Mensagens de maturidade que mostram o poder do tempo e da experiência
os ombros aprenderam a subir.
sozinhos.
pra se defender de um impacto que não vem mais,
mas continua esperado.
e ninguém percebe.
porque do lado de fora,
parece só postura.
•
os olhos seguem.
mas sem foco.
não procuram.
se movem por convenção.
há muito deixaram de querer encontrar.
•
a respiração encurta
em lugares muito cheios,
em mensagens muito longas,
em olhares que demoram mais que dois segundos.
não é fobia.
é memória corporal de quando tudo doía demais
pra ser dito em voz alta.
•
o toque —
não importa se vem por afeto ou distração —
é lido como ameaça.
o corpo se retrai antes de entender.
o corpo entende antes da razão.
sempre entendeu.
•
tem dias em que visto a roupa com cuidado
pra que ela esconda
onde dói mais.
e se encaixe nos ombros
como um escudo.
ninguém repara.
mas eu visto pra não ser tocada.
•
os pés não fazem barulho ao andar.
não por elegância.
mas porque aprendi que ser invisível
é, às vezes, mais seguro do que ser querida.
•
há partes minhas que desativaram.
não por escolha.
por sobrevivência.
ninguém nota.
mas eu parei de acenar.
parei de chamar.
parei de responder ao próprio nome
com entusiasmo.
•
isso não é trauma.
é adaptação.
o corpo se acostuma a não esperar retorno.
e começa a existir
com o mínimo necessário
pra não sumir.
•
mas o mais cruel é que, por fora,
parece força.
parece autonomia.
parece “nossa, como você lida bem com tudo isso”.
mal sabem
que foi o ombro subindo sozinho
que contou o resto da história.
—
Juliana Umbelino
Sabe o que dói? Que, devido às novas circunstâncias, percebo que o pouco que eu aceitava e recebia era, para mim, o suficiente para ser feliz. Muitas vezes, nos apegamos ao mínimo porque acreditamos que é tudo o que merecemos ou tudo o que podemos ter. Mas a vida tem um jeito de nos mostrar que, talvez, estávamos nos contentando com menos do que realmente precisávamos.
A natureza nos ensina o valor de cada processo.
E faz isso com maestria.
Ela nos revela, com clareza, a diferença entre valor e preço —
sem deixar margens para dúvidas.
Mas essa clareza só se revela aos olhos de quem viveu,
e vive, o eterno processo de ser...
Em outros caminhos, os pseudos se alimentam na proporção da matéria:
quando há abundância, sentem-se felizes;
quando há escassez, mergulham nas trevas.
E isso...
é só mais um capítulo da vida.
Antigamente, muitas coisas aconteciam e ninguém ficava sabendo. Hoje, vivemos em uma sociedade hiperconectada digitalmente, onde é raro alguém de fato conhecer o outro — mas há uma ilusão gigantesca de que ver posts, stories e feeds é o mesmo que saber quem a pessoa é.
Com isso, recebemos laudos genéricos sobre tudo, formamos opiniões com base em fake news e, dia após dia, perdemos a oportunidade de viver uma vida real — uma vida onde tudo está sujeito a mudanças, dores e amadurecimento.
A dor faz parte do crescimento. É nela que, muitas vezes, as pessoas descobrem do que são feitas, e onde realmente podem aprender a amar.
Enfim, meus sentimentos.
De agora em diante, eu vou simplificar tudo. Não quero mais nada que atrase o meu riso ou coloque em risco a minha paz. Quero caminhos mais leves, reciprocidade silenciosa e vínculos verdadeiros. Vou filtrar com mais cuidado onde coloco o meu tempo, a minha energia, o meu coração. Nem todo cenário precisa ser palco da minha entrega. Agora, é sobre crescer por dentro, sem plateia. Parar de me moldar ao que não me veste, apenas para caber. Vou me acolher com mais carinho e ouvir a minha intuição. Vou amadurecer, respeitando o ritmo de cada coisa, sem forçar flores a nascerem fora da estação. Afinal, tudo tem o seu tempo certo.
Ecos da Metamorfose: Mente em Guerra
Estou em constante movimento, Energia se dissipando no primeiro pensamento. Não me sinto presente neste momento, Consciente da falta de argumento. Certezas vagueiam como o vento, Se tratando de não saber, eu tenho talento.
Passagem paga para o vazio, Já estou no assento. Senti demais, meu coração é turbulento. Se o universo é pacífico, eu sou violento. Humanidade acelerada, Eu me sinto lento. Se o pior acontecer, Não estarei atento.
