Matei Voce dentro de Mim

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⁠O mal só vai prevalecer se o bem não fizer nada.

"Golpeia, pois não acharás madeira tão dura que possa fazer-me desistir de conseguir que me digas alguma coisa, como me parece que é o teu dever"

"É preferível a companhia dos corvos à dos aduladores, pois aqueles devoram os mortos, e estes, os vivos"

Estou buscando algo que justifique minha existência, meu desinteresse, minha dor...
Olho a minha volta e nada faz sentido, nada me arrebata.

A vida me ensinou que é melhor
ouvir mais, falar menos, calar
quando for necessário, e dizer
apenas o que precisa ser dito.

⁠Mentalizar boas vibrações e
coisas positivas é transpor as
barreiras do impossível, tendo
fé e acreditando, que tudo há
de mudar para melhor.

⁠Sabe porque a representatividade é importante? Porque impede das pessoas se sentirem uma aberração, e fazem elas se sentirem amadas e acolhidas

⁠A solidão é oficina de ideias.

Machado de Assis
Obra Completa. Rio de Janeiro : Nova Aguilar 1994.

Nota: Trecho do conto Teoria do Medalhão.

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⁠Teu olhar me faz enlouquecer. O azul dos teus olhos forma uma combinação perfeita com os meus olhares castanhos, são como as águas dos mares que se misturam com o marrom dos grãos de areia.

Soneto de Natal

Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, –
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca.
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”

Machado de Assis
Ocidentais (1901).



Mais uma madrugada
Em que a insônia
O abismo sem fim me engole,
Mais um finito tempo .

Entre espaço e pensamentos
Corroe, roendo
As minhas borboletas no estômago
Que hoje não passam de cinzas .

Que amargam a minha boca
Que me causam enjôos
Mais um dia em que a única coisa que muda
É o meu humor.

[O coração] é o relógio da vida. Quem não o consulta, anda naturalmente fora do tempo.

Machado de Assis
A Mão e a Luva (1874).

O futuro nunca se engana.

Machado de Assis
José de Alencar. In: Obra Completa, Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, V.III, 1994.

Nota: Publicado originalmente na Revista Literária, Rio de Janeiro, em 05/12/1883.

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A amizade lhe fará esquecer o amor; é mais serena que ele, e talvez menos exposta a perecer.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

⁠Toda a escuridão do mundo não pode extinguir a luz de uma única vela.

Passagem do ano

Passagem
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus…

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles… e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

Um casal normal não convence muito. O casal, quanto mais desequilibrado, mais real é.

Talvez o ingrediente secreto das melhores histórias de amor seja duas boas doses de solidão.

Acho que, de tanto a gente brincar com o amor, hoje eu amo.

⁠Quando eu morrer, pode até me esquecer, eu não vou me aborrecer, mas não me massacre pois, eu não vou poder me defender.