança nessa semana
para que outros ventos maiores
venham soprar sobre mim.
Universo é meu amigo
E ele vai me ajudar!
Gratidão sempre!
Eu sempre me atentei para as muralhas, mas quais? As que construimos ao longo do tempo ao nosso redor, nos blindamos se possível com uma carcaça feroz de titânio,de aço damasco, pra suporta se possível bala de artilharia anti-aerea. Fugimo.s das palavras que pode destruir esse auter-ego e nos tornar Maduros e reais. O Espelho. é o verdadeiro divã que sempre pela manhã logo cedo diz de forma sutil toda verdade do que somos, e só existe dois caminhos: continuar sustentando um corpo cansado da fantasia de um personagem que construimos a egi de nossos caprichos, ou dinamitar esse Alter-Ego, essa máscara de cera forjada nas futilidades de nossa vacuidade vaidosa. Foi assim que nos idos de minha adolescência escolhi o caminho da inglória humana, o debruçar sobre si mesmo, ao custo penoso do sacrifício de ser verdadeiro.
Esperança
Sonhos, então,
também acabam?
Não que eu saiba.
O que sei é que, às vezes, viram doce.
A distância? Um quarteirão...
— A fila da padaria tá comprida,
mas lá tem sonho pra todo mundo.
Não desiste, não.
Autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados
manter créditos de autoria 07/04/2025 às 13:40 hrs
Imagem criada por IA especialmente para esse poema
“Muitos me chamavam de louca ou de estranha, mas eu nunca entendi o porquê, eu só estava sendo eu mesma.”
"Consistência"
Eu não busco perfeição e sim consistência. Um dia bom, não me faz vencedor e nem um dia ruim, perdedor.
O que me define é o autocontrole.
História vivida
Eu tenho em mente os meus sonhos antigos.
Eu tenho o nome marcado de relações amorosas antigas.
Sofrimento com as rejeições, dor no coração.
Coitado dele foi rejeitado várias vezes não foi determinado com ela, a dor era intensa da perda de um amor puro, cansado de conquistar.
Cansado de sonhar por um amor sincero, verdadeiro.
Estás lutas fez-me perder o guerreiro que a dentro de mim.
Fui caminhar e contemplar o ar puro no jardim.
Eu segui.
Entre fragmentos de promessas partidas,
carregando nas costas
um eco que ainda respondia à tua voz.
Não há volta para quem atravessa entre mundos partidos.
Entre pedaços do que nunca soubemos ser,
eu ainda carrego tua ausência —
não nos braços,
mas na própria travessia.
Eu não era mais inteiro.
Nem queria ser.
Há um lugar onde o tempo se fragmenta.
As margens do que fomos se despedaçam,
e, ainda assim,
remar parece inevitável.
Fui demitida de meu primeiro trabalho como âncora de televisão. Eles disseram que eu não era adequada para a televisão.
Eu sempre pensei em como seria ser adulto, e olha é totalmente diferente do que imaginei,não estou reclamado sabe ? Tudo que aconteceu comigo, e até hoje acontece, não sei talvez eu seja fraco e o mundo realmente não tenha espaço para os fracassados.
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