Entrei na manada, Pelo prazer estou sedento. Entreguei minha alma, Não tenho comprometimento. Estou lúcido, Ou estou mais próximo da loucura e do estranhamento? Meu corpo é saudável, Meu cérebro é pestilento. Se estou lúcido, Por que estou sonolento?
Sofri por saber demais, Vale a pena ter discernimento? Num mundo de baixa moral, Onde está o empoderamento? Me sinto abandonado, Igual ao chão sem pavimento. Se eu nasci livre, Por que me falta entendimento?
Um misto de emoções e sentimentos, A existência de consequências sem adventos. Se a perfeição é construída inteira e completa, Todos fazem cisalhamento. Meu chefe é a vida, E eu imploro por adiantamento.
E no fim, Só faço parte dos elementos. Quando se trata de mim, Não sei o funcionamento. Entre conexões rasas e distantes, Perdi o pareamento. Percebi a minha falta de pertencimento, E me sobrou apenas o amadurecimento.
Será que a felicidade e a tristeza Estão em consentimento? Será que da minha liberdade Eu estou isento? Ou não faz sentido escrever tudo isso, E eu deva sentir apenas arrependimento?
Seria tão simples Só comer, dormir e fugir do tormento, Mas tenho consciência De que preciso de um complemento. Me iludindo por achar que sou íntegro, Mas preciso de um desentranhamento.
Só queria Da minha vida ter um bom gerenciamento. Será que tenho talento?
Levei muito tempo para encontrar minha melhor versão.
O tempo que levei para despertar, fez-me enxergar, que eu não posso aceitar, qualquer coisa ou qualquer pessoa, adentre em minha vida.
Em seu caminho não há nada certo.
Há uma hesitação, um ritmo mais lento, mas não teme o sopro do vento.
Ela sonha com um futuro sereno, um caminho seguro, sem desatino e muros.
Em seu íntimo, um mar de emoção; por fora, a calmaria mais azul.
Em seu peito, um desejo a pulsar, o desejo de não deixar a paz escapar.
Ela, mulher de espírito tranquilo e maduro, carrega em si um amor puro e, no coração, uma doce demora, como um beijo que o tempo devora.
Ontem eu era garoto, os dias eram dias, os meses eram meses e os anos eram anos. Hoje sou adulto, os dias são segundos, os meses são minutos e os anos são horas.
... Não tenho tempo nem para explicar essas palavras.
Nas feridas da alma
causadas por alguém que se ama,
são plantadas sementes
que irão germinarno tempo certo,
então, aquela florescerá
com o necessário amadurecimento.
Num tempo fechado,
sentimentos intensos,
pensamentos conturbados,
dentro do peito,um mar agitado
pela força dos ventos
de um espírito cansado,
momento, arduamente, necessário
pra um indispensável amadurecimento.
14 de setembro
E se passaram doze anos…
Seria o destino se encarregando?
Ou a vida ensinando?
Simplesmente provando…
Deveria eu acreditar que exista outro alguém,
Que vai me amar?
Que vai querer estar?
Que vai querer ficar?
Que vai querer ser meu par?
Não existe culpado para a morte.
Existe àquele que fica e tem sorte…
Ou por que é forte
Ou por que deve ir em busca do norte?
Só ouvia que era para não desistir…
Para resistir…
Para não deprimir…
Para me permitir…
Ah e eu vivi…
Sorri e não morri…
Tenho meus traumas.
Mantenho a calma.
Tenho a fé que invade a alma!
Se acredito que existe o amor?
Acredito com fulgor…
Sem temor…
Com humor…
Que seja avassalador…
E não devastador!
Já provei do amor além da vida!
Hoje rezo para que ele prossiga…
No paraíso da partida…
Pois aqui estou decidida!
Amadurecida!
Construída e…
Resolvida…
A criar um novo Setembro!
Tua Chegada
Quando enternecida te encontro,
Vejo-a inteira na luz perpassada.
Acolho teu corpo de grão amadurecido,
Estendido sobre minha procura.
O tempo fez com que ressurgisses,
Recoberta com o brio reconstituído do sentir.
Desdobrei teus passos sobre minha espera.
E a memória acendeu-se em tua vinda.
Assim, misturei-me em tua sina.
Gravei na face, o raio anunciado em tua chegada.
Clamei, na profundeza do existir,
Para que teu tempo, no meu, fosse infindo.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Versar
Enquanto você esperar algo dos seus pais, vai continuar regredido emocionalmente na infância e não vai crescer.
Uma das tarefas psicológicas na vida adulta é dar conta das necessidades emocionais não atendidas lá na infância através da maturidade que desenvolvemos.
Muitas vezes esse processo inclui aceitar pai e mãe da maneira como eles são, compreendendo que fizeram o que podiam e sabiam fazer por nós.
Para muita gente pode parecer difícil, mas dóimenos aceitar do que viver regredido perante algo que não é possível mudar.
Discordância temporal
Você não sabe o esforço que é ser alguém que transmite o bem...
Ser alguém que telefona, que se importa, tem cuidado e presta atenção.
Que acompanha e torce, pensa em você e discute suas qualidades.
Você não sabe o que é ser alguém, que sabe que depende de outros para ser transbordado.
Que sofre toda vez com o silêncio que você deixa ao permanecer-se calado,
Que percebe essa e outras relações como sendo 99% unilateral.
É… é difícil estar aqui e ser a base da relação
É necessário abrir mão do próprio eu e apenas escutar,
E nem sempre são coisas legais
Às vezes são histórias entediantes que nem sentido tem.
Mas assim vamos indo, aguardando o amadurecimento coletivo,
Esperando o florescer da empatia
Considerando que cada um tem seu tempo
E tendo esperança que um dia haverá algum reconhecimento, nessa relação que não é apenas responsabilidade minha!
Você me desequilibrou, mas me ensinou a ter paciência.
Você me fez passar raiva, mas como nunca antes aprendi o que é compaixão e empatia.
Perdi a conta de quantas vezes quase enlouqueci, você controlou a minha mente, você me controlou, mas me fez recuperar meu próprio controle.
Pense nessa receita, 1/2 xíc. de desequilíbrio, 2 col. de raiva, uma pitada de loucura e muita ansiedade, misture, leve ao forno por 366 dias. 8784 horas me cozinhando. Parecia não ter fim esse filme de suspense; cada dia um drama diferente, houve dias difíceis ao seu lado, foi impossível ser forte todo tempo, mas tive fé o tempo inteiro.
Você conseguiu adoecer o ar que respiro, o seu ar tóxico se esgueirou do oriente ao ocidente, e feito uma forte ventania levou tantos como leves folhas. Deixou famílias num inverno cinza com a ausência dos que coloriam suas belas árvores. Cruel.
Não esperava tudo isso de você quando chegou, juro que não! Mas de certa forma foi bom, amadureci como nunca antes, logo aprendi que não importa com qual cor eu vá lhe receber, você pode me surpreender com o que menos espero ou desejo. Lembro bem quando me deixou sozinho, doeu, mas eu aprendi que independente de quem vá, eu fico, preciso ser forte, me cuidar, me reinventar, você me ensinou a ser a minha melhor companhia.
2020, confesso: houve momentos em que tive medo de você e sua tamanha frieza, mas se não fosse pelo medo eu não teria o porquê de aprender a ter coragem, né?
Toda essas adversidades que trouxe com você me fez evoluir e me aproximar de Deus como nunca, obrigado por elas.
Mas isso não descarta o quanto foi cruel: muito. Sinto pela dor da perda de cada família que você roubou a alegria. Mas enfim, chegou sua hora de ir embora, a porta está aberta, vá... e que 2021 traga com ele uma paleta infinita de cores para recolorir tudo que você, 2020, tornou cinza.
Vocês já reparam como é difícil adivinhar a idade de uma mulher que passou dos 50, hoje em dia? Principalmente quando ela é bem cuidada, empoderada, conectada...
Definitivamente elas estão na melhor fase, nada abala! Elas não se importam com a opinião dos outros, muito menos, com o que falam delas. Elas só pensam em viver a vida, e com certeza, ser feliz, é prioridade. Podem chamar de velha, quero ver, é chegar bem assim, nessa idade. #toploba #toplobapode #angelmancio
O estranho prazer que possa nos dar ver algum desafeto se dando mal, não fala do "desafeto"... Fala de quão pequena ainda é nossa alma, e o quanto ainda nos estamos "ressonantes" a sentimentos tão baixos... Só de termos algum desafeto, isso demonstra que temos um longo caminho de amadurecimento pela frente.
Um conselho para sua vida
Na vida, certifique-se sempre que ouviu os dois lados da história. Porque ouvir apenas um lado pode te enganar !!!!!
